Reféns israelenses relatam fome, restrições e tortura no cativeiro
Prisioneiros de Isarel ficaram mais de 700 dias como reféns, em Gaza. Grupo foi mantido em isolamento completo

Após a alegria do reencontro com familiares e amigos, começa o trabalho de reconstrução para os reféns israelenses. Antes de sua libertação, nessa segunda-feira (13/10), eles passaram 738 dias sob custódia do Hamas em condições terríveis.
Eles sofreram com a fome e perderam entre 30% e 40% do peso corporal. De acordo com o canal 12 da TV israelense, Avinatan Or, por exemplo, foi mantido em completo isolamento por mais de dois anos.
Elkana Bohbot passou toda a sua detenção acorrentado em um túnel, onde perdeu a noção de tempo e espaço. Os soldados Matan Angrest, 22 anos, e Nimrod Cohen, 20 anos, estiveram entre os últimos reféns libertados pelo grupo islâmico. Angrest foi severamente torturado por ser militar.
Nas mãos do Hamas, os reféns viviam sob a ameaça de execução a qualquer momento, com armas apontadas para suas cabeças. Alguns, infelizmente, não sobreviveram.
Corpos identificados
Nesta terça-feira (14/10), o exército informou que os corpos dos quatro reféns mortos, que foram devolvidos ontem pelo Hamas, foram identificados, incluindo os do estudante nepalês Bipin Joshi e de três israelenses.
“Após o processo de identificação [dos quatro restos mortais] pelo Instituto Nacional de Medicina Legal, representantes do exército informaram às famílias de Guy Illouz, Bipin Joshi e dos outros dois reféns falecidos, cujos nomes ainda não foram divulgados por seus familiares, que seus entes queridos foram devolvidos para sepultamento”, afirmou um comunicado militar.
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Guy Illouz foi sequestrado durante o festival de música Nova, palco do maior massacre (mais de 370 mortos) perpetrado por comandos do Hamas em 7 de outubro de 2023. Bipin Joshi, um estudante de agricultura, foi sequestrado no Kibutz Alumim.
“Guy Illouz, de 26 anos na época de sua morte, foi ferido e sequestrado ainda vivo pelo movimento islâmico Hamas. Ele morreu em decorrência dos ferimentos, após não receber atendimento médico adequado enquanto estava em cativeiro”, afirmou o comunicado do exército.
Bipin Joshi, de 22 anos na época de seu sequestro, foi tirado de um abrigo no Kibutz Alumim e assassinado enquanto estava em cativeiro durante os primeiros meses da guerra, segundo o exército. Ele foi o último refém não israelense mantido em cativeiro em Gaza.
As famílias dos 28 reféns mortos lamentam a traição, pois o acordo previa a devolução de todos os reféns, vivos e mortos, nessa segunda.
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