Putin e Trump já colecionavam encontros inusitados e misteriosos antes de reunião no Alasca

Trump e Putin se encontram no Alasca, mas reunião termina sem acordo sobre a guerra na Ucrânia Pela primeira vez desde a invasão russa da Ucrânia, em 2022, os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, se reuniram de forma presencial no Alasca, sem chegar a uma proposta concreta para um cessar-fogo na Ucrânia. ✅ g1 no WhatsApp: clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais Os dois líderes acumulam um histórico de encontros inusitados desde 2017, quando o americano ficou à frente da Casa Branca pela primeira vez. Entre reuniões formais, jantares privados e conversas registradas apenas por intérpretes, os momentos inusitados e controversos revelam a dinâmica complexa entre os dois líderes, que influenciou a política internacional nos últimos anos. Veja a seguir: Putin e Trump rindo após se encontrarem ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP Julho de 2017 O primeiro encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin ocorreu em 7 de julho de 2017, durante a cúpula do G20 em Hamburgo, poucos meses após Trump assumir a Presidência. A conversa foi acompanhada pelo ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e pelo então secretário de Estado de Trump, Rex Tillerson, além de dois intérpretes. A reunião, que inicialmente teria 35 minutos, durou mais de duas horas, com discussões sobre temas como a guerra na Síria, segurança digital e Coreia do Norte. O encontro ocorreu em meio às acusações de que Moscou havia interferido nas eleições de 2016 para prejudicar a candidata democrata Hillary Clinton. Tillerson relatou que Trump questionou Putin duas vezes sobre as acusações de interferência, recebendo negativas. Após o encontro oficial, Trump tomou uma atitude incomum: confiscou as anotações do intérprete americano e determinou que ele não revelasse a ninguém o conteúdo da conversa, medida que gerou críticas de diplomatas e especialistas por romper protocolos de transparência. Mais tarde, naquela mesma noite, durante o jantar dos líderes do G20, Trump se aproximou novamente de Putin para uma conversa privada, desta vez apenas com o intérprete russo e sem a presença de qualquer autoridade ou registro oficial americano. Novembro de 2017 Meses depois, Trump e Putin voltaram a se encontrar durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), em Da Nang, no Vietnã. Embora um encontro formal tenha sido cogitado, a Casa Branca alegou conflitos de agenda e cancelou a reunião oficial. Ainda assim, os dois trocaram cumprimentos e apertos de mão diante das câmeras, e se reuniram informalmente. Na ocasião, Trump chamou a atenção por endossar publicamente a versão de Putin de que Moscou não havia interferido nas eleições presidenciais de 2016. Na época, Trump era muito pressionado pelas investigações do caso e recebeu críticas por fazer as declarações públicas. Julho de 2018 Em julho de 2018, Trump e Putin se encontraram novamente em Helsinque, na Finlândia. A reunião, que durou duas horas, contou apenas com a presença de seus respectivos intérpretes. Na coletiva de imprensa conjunta, Trump duvidou dos dados da própria Inteligência do governo americano e disse que acreditava na inocência de Putin. Trump foi questionado se confiava mais nas conclusões das agências, que apontavam para o envolvimento russo, ou na palavra de Putin. O republicano respondeu que acreditava em ambos, mas acrescentou: “O presidente Putin diz que não foi a Rússia. Não vejo razão para que seja.” A declaração soou como uma validação pública da versão de Putin, provocando forte reação política nos EUA. Posteriormente, Trump recuou parcialmente, afirmando aceitar as conclusões de sua inteligência, mas sugerindo que “poderia ter sido outra gente” — sem apresentar provas. Novembro de 2018 Em novembro de 2018, à margem da cúpula do G20 em Buenos Aires, Trump e Putin tiveram uma nova conversa informal. A conversa durou cerca de 15 minutos. Mais uma vez, o presidente americano não levou intérprete ou assessor para registrar o diálogo. Em entrevista ao "Financial Times", o ex-presidente da França, François Hollande, alertou que a técnica do líder russo é mentir e ganhar tempo. O francês afirmou que Putin não tem pressa, porque sabe que ainda estará no poder daqui a um mês, dois anos ou talvez até o fim da vida. “Trump tem pressa porque prometeu resolver todos os conflitos do mundo e quer resultados”, afirma Hollande.

Agosto 16, 2025 - 05:30
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Putin e Trump já colecionavam encontros inusitados e misteriosos antes de reunião no Alasca

Trump e Putin se encontram no Alasca, mas reunião termina sem acordo sobre a guerra na Ucrânia Pela primeira vez desde a invasão russa da Ucrânia, em 2022, os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, se reuniram de forma presencial no Alasca, sem chegar a uma proposta concreta para um cessar-fogo na Ucrânia. ✅ g1 no WhatsApp: clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais Os dois líderes acumulam um histórico de encontros inusitados desde 2017, quando o americano ficou à frente da Casa Branca pela primeira vez. Entre reuniões formais, jantares privados e conversas registradas apenas por intérpretes, os momentos inusitados e controversos revelam a dinâmica complexa entre os dois líderes, que influenciou a política internacional nos últimos anos. Veja a seguir: Putin e Trump rindo após se encontrarem ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP Julho de 2017 O primeiro encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin ocorreu em 7 de julho de 2017, durante a cúpula do G20 em Hamburgo, poucos meses após Trump assumir a Presidência. A conversa foi acompanhada pelo ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e pelo então secretário de Estado de Trump, Rex Tillerson, além de dois intérpretes. A reunião, que inicialmente teria 35 minutos, durou mais de duas horas, com discussões sobre temas como a guerra na Síria, segurança digital e Coreia do Norte. O encontro ocorreu em meio às acusações de que Moscou havia interferido nas eleições de 2016 para prejudicar a candidata democrata Hillary Clinton. Tillerson relatou que Trump questionou Putin duas vezes sobre as acusações de interferência, recebendo negativas. Após o encontro oficial, Trump tomou uma atitude incomum: confiscou as anotações do intérprete americano e determinou que ele não revelasse a ninguém o conteúdo da conversa, medida que gerou críticas de diplomatas e especialistas por romper protocolos de transparência. Mais tarde, naquela mesma noite, durante o jantar dos líderes do G20, Trump se aproximou novamente de Putin para uma conversa privada, desta vez apenas com o intérprete russo e sem a presença de qualquer autoridade ou registro oficial americano. Novembro de 2017 Meses depois, Trump e Putin voltaram a se encontrar durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), em Da Nang, no Vietnã. Embora um encontro formal tenha sido cogitado, a Casa Branca alegou conflitos de agenda e cancelou a reunião oficial. Ainda assim, os dois trocaram cumprimentos e apertos de mão diante das câmeras, e se reuniram informalmente. Na ocasião, Trump chamou a atenção por endossar publicamente a versão de Putin de que Moscou não havia interferido nas eleições presidenciais de 2016. Na época, Trump era muito pressionado pelas investigações do caso e recebeu críticas por fazer as declarações públicas. Julho de 2018 Em julho de 2018, Trump e Putin se encontraram novamente em Helsinque, na Finlândia. A reunião, que durou duas horas, contou apenas com a presença de seus respectivos intérpretes. Na coletiva de imprensa conjunta, Trump duvidou dos dados da própria Inteligência do governo americano e disse que acreditava na inocência de Putin. Trump foi questionado se confiava mais nas conclusões das agências, que apontavam para o envolvimento russo, ou na palavra de Putin. O republicano respondeu que acreditava em ambos, mas acrescentou: “O presidente Putin diz que não foi a Rússia. Não vejo razão para que seja.” A declaração soou como uma validação pública da versão de Putin, provocando forte reação política nos EUA. Posteriormente, Trump recuou parcialmente, afirmando aceitar as conclusões de sua inteligência, mas sugerindo que “poderia ter sido outra gente” — sem apresentar provas. Novembro de 2018 Em novembro de 2018, à margem da cúpula do G20 em Buenos Aires, Trump e Putin tiveram uma nova conversa informal. A conversa durou cerca de 15 minutos. Mais uma vez, o presidente americano não levou intérprete ou assessor para registrar o diálogo. Em entrevista ao "Financial Times", o ex-presidente da França, François Hollande, alertou que a técnica do líder russo é mentir e ganhar tempo. O francês afirmou que Putin não tem pressa, porque sabe que ainda estará no poder daqui a um mês, dois anos ou talvez até o fim da vida. “Trump tem pressa porque prometeu resolver todos os conflitos do mundo e quer resultados”, afirma Hollande.

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