Réus por morte de ex-vereadora pegam mais de 30 anos de prisão

A Justiça de São Paulo condenou os três acusados de matar a ex-vereadora Madalena Leite a mais de 30 anos de prisão. O júri popular ocorreu no Fórum de Piracicaba, no interior do estado, e terminou na madrugada da última quinta-feira (20/11).

Primeira vereadora travesti de Piracicaba, Madalena Leite foi assassinada com golpes de facão na cabeça em 2021.

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Wemerson Carlos Ferrante, conhecido como Sagui, foi condenado a 36 anos de prisão. Já Marcelo Tomaz Sancearusso e Jéssica Silva receberam pena de 32 anos de prisão em regime inicial fechado.

Nas redes sociais, um perfil dedicado a um documentário sobre a vida de Madalena Leite celebrou a decisão. “20 de Novembro de 2025, Dia da Consciência Negra, após 4 anos de seu assassinato e 15h de Júri Popular, a justiça por Madalena foi feita. Os réus: Jéssica, Marcelo e Emerson foram condenados a 30 anos de prisão. É luto, luta e celebração!”, diz a postagem.

Relembre o caso

• Madalena Leite, de 64 anos, foi encontrada morta na própria casa por uma vizinha em abril de 2021 em Piracicaba.
• Ela ficou conhecida por ser a primeira vereadora travesti eleita na cidade, em 2012, pelo PSDB.
• Segundo a Polícia Militar, o corpo da ex-vereadora foi encontrado com sinais de golpes de facão na cabeça e estava no sofá da sala da residência.
• Segundo a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o crime foi motivado por vingança relacionada à atuação de Madalena como líder comunitária em um bairro da cidade. Um ex-apoiador teria planejado o assassinato em meio a disputas pela liderança comunitária do bairro Boa Esperança.
• “Figura emblemática em nossa cidade, tornou-se conhecida por sua personalidade marcante, sempre sorridente, de luta e perseverança. Características estas que a conduziram a ocupar uma cadeira na Câmara de Vereadores de Piracicaba (2013-2016), cargo que ocupou com profissionalismo, espírito democrático e social”, escreveu a prefeitura na ocasião.