Quem é o alvo da PF preso nos EUA por fraude de R$ 1,6 bi com Bitcoin
Brasileiro está preso nos EUA depois de ter sido extraditado pela Suíça em apuração por esquema de pirâmide com Bitcoin

Douver Braga é da cidade fluminense de Petrópolis e fundador do Trade Coin Clube (TCC), empreendimento de criptomoeda Bitcoin que oferecia altos lucros aos investidores.
Atualmente, ele está preso nos Estados Unidos (EUA), para onde foi extraditado em fevereiro após ser detido na Suíça.
Ele é o principal investigado na Operação Fantasos, deflagrada nesta quarta (30) pela Polícia Federal (PF) e que tem como objetivo “combater a prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro por meio de criptoativos.”
Nos EUA, Braga é suspeito de liderar uma fraude de US$ 290 milhões nos Estados Unidos (EUA), cerca de R$ 1,6 bilhão.
Braga é alvo da Comissão de Valores Mobiliários americana por suspeita de integrar um grupo responsável por um esquema internacional de fraudes. Ele morou nos EUA entre 2016 e 2021, quando realizou as fraudes.
Ao anunciar a extradição de Douver Braga, as autoridades americanas informaram que ele “comandou um esquema de fraude com mais de um século de existência, mas ele atualizou seu esquema Ponzi (pirâmide) com a novidade mais quente: bitcoin”.
De acordo com as autoridades americanas, Braga criou um “portal online” onde os investidores podiam “rastrear a suposta atividade de suas contas de investimento” O site, no entanto, era fictício.
“As acusações contra o Sr. Braga e seus cúmplices refletem um esquema bem elaborado para solicitar investimentos em uma plataforma falsa de negociação de criptomoedas de vítimas ao redor do mundo”, disse à época da extradição uma autoridade americana do Departamento de Investigação Criminal.
Segundo as autoridades americanas, Braga “sacou e desviou fundos de investidores” e, entre 2016 e 2019, transferiu para suas contas ao menos US$ 50 milhões em Bitcoin de investidores.
Após os investidores enfrentarem dificuldades para sacar os valores, a TCC, empresa de Braga, anunciou o encerramento das operações nos Estados Unidos em janeiro de 2018.
“Os investidores vítimas esperaram anos para ver justiça. Parabenizo nossos parceiros federais do FBI e da Investigação Criminal da Receita Federal por seu trabalho diligente neste caso”, disse a procuradora federal Teal Luthy Miller após a extradição em fevereiro deste ano.
“Por meio de suas falsas promessas de investimentos sofisticados e altos retornos, Braga induziu dezenas de milhares de pessoas a confiar mais de 82.000 bitcoins, avaliados em mais de US$ 290 milhões no momento do investimento, e a depositá-los na TCC”, informou o Departamento de Justiça americana à época da extradição.
Braga se declarou inocente nos EUA, mas pode pegar até 20 anos de prisão caso condenado.
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