Portugal vai expulsar cerca de 18.000 imigrantes ilegais antes das eleições legislativas antecipadas

O Governo Português anunciou, no sábado, planos para expulsar cerca de 18.000 estrangeiros que vivem no país sem licença ou autorização legal. António Leitão Amaro, ministro da Presidência, disse que o governo de centro-direita irá emitir cerca de 18.000 notificações aos imigrantes ilegais, pedindo-lhes que abandonem o país. De acordo com Leitão Amaro, a Agência […]

May 4, 2025 - 16:00
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Portugal vai expulsar cerca de 18.000 imigrantes ilegais antes das eleições legislativas antecipadas

O Governo Português anunciou, no sábado, planos para expulsar cerca de 18.000 estrangeiros que vivem no país sem licença ou autorização legal.

António Leitão Amaro, ministro da Presidência, disse que o governo de centro-direita irá emitir cerca de 18.000 notificações aos imigrantes ilegais, pedindo-lhes que abandonem o país.

De acordo com Leitão Amaro, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) recebeu indicações para começar na próxima semana a pedir aos primeiros 4.500 imigrantes sem documentos que partam voluntariamente no prazo de 20 dias.

São sobretudo cidadãos que foram impossibilitados de permanecer no Espaço Schengen por outros países europeus, o que os impossibilita de obter autorização de residência em território Português, avançou o ministro, citado pelo jornal Público.

O anúncio surge no período que antecede as eleições gerais antecipadas do país, previstas para 18 de maio.

“É importante perceber que Portugal é um dos três países da Europa que menos deportações executa de pessoas que são obrigadas a sair por violarem as regras, incluindo por razões de segurança”, afirmou.

A votação antecipada deste mês foi convocada em março pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, depois de o seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, ter perdido um voto de confiança no Parlamento e se ter demitido.

O que levou ao colapso do governo?

Montenegro, que assumiu o poder há menos de um ano, foi acusado de um potencial conflito de interesses relativamente à Spinumviva, empresa famíliar.

A Spinumviva teria recebido pagamentos de uma empresa com uma importante concessão de jogos concedida pelo governo.

Para “dissipar a incerteza”, Montenegro convocou eleições antecipadas. Em vez disso, os partidos da oposição uniram-se para o derrubar.O seu governo, formado em aliança com o CDS-PP, esteve no poder durante menos de um ano e tinha apenas 80 lugares na atual legislatura de 230 lugares.

A esmagadora maioria dos deputados da oposição, liderados pelos socialistas de centro-esquerda e pelo Chega, que juntos detêm 128 lugares, prometeram votar contra e cumpriram a promessa.

O escrutínio que se aproxima lança o país de 10,6 milhões de habitantes em meses de incerteza política, numa altura em que está a investir mais de 22 mil milhões de euros em fundos de desenvolvimento da UE para reequipar a sua economia.

Desde a transição para a democracia, na sequência da Revolução dos Cravos de 1974, que pôs fim a uma ditadura de quatro décadas, Portugal não viveu uma turbulência política como a que está a viver agora.

A queda do governo minoritário, em março, marca o pior período de instabilidade política em 50 anos de democracia no país.

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