"Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo", diz Lula após encontro na Malásia
"Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo", diz Lula após reunião na Malásia O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na noite deste domingo (26), – já manhã de segunda-feira (27) na Malásia – que a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi "surpreendentemente boa" e que teve a impressão de que logo não haverá problema entre os países. "Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo", afirmou durante entrevista. Lula disse ainda reconhecer ser um direito de um Presidente da República aplicar taxas quando acredita que a indústria nacional está sendo prejudicada, mas que as decisões dos Estados Unidos foram tomadas baseadas em informações erradas. "O que não pode é acontecer o que aconteceu com o Brasil, com base em informações equivocadas, tomar uma decisão de taxar o Brasil em 50%. Ele sabe disso porque eu tive a oportunidade de dizer, agora não tem mais intermediário. Agora é o presidente Lula com o presidente Trump." O presidente afirmou que ficou satisfeito e otimista depois da reunião e que, a depender do desenrolar da situação, já vai "importunar [Trump] com um telefonema direto" na próxima semana. Lula fala após encontro com Trump na Malásia REUTERS/Edgar Su Conversa sobre Bolsonaro Além de tratarem sobre o tarifaço, Lula disse que eles conversaram sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Eu disse para ele que o julgamento [de Bolsonaro] foi muito sério, com provas muito contundentes", afirmou. De acordo com Lula, o presidente norte-americano sabe que "Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira". "Em três reuniões que você fizer comigo, você vai perceber que Bolsonaro não era nada, praticamente", contou. Discussão sobre a Venezuela Sobre a tensão dos EUA com a Venezuela, Lula disse que demonstrou preocupação com o agravamento da situação e afirmou que é extremamente importante levar em consideração a experiência que o Brasil tem como potência na América do Sul para ser mediador na relação entre os países. O presidente brasileiro se colocou à disposição para ajudar, caso necessário, em futuras negociações. "Nós queremos manter a América do Sul como zona de paz. Nós não queremos trazer os conflitos de outras regiões para o nosso continente", defendeu. 'Não aceitamos uma nova Guerra Fria' Perguntado sobre como as tarifas impostas a diversos países pelos EUA poderiam reorganizar a ordem mundial, com a China desempenhando um importante papel, Lula afirmou que o Brasil não tem preferência entre países e deseja manter uma boa relação comercial com todas as nações. "Nós não aceitamos uma nova Guerra Fria que durante 50 anos permeou a vida da humanidade entre Estados Unidos e Rússia", comentou. Ele ainda destacou a relação comercial com a China e ressaltou a importância do Brasil não depender exclusivamente de um país em suas trocas comerciais. Inclusão da Malásia nos Brics O presidente brasileiro ainda ressaltou o apoio do Brasil para que a Malásia passe a integrar os Brics.

"Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo", diz Lula após reunião na Malásia O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na noite deste domingo (26), – já manhã de segunda-feira (27) na Malásia – que a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi "surpreendentemente boa" e que teve a impressão de que logo não haverá problema entre os países. "Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo", afirmou durante entrevista. Lula disse ainda reconhecer ser um direito de um Presidente da República aplicar taxas quando acredita que a indústria nacional está sendo prejudicada, mas que as decisões dos Estados Unidos foram tomadas baseadas em informações erradas. "O que não pode é acontecer o que aconteceu com o Brasil, com base em informações equivocadas, tomar uma decisão de taxar o Brasil em 50%. Ele sabe disso porque eu tive a oportunidade de dizer, agora não tem mais intermediário. Agora é o presidente Lula com o presidente Trump." O presidente afirmou que ficou satisfeito e otimista depois da reunião e que, a depender do desenrolar da situação, já vai "importunar [Trump] com um telefonema direto" na próxima semana. Lula fala após encontro com Trump na Malásia REUTERS/Edgar Su Conversa sobre Bolsonaro Além de tratarem sobre o tarifaço, Lula disse que eles conversaram sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Eu disse para ele que o julgamento [de Bolsonaro] foi muito sério, com provas muito contundentes", afirmou. De acordo com Lula, o presidente norte-americano sabe que "Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira". "Em três reuniões que você fizer comigo, você vai perceber que Bolsonaro não era nada, praticamente", contou. Discussão sobre a Venezuela Sobre a tensão dos EUA com a Venezuela, Lula disse que demonstrou preocupação com o agravamento da situação e afirmou que é extremamente importante levar em consideração a experiência que o Brasil tem como potência na América do Sul para ser mediador na relação entre os países. O presidente brasileiro se colocou à disposição para ajudar, caso necessário, em futuras negociações. "Nós queremos manter a América do Sul como zona de paz. Nós não queremos trazer os conflitos de outras regiões para o nosso continente", defendeu. 'Não aceitamos uma nova Guerra Fria' Perguntado sobre como as tarifas impostas a diversos países pelos EUA poderiam reorganizar a ordem mundial, com a China desempenhando um importante papel, Lula afirmou que o Brasil não tem preferência entre países e deseja manter uma boa relação comercial com todas as nações. "Nós não aceitamos uma nova Guerra Fria que durante 50 anos permeou a vida da humanidade entre Estados Unidos e Rússia", comentou. Ele ainda destacou a relação comercial com a China e ressaltou a importância do Brasil não depender exclusivamente de um país em suas trocas comerciais. Inclusão da Malásia nos Brics O presidente brasileiro ainda ressaltou o apoio do Brasil para que a Malásia passe a integrar os Brics.
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