Só o quanto pior, melhor salvará Bolsonaro e Tarcísio da escuridão
Possível, é, mas improvável

E agora, Bolsonaro? E agora, Dudu Tarifaço? E agora, Tarcísio (Make America Great Again) de Freitas? É cedo ou tarde para reconhecer que o tempo fechou sobre vocês? Ou a essa altura ainda existe uma réstia de sol a iluminar as esperanças de cada um?
Bolsonaro espera, pelo menos, cumprir em casa parte de sua pena de 27 anos e três meses de prisão. Só depende da generosidade do ministro Alexandre de Moraes, a quem já chamou de “canalha”. Tarcísio chamou-o de “tirano”, e Dudu, de “ditador”.
O enviado especial do pai aos Estados Unidos não espera boas notícias. Se puser os pés no Brasil será preso e certamente condenado como traidor da Pátria. Se não voltar, perderá o mandato de deputado federal. A inelegibilidade bate à sua porta.
Para Dudu, sempre haverá a Disney, o hambúrguer, a calça jeans e a companhia de Paulo Figueiredo. Mas suas despesas lá fora serão pagas por quem? Pela família das transações imobiliárias em dinheiro vivo? Das rachadinhas com dinheiro público?
No mínimo, o sonho de Tarcísio de candidatar-se a presidente da República em 2026 está ameaçado. Ele poderá dizer mais tarde que da sua boca jamais saiu algo parecido com a admissão de trocar o Palácio dos Bandeirantes pelo Palácio da Alvorada. E daí?
Se está decidido a se reeleger governador, por que não o diz de uma vez por todas e encerra o assunto? Os paulistas prezam mais quem os governa de perto do que à distância, tendo de cuidar também de 26 outros estados. São Paulo em primeiro lugar!
O encontro amistoso de Lula com Donald Trump em um dos corredores do prédio da ONU, em Nova Iorque, não foi acidental, sem querer, obra do destino. Foi urdido, planejado. Disse Trump que “rolou uma química” entre os dois, e Lula confirmou.
Pode ter rolado, mas não só. Os dois são ótimos atores, embora de escolas diferentes. O encontro resultou de meses de conversas sigilosas que não deixaram registros entre auxiliares dos dois presidentes, empresários brasileiros e norte-americanos.
Desatado por Trump, quer dizer que o conflito comercial e ideológico Brasil-Estados Unidos está próximo do fim? A princípio, o ideológico cairá para segundo plano, e o comercial ganhará relevância. Armas depostas, negócios no centro da mesa.
O sol só voltará a brilhar em toda sua plenitude para Bolsonaro, Dudu Tarifaço e Tarcísio de Freitas se o que se trama não chegar a bom termo. É no quanto pior, melhor, que eles ainda apostam. Vamos ver. Aguardemos os próximos capítulos.
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