Por que a demora no resgate da brasileira que caiu em trilha na Indonésia?

Juliana Marins caiu de penhasco no Monte Rinjani. Resgate enfrenta terreno hostil e clima ruim. Família critica lentidão e aponta desinformação. Socorristas voltam a localizar a brasileira que caiu num penhasco enquanto fazia uma trilha no vulcão Rinjani - uma das atrações turísticas da Indonésia A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, caiu em um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, na madrugada de sábado (21) - sexta-feira no Brasil. Desde então, equipes de resgate enfrentam dificuldades para chegar até o local onde ela foi localizada nesta segunda-feira (23) por drones, cerca de 500 metros abaixo da trilha. O terreno íngreme, o frio intenso e a neblina dificultam as operações, que foram interrompidas diversas vezes. O uso de helicóptero no resgate é visto como desfavorável por equipes técnicas devido às condições do local. A família da jovem critica a lentidão do processo e aponta falta de estrutura e falhas de comunicação entre autoridades indonésias e brasileiras. Nesta segunda-feira (23), o pai disse que está a caminho da Indonésia e espera “voltar com a filha viva”. A seguir, veja perguntas e respostas sobre o caso e os desafios do resgate. O que se sabe sobre a queda da brasileira no vulcão? Por que o resgate de Juliana está demorando? Juliana já foi localizada? Quais são os próximos passos? Qual é a situação atual da brasileira? E as autoridades? Por que a família criticou o processo de resgate? Houve desinformação sobre o resgate? Onde e quando o acidente aconteceu? A trilha no Monte Rinjani é perigosa? Outros acidentes já aconteceram no Monte Rinjani? 1. O que se sabe sobre a queda da brasileira no vulcão? Juliana Marins é uma publicitária de Niterói (RJ) que estava em um mochilão pela Ásia. Ela caiu cerca de 300 metros durante uma trilha no Monte Rinjani. Segundo relatos, ela se separou do grupo após demonstrar cansaço e foi deixada pelo guia. O guia teria retornado uma hora depois ao suspeitar da demora de Juliana e visto que ela tinha caído por cerca de 300 metros em um precipício. Volte ao início. Mapa mostra onde Juliana caiu' Reprodução/TV Globo 2. Por que o resgate de Juliana está demorando? O resgate é dificultado pelo terreno acidentado, clima instável e baixa visibilidade. Neblina densa, chuva e frio impedem a ação durante a noite. Inicialmente, as cordas não foram suficientes para alcançar a profundidade onde a brasileira foi vista. O uso de helicóptero no resgate é visto como desfavorável por equipes técnicas devido às condições do local. Além disso, o forte vento, a neblina densa e as mudanças bruscas no clima da montanha aumentam o risco de acidentes e limitam a visibilidade, tornando a operação aérea inviável na maior parte do tempo. Volte ao início. 3. Juliana já foi localizada? Sim. Turistas espanhóis captaram imagens de Juliana com um drone cerca de três horas após a queda. Ela foi vista consciente, mas debilitada. Na segunda-feira (23), ela foi localizada novamente, imóvel e presa a um paredão rochoso a 500 metros de profundidade. Drones térmicos - que capturam imagens baseadas na radiação infravermelha - passaram a ser usados. Volte ao início. 4. Quais são os próximos passos? A amiga de Juliana, Lara Fassarella Pierri, que está em Lombok acompanhando o resgate, afirmou que os montanhistas vão fixar uma nova base mais abaixo para conseguir usar as cordas, que têm 450 metros, para tentar alcançar Juliana, que estaria a cerca de 500 metros de profundidade. Dois alpinistas experientes, porém voluntários, foram incorporados à equipe. Um deles, identificado como Agam, postou um vídeo mostrando que a visibilidade no local é ruim. Ele está com cordas, capacetes, uma maca e outros equipamentos. Volte ao início. 5. Qual é a situação atual da brasileira? Ela foi vista sem agasalho, com calça jeans, camiseta, luvas e tênis. Estava sem os óculos, essenciais devido à sua miopia. O parque informou na segunda-feira (23) que ela estava "visualmente sem sinais de movimento". Volte ao início. Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia Redes sociais 6. E as autoridades? A família da brasileira negou no domingo (22) informações divulgadas por autoridades indonésias e até pela embaixada do Brasil em Jacarta de que a jovem teria recebido comida, água e agasalho. Ao Fantástico, o embaixador admitiu que repassou informações incorretas no início, com base em relatos imprecisos das autoridades locais. Segundo nota do Itamaraty, dois funcionários da embaixada do Brasil na Indonésia foram enviados, no sábado (21), para acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate. Volte ao início. Parque Monte Rinjani Reprodução/Tripadvisor 7. Por que a família criticou o processo de resgate? Familiares de Juliana classificam o resgate como “lento, sem planejamento, competência e estrutura”. Eles apontam que o parque continua aberto ao turismo e afirmam que Juliana está há dias sem socorro, água, comida ou agasalho. Volte ao início. 8. Houve desinformação sobre

Jun 23, 2025 - 17:00
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Por que a demora no resgate da brasileira que caiu em trilha na Indonésia?

Juliana Marins caiu de penhasco no Monte Rinjani. Resgate enfrenta terreno hostil e clima ruim. Família critica lentidão e aponta desinformação. Socorristas voltam a localizar a brasileira que caiu num penhasco enquanto fazia uma trilha no vulcão Rinjani - uma das atrações turísticas da Indonésia A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, caiu em um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, na madrugada de sábado (21) - sexta-feira no Brasil. Desde então, equipes de resgate enfrentam dificuldades para chegar até o local onde ela foi localizada nesta segunda-feira (23) por drones, cerca de 500 metros abaixo da trilha. O terreno íngreme, o frio intenso e a neblina dificultam as operações, que foram interrompidas diversas vezes. O uso de helicóptero no resgate é visto como desfavorável por equipes técnicas devido às condições do local. A família da jovem critica a lentidão do processo e aponta falta de estrutura e falhas de comunicação entre autoridades indonésias e brasileiras. Nesta segunda-feira (23), o pai disse que está a caminho da Indonésia e espera “voltar com a filha viva”. A seguir, veja perguntas e respostas sobre o caso e os desafios do resgate. O que se sabe sobre a queda da brasileira no vulcão? Por que o resgate de Juliana está demorando? Juliana já foi localizada? Quais são os próximos passos? Qual é a situação atual da brasileira? E as autoridades? Por que a família criticou o processo de resgate? Houve desinformação sobre o resgate? Onde e quando o acidente aconteceu? A trilha no Monte Rinjani é perigosa? Outros acidentes já aconteceram no Monte Rinjani? 1. O que se sabe sobre a queda da brasileira no vulcão? Juliana Marins é uma publicitária de Niterói (RJ) que estava em um mochilão pela Ásia. Ela caiu cerca de 300 metros durante uma trilha no Monte Rinjani. Segundo relatos, ela se separou do grupo após demonstrar cansaço e foi deixada pelo guia. O guia teria retornado uma hora depois ao suspeitar da demora de Juliana e visto que ela tinha caído por cerca de 300 metros em um precipício. Volte ao início. Mapa mostra onde Juliana caiu' Reprodução/TV Globo 2. Por que o resgate de Juliana está demorando? O resgate é dificultado pelo terreno acidentado, clima instável e baixa visibilidade. Neblina densa, chuva e frio impedem a ação durante a noite. Inicialmente, as cordas não foram suficientes para alcançar a profundidade onde a brasileira foi vista. O uso de helicóptero no resgate é visto como desfavorável por equipes técnicas devido às condições do local. Além disso, o forte vento, a neblina densa e as mudanças bruscas no clima da montanha aumentam o risco de acidentes e limitam a visibilidade, tornando a operação aérea inviável na maior parte do tempo. Volte ao início. 3. Juliana já foi localizada? Sim. Turistas espanhóis captaram imagens de Juliana com um drone cerca de três horas após a queda. Ela foi vista consciente, mas debilitada. Na segunda-feira (23), ela foi localizada novamente, imóvel e presa a um paredão rochoso a 500 metros de profundidade. Drones térmicos - que capturam imagens baseadas na radiação infravermelha - passaram a ser usados. Volte ao início. 4. Quais são os próximos passos? A amiga de Juliana, Lara Fassarella Pierri, que está em Lombok acompanhando o resgate, afirmou que os montanhistas vão fixar uma nova base mais abaixo para conseguir usar as cordas, que têm 450 metros, para tentar alcançar Juliana, que estaria a cerca de 500 metros de profundidade. Dois alpinistas experientes, porém voluntários, foram incorporados à equipe. Um deles, identificado como Agam, postou um vídeo mostrando que a visibilidade no local é ruim. Ele está com cordas, capacetes, uma maca e outros equipamentos. Volte ao início. 5. Qual é a situação atual da brasileira? Ela foi vista sem agasalho, com calça jeans, camiseta, luvas e tênis. Estava sem os óculos, essenciais devido à sua miopia. O parque informou na segunda-feira (23) que ela estava "visualmente sem sinais de movimento". Volte ao início. Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia Redes sociais 6. E as autoridades? A família da brasileira negou no domingo (22) informações divulgadas por autoridades indonésias e até pela embaixada do Brasil em Jacarta de que a jovem teria recebido comida, água e agasalho. Ao Fantástico, o embaixador admitiu que repassou informações incorretas no início, com base em relatos imprecisos das autoridades locais. Segundo nota do Itamaraty, dois funcionários da embaixada do Brasil na Indonésia foram enviados, no sábado (21), para acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate. Volte ao início. Parque Monte Rinjani Reprodução/Tripadvisor 7. Por que a família criticou o processo de resgate? Familiares de Juliana classificam o resgate como “lento, sem planejamento, competência e estrutura”. Eles apontam que o parque continua aberto ao turismo e afirmam que Juliana está há dias sem socorro, água, comida ou agasalho. Volte ao início. 8. Houve desinformação sobre o resgate? Sim. Autoridades divulgaram que Juliana havia recebido comida e água, o que foi desmentido pela família. Vídeos do suposto resgate também foram apontados como forjados. O embaixador do Brasil na Indonésia admitiu erro de comunicação e pediu desculpas. Volte ao início. 9. Onde e quando o acidente aconteceu? O acidente ocorreu no Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, na Indonésia, na noite do dia 20 de junho (horário de Brasília), ou na madrugada do dia 21 (horário local). O vulcão tem mais de 3,7 mil metros de altitude. Mapa mostra onde Juliana caiu Infografia: Dhara Pereira/g1 Volte ao início. 10. A trilha no Monte Rinjani é perigosa? Sim. A trilha é considerada uma das mais difíceis da Indonésia. O percurso leva até quatro dias e passa por áreas com altitude elevada, terreno escorregadio e clima extremo. Volte ao início. 11. Outros acidentes já aconteceram no Monte Rinjani? Sim. Em 2022, um turista português morreu ao cair no cume, segundo a BBC. Em maio de 2025, um malaio morreu durante a escalada. Autoridades locais recomendam que turistas priorizem a segurança em trilhas como essa. Volte ao início. LEIA TAMBÉM: Brasileira foi abandonada por guia durante uma hora, diz irmã Como é a trilha para o vulcão onde brasileira caiu na Indonésia Quem é a brasileira que caiu em trilha e espera resgate na Indonésia Drone flagra brasileira que caiu em trilha na Indonésia ????Clique aqui e siga o perfil do RJ1 no Instagram ✅Siga o canal do g1 Rio no WhatsApp e receba as notícias do Grande Rio direto no seu celular!

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