Treinar “pesado” ajuda a compensar os excessos na dieta? Descubra
Exercício físico é fundamental para a saúde, mas não compensa uma alimentação desregrada. Entenda por que é um erro confiar apenas no treino

A máxima “vou comer o que quiser, depois queimo na academia” é comum — e perigosa. A ideia de que o exercício físico pode “pagar” pelos exageros alimentares é um mito que já caiu por terra entre médicos e nutricionistas. A ciência mostra: movimentar o corpo é essencial, mas não tem poder para neutralizar os impactos de uma dieta desequilibrada.
Leia também
-
Saúde
Confira 7 benefícios do chuchu para a saúde e como incluí-lo na dieta
-
Saúde
Dieta imitadora do jejum: o que é, como funciona e os riscos do método
-
Vida & Estilo
5 melhores chocolates para comer na dieta, segundo um médico
Se fosse simples assim, bastaria correr uma hora após cada fast-food e tudo estaria resolvido. O corpo, porém, não funciona nessa lógica matemática. A alimentação influencia processos metabólicos, hormonais e inflamatórios que o exercício, por si só, não consegue regular sozinho.
Além disso, o gasto calórico durante o treino costuma ser superestimado. Uma sessão intensa de musculação ou corrida pode queimar entre 300 e 600 calorias. Um hambúrguer com batata e refrigerante ultrapassa facilmente esse valor — sem contar o efeito cumulativo do açúcar e das gorduras trans no organismo.
8 imagens
Fechar modal.
1 de 8
Faça substituições inteligentes na dieta para emagrecer Getty Images2 de 8
Praticar atividade física é essencialPixabay3 de 8
Lembre-se: o efeito sanfona desencadeia doenças cardiovasculares e alterações hormonaisTim Platt/Getty Images4 de 8
Por isso, procure sempre manter a boa forma Alto Astral/Reprodução5 de 8
Se quiser emagrecer, aumente também a ingestão de líquidos, como água, sucos e chásGetty Images6 de 8
Evite erros comuns que retardam o emagrecimento Getty Images 7 de 8
Como ter noites de sono ruins e treinar demais, o que desgasta o corpo Pixabay8 de 8
Veja sinais de que sua dificuldade de emagrecer pode ser hormonal. Perda de peso hormonalGetty Images
A longo prazo, o desequilíbrio entre dieta e treino pode levar a frustrações. Muitos praticam atividade física com disciplina, mas não percebem resultados porque continuam cometendo excessos na alimentação. A boa forma é construída majoritariamente na cozinha. O exercício é importante, mas não é o ator principal nesse processo.
O recado é claro: alimentação e exercício devem caminhar juntos. Cuidar do corpo não é só uma questão estética, mas uma escolha diária de saúde e coerência. Afinal, não se pode correr o suficiente para fugir de uma má alimentação.
(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida
What's Your Reaction?






