PT vence na PEC da Blindagem, mas pode ficar no prejuízo
Lideranças da Câmara apontam que PT venceu após descumprir acordo na PEC da Blindagem, mas pode ficar no prejuízo em outras pautas

Lideranças de centro da Câmara dizem que o PT pode até ter vencido a briga pela PEC da Blindagem, mas os atos de domingo (22/9) podem ter consequências desagradáveis para o partido do presidente Lula.
Isso porque a posição da sigla, de jogar os deputados que votaram a favor da PEC “aos leões” das redes, causou irritação em parlamentares de vários espectros, que entendem que foram “sacaneados” pelo PT.
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Ato na Paulista contra anistia e PEC da Blindagem tem artistas e políticos de esquerdaValentina Moreira/Metrópoles2 de 3
Após início, às 14h, ato ficou mais cheio e ocupou todas as faixas da Avenida PaulistaValentina Moreira/Metrópoles3 de 3
Manifestantes começam a chegar a ato contra PEC da Blindagem e anistiaJoelto Malta/Metrópoles
A alegação, especialmente em partidos de esquerda e de centro-esquerda, é que os votos favoráveis à PEC foram parte do acordo para derrubar a anistia à trama golpista desejada pelos bolsonaristas — e que o PT fazia parte do trato. E que a posição do partido não foi justa com outras legendas.
Os atos de domingo, nos quais vários deputados foram alvo de ataques, incluindo o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), acirraram ainda mais a insatisfação com a posição do PT.
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Assim, criou-se uma animosidade contra o partido que, segundo lideranças da Câmara, pode impactar votações-chave para o governo, como é o caso da proposta de reforma do Imposto de Renda, prioridade para o Planalto.
A anistia, entretanto, não deve voltar a ser moeda de troca. Isso porque a avaliação é que, com as sanções americanas, o projeto deverá esperar para ser votado. Como mostrou a coluna, até mesmo bolsonaristas admitem que a proposta deverá ficar fora da pauta.
PEC derrotada
Como mostrou a coluna, após os atos de domingo, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que a proposta será “enterrada de vez”.
Isso não significa, contudo, que a PEC não será votada. Otto, responsável por definir quais itens serão votados no colegiado, disse que a proposta será apreciada na CCJ, na próxima quarta-feira (24/9).
A ideia, contudo, é votar pela reprovação da PEC. O próprio relator escolhido, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), já avisou que seu parecer será contra a proposta aprovada pela Câmara na quarta-feira (16/9).
“Depois das manifestações de hoje, essa PEC será enterrada. Na quarta-feira, será o primeiro item que vamos votar na CCJ”, declarou o senador.
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