Políticos brasileiros ignoraram recomendação para evitar viagens a Israel, diz Itamaraty
Grupo formado por 12 gestores municipais deixou Israel rumo à Jordânia nesta segunda. Segundo ministério, governo israelense já ofereceu rota de saída para outras 27 autoridades. Ministério das Relações Exteriores alerta para golpes com falsos voos de resgate. O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota nesta segunda-feira (16) em que diz que os gestores municipais brasileiros que viajaram para Israel ignoraram uma orientação do Itamaraty que recomenda evitar viagens para o país do Oriente Médio em razão de conflitos armados. Além das guerras com o Hamas (que controla a Faixa de Gaza) e com o Hezbollah (no Líbano), Israel também vive um conflito com o Irã desde que o governo de Benjamin Netanyahu atacou instalações do país. "A Embaixada do Brasil em Israel mantém, desde outubro de 2023, alerta consular que desaconselha toda viagem não essencial àquele país e recomenda, desde então, que os brasileiros e brasileiras que se encontravam em Israel considerassem deixar o país", afirmou o Itamaraty em nota. "Em junho corrente, duas comitivas de autoridades brasileiras viajaram a Israel a convite do governo israelense, a despeito do alerta consular da Embaixada do Brasil em Tel Aviv", completou o Ministério das Relações Exteriores. A nota do Itamaraty foi divulgada após a confirmação de que um grupo formado por 12 autoridades brasileiras deixou Israel em direção à Jordânia para que possam retornar ao país – o grupo embarcará em um voo fretado que sairá da Arábia Saudita. Políticos brasileiros que estavam em Israel cruzam fronteira com a Jordânia Mais cedo, nesta segunda, o senador de oposição Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, criticou o que chamou de "ausência absoluta" do Itamaraty nas negociações para que as autoridades brasileiras deixassem a região em segurança. Ele afirmou que foi o grupo que preside quem fez as negociações, versão rechaçada pela diplomacia brasileira. Retirada de outras 27 autoridades Secretário de Aracaju mostra local onde brasileiros estão abrigados em Israel Dilermando Garcia Ribeiro Júnior Conforme a nota divulgada pelo Itamaraty nesta segunda, a saída das 12 autoridades brasileiras foi resultado de "estreita coordenação" feita pelo ministro Mauro Vieira e o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi. O ministério acrescentou que outras 27 autoridades brasileiras ainda estão em Israel, e que o governo israelense já apresentou uma proposta para que essas autoridades deixem o país por terra até a Jordânia "nos próximos dias". "A embaixada do Brasil em Tel Aviv insta todos os brasileiros e brasileiras em Israel a seguirem estritamente as recomendações do 'Home Front Command' israelense e a permanecerem sempre nas proximidades de abrigo fortificado ('bunker' ou equivalente), para onde devem se dirigir imediatamente ao ouvir sirenes ou outros alertas", informou o governo. Alerta de golpes Em uma rede social, a embaixada do Brasil em Tel Aviv publicou nesta segunda-feira um alerta para que os brasileiros em Israel não caiam em golpes nas redes sociais que estão prometendo voos para deixar o país – o espaço aéreo está fechado em razão da guerra com o Irã. Na nota, o Itamaraty confirmou ter tomado conhecimento desses golpes, acrescentando que as recomendações para os brasileiros têm sido emitidas por meio dos canais oficiais da embaixada em Tel Aviv e por meio do chamado "Alerta Consular", documento eletrônico na página do Ministério das Relações Exteriores por meio do qual o governo faz uma série de orientações. O alerta mais recente, publicado na última sexta (13), orienta os brasileiros a não viajarem para Israel nem para o Irã. Também recomenda aos brasileiros que já estiverem nesses países que evitem aglomerações e protestos, só saiam de casa se a situação estiver segura e mantenham a documentação brasileira em dia.


Grupo formado por 12 gestores municipais deixou Israel rumo à Jordânia nesta segunda. Segundo ministério, governo israelense já ofereceu rota de saída para outras 27 autoridades. Ministério das Relações Exteriores alerta para golpes com falsos voos de resgate. O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota nesta segunda-feira (16) em que diz que os gestores municipais brasileiros que viajaram para Israel ignoraram uma orientação do Itamaraty que recomenda evitar viagens para o país do Oriente Médio em razão de conflitos armados. Além das guerras com o Hamas (que controla a Faixa de Gaza) e com o Hezbollah (no Líbano), Israel também vive um conflito com o Irã desde que o governo de Benjamin Netanyahu atacou instalações do país. "A Embaixada do Brasil em Israel mantém, desde outubro de 2023, alerta consular que desaconselha toda viagem não essencial àquele país e recomenda, desde então, que os brasileiros e brasileiras que se encontravam em Israel considerassem deixar o país", afirmou o Itamaraty em nota. "Em junho corrente, duas comitivas de autoridades brasileiras viajaram a Israel a convite do governo israelense, a despeito do alerta consular da Embaixada do Brasil em Tel Aviv", completou o Ministério das Relações Exteriores. A nota do Itamaraty foi divulgada após a confirmação de que um grupo formado por 12 autoridades brasileiras deixou Israel em direção à Jordânia para que possam retornar ao país – o grupo embarcará em um voo fretado que sairá da Arábia Saudita. Políticos brasileiros que estavam em Israel cruzam fronteira com a Jordânia Mais cedo, nesta segunda, o senador de oposição Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, criticou o que chamou de "ausência absoluta" do Itamaraty nas negociações para que as autoridades brasileiras deixassem a região em segurança. Ele afirmou que foi o grupo que preside quem fez as negociações, versão rechaçada pela diplomacia brasileira. Retirada de outras 27 autoridades Secretário de Aracaju mostra local onde brasileiros estão abrigados em Israel Dilermando Garcia Ribeiro Júnior Conforme a nota divulgada pelo Itamaraty nesta segunda, a saída das 12 autoridades brasileiras foi resultado de "estreita coordenação" feita pelo ministro Mauro Vieira e o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi. O ministério acrescentou que outras 27 autoridades brasileiras ainda estão em Israel, e que o governo israelense já apresentou uma proposta para que essas autoridades deixem o país por terra até a Jordânia "nos próximos dias". "A embaixada do Brasil em Tel Aviv insta todos os brasileiros e brasileiras em Israel a seguirem estritamente as recomendações do 'Home Front Command' israelense e a permanecerem sempre nas proximidades de abrigo fortificado ('bunker' ou equivalente), para onde devem se dirigir imediatamente ao ouvir sirenes ou outros alertas", informou o governo. Alerta de golpes Em uma rede social, a embaixada do Brasil em Tel Aviv publicou nesta segunda-feira um alerta para que os brasileiros em Israel não caiam em golpes nas redes sociais que estão prometendo voos para deixar o país – o espaço aéreo está fechado em razão da guerra com o Irã. Na nota, o Itamaraty confirmou ter tomado conhecimento desses golpes, acrescentando que as recomendações para os brasileiros têm sido emitidas por meio dos canais oficiais da embaixada em Tel Aviv e por meio do chamado "Alerta Consular", documento eletrônico na página do Ministério das Relações Exteriores por meio do qual o governo faz uma série de orientações. O alerta mais recente, publicado na última sexta (13), orienta os brasileiros a não viajarem para Israel nem para o Irã. Também recomenda aos brasileiros que já estiverem nesses países que evitem aglomerações e protestos, só saiam de casa se a situação estiver segura e mantenham a documentação brasileira em dia.
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