SP tem 95 afastamentos de professores diariamente por saúde mental 

Levantamento feito por associação de professores com base em dados oficiais do governo estadual mostra alto número de licenças em SP

Nov 15, 2025 - 03:30
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SP tem 95 afastamentos de professores diariamente por saúde mental 

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) concedeu, em média, 95 licenças médicas por dia para professores com transtornos relacionados à saúde mental, entre janeiro e setembro deste ano. O dado faz parte de um levantamento da associação Centro do Professorado Paulista (CPP), com base em informações oficiais da gestão estadual.

A organização solicitou, via Lei de Acesso à Informação (LAI), o número de licenças médicas envolvendo transtornos mentais e comportamentais que foram autorizadas para a categoria depois de perícia médica.

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A resposta à solicitação, enviada pela Diretoria de Perícias Médicas do Estado (DPME), expõe um cenário de alto impacto das questões de saúde mental entre os professores.

O que diz o levantamento

  • Segundo a DPME, foram emitidas 25.699 licenças entre o início do ano e o mês de setembro, por questões relacionadas à saúde mental entre professores efetivos e estatutários – concursados.
  • No total, foram 911.634 dias de afastamento – uma média de 35 dias para cada pedido. Os dados não incluem pedidos de professores temporários.
  • Em todo o ano de 2024, 42.155 licenças foram autorizadas. Os pedidos geraram 1.344.442 dias de afastamento – uma média de 31 dias por licença deferida.
  • O levantamento mostra, ainda, que a região com maior número de afastamentos é na Grande São Paulo. Em 2025, foram 13.534 licenças. Em segundo lugar, aparece a região de Campinas, com 3.356 licenças.

O CPP diz que os dados demonstram a “pressão emocional enfrentada pelos professores”, e afirma que faltam políticas de prevenção.

“Esses números são um grito de alerta. O professor está adoecendo a cada dia”, afirma, em nota, o diretor-geral da associação, Alessandro Soares.

Também em nota, a Secretaria da Educação disse que acompanha os indicadores de saúde dos servidores da rede, em parceria com a DPME, e diz que tem aprimorado ações de prevenção e cuidado dos educadores. 5 imagensEstudantes da rede estadual de São Paulo Alunos do ensino fundamental usam computadores para pesquisar temas das aulasAlunos do 2° ano do ensino fundamental são destaque na avaliaçãoCrianças acompanham aula em escola na periferia da zona leste de São Paulo Fechar modal.1 de 5

Estudantes da rede estadual de São Paulo Jessica Bernardo / Metrópoles2 de 5

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Alunos do ensino fundamental usam computadores para pesquisar temas das aulasJéssica Bernardo/Metrópoles4 de 5

Alunos do 2° ano do ensino fundamental são destaque na avaliaçãoJessica Bernardo / Metrópoles5 de 5

Crianças acompanham aula em escola na periferia da zona leste de São Paulo Jessica Bernardo/Metrópoles

“A Seduc-SP destaca que os desafios contemporâneos da educação, como as transformações vividas no período pós-pandemia, a integração responsável de tecnologias ao ambiente escolar e as novas demandas pedagógicas e sociais, têm trazido novos desafios aos educadores. Com foco na valorização e no bem-estar dos profissionais da rede, a Pasta vem fortalecendo suas políticas de acolhimento, escuta e prevenção.”

A nota diz que desde 2024 a Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos (CGRH) disponibiliza um serviço de teleatendimento em psicologia e psiquiatria, que garante apoio individual aos profissionais da rede. Segundo a pasta, até o dia 31 de outubro deste ano, foram realizados mais de 650 mil atendimentos do tipo.

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