Quatro meses após ser desalojado, projeto social segue parado no DF

Gravura em Foco deixou o Museu Vivo da Memória Candanga em junho depois de uma ordem de interdição; espaço passará por uma reforma

Oct 23, 2025 - 04:30
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Quatro meses após ser desalojado, projeto social segue parado no DF

Pouco mais de quatro meses após ser obrigado pela Defesa Civil a deixar o Museu Vivo da Memória Candanga, no Núcleo Bandeirante (DF), o projeto social Gravura em Foco continua com suas atividades paradas. A casa laranja onde ocorriam as aulas foi interditada e o museu passará por reforma. Enquanto isso, nenhum local foi oferecido para que o projeto possa continuar com suas atividades.

A interdição ocorreu em 18 de junho, com base em um laudo emitido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) de março. Na época, os documentos pediam a saída imediata dos alunos bem como os materiais disponibilizados gratuitamente para o funcionamento das aulas.

De acordo com o Gravura em Foco, a renovação do espaço era feita há cada 6 meses pelas professoras do ateliê desde 2013. Este ano, a solicitação de renovação ocorreu em janeiro, mas a gerência do museu não assinou o termo. O grupo também afirmou que, em 2017, a casinha rosa, onde funcionavam as atividades na época, também precisou passar por reforma, mas eles foram realocados imediatamente. 17 imagensAtividades eram oferecidas de forma gratuitaContudo, participantes acabaram desalojadosOficinas ocorriam no Museu Vivo da Memória CandangaProjeto Gravura em FocoExposição de gravuras produzidas pelos participantesFechar modal.1 de 17

Gravuras produzidas pelos participantesTalita Castellar/Reprodução2 de 17

Atividades eram oferecidas de forma gratuitaTalita Castellar/Reprodução3 de 17

Contudo, participantes acabaram desalojadosTalita Castellar/Reprodução4 de 17

Oficinas ocorriam no Museu Vivo da Memória CandangaTalita Castellar/Reprodução5 de 17

Projeto Gravura em FocoTalita Castellar/Reprodução6 de 17

Exposição de gravuras produzidas pelos participantesAteliê Gravura em Foco/Reprodução7 de 17

Alunos e professores na oficina Gravura em FocoAteliê Gravura em Foco/Reprodução8 de 17

Participantes estão sem local para dar continuidade às atividadesAteliê Gravura em Foco/Reprodução9 de 17

Oficina Gravura em FocoAteliê Gravura em Foco/Reprodução10 de 17

Atividades contavam com voluntáriosAteliê Gravura em Foco/Reprodução11 de 17

Criadores das obras podiam receber pela venda delas em exposiçõesAteliê Gravura em Foco/Reprodução12 de 17

Alunos e professores em frente à Casa Laranja do ateliê Gravura em FocoAteliê Gravura em Foco/Reprodução13 de 17

Oficina de gravuraAteliê Gravura em Foco/Reprodução14 de 17

Casa Laranja, onde funcionava a oficina de gravuraIsabella Wagner/Metrópoles15 de 17

Espaço foi interditado pela Defesa CivilIsabella Wagner/Metrópoles16 de 17

Isabella Wagner/Metrópoles17 de 17

Aluno Fernando Pedra, integrante do Gravura em Foco, exibe camisa com estampa feita por eleIsabella Wagner/Metrópoles

A Secretaria de Cultura informou que a renovação para a autorização do funcionamento da oficina no museu não foi feita. Ainda justificou que as casinhas do museu onde aconteciam diversas atividades precisam de manutenção frequente e, às vezes, o fechamento é temporário. Segundo a pasta, os materiais da oficina ainda permanecem no local, o que atrasa o cronograma das obras.

O ateliê disse que eles não possui lugar para guardar os materiais, entre prateleiras, armários, tintas, tesouras, frigobar e uma prensa de gravura, e que precisa de ajuda para transferir o material devido ao peso.

Reformas

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desembolsou R$ 500 mil para reformas no Museu Vivo da Memória Candanga. A iniciativa faz parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, que investiu R$ 1,4 milhão do Tesouro Nacional para reformar três projetos arquitetônicos de Brasília: a Praça dos Três Poderes, o Catetinho e o museu.

O Metrópoles entrou em contato com o Iphan, que disse que o projeto de obras se dará em cooperação com a Novacap e que já está na fase inicial de instrução do processo licitatório para a contratação do escritório de arquitetura responsável pela elaboração. Para o caso do museu, a previsão é de que essa licitação seja lançada ainda este ano. O prazo estimado para a realização e conclusão das obras é de 11 meses.

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