Troca de escova de dentes: saiba quando fazer e por que é importante

Usar a mesma escova de dentes por muito tempo pode causar mau hálito, cáries e infecções. Saiba como identificar o momento certo da troca

Nov 5, 2025 - 02:30
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Troca de escova de dentes: saiba quando fazer e por que é importante

Trocar de escova de dentes pode parecer um detalhe trivial, mas está diretamente ligado à saúde bucal. Com o passar do tempo, as cerdas se desgastam, acumulam microrganismos e deixam de remover a placa bacteriana de forma eficaz.

Mesmo quem escova os dentes com frequência pode desenvolver cáries, gengivite ou mau hálito se a escova não estiver em boas condições. Maria Letícia Bucchianeri, coordenadora do curso de odontologia da faculdade Aria, em Brasília, explica que existem doenças que exigem a troca imediata após a recuperação.

“Pacientes com infecções respiratórias ou orais devem substituir a escova assim que se recuperarem, pois as cerdas podem abrigar os microrganismos causadores dessas doenças”, afirma Maria Letícia.
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Quando trocar a escova de dentes

O principal sinal de que a escova dental perdeu a eficácia é a mudança no formato das cerdas. Quando elas se abrem em formato de leque, significa que estão incapazes de alcançar os espaços entre os dentes e a linha da gengiva, o que compromete a limpeza da boca.

Elisa Fatoreli, estomatologista e odontóloga hospitalar da Rede Casa, no Rio de Janeiro, conta que o acúmulo de placa bacteriana favorece o surgimento de doenças bucais. Além disso, as cerdas deformadas podem ferir a gengiva, causar sensibilidade e deixar os dentes mais suscetíveis à ação de bactérias.

“O uso de escovas desgastadas reduz a eficácia na remoção da placa bacteriana e pode aumentar o risco de doenças gengivais, como gengivite e periodontite”, explica Elisa. Foto colorida de escovas de dentes - Troca de escova de dente: saiba quando e por que é importante - MetrópolesÉ recomendado trocar a escova de dentes a cada três meses ou antes, se as cerdas estiverem abertas

Apesar das diferenças de formato e tecnologia, as escovas manuais e elétricas devem ser substituídas com a mesma frequência: a cada três meses, em média. No caso das elétricas, só a cabeça precisa ser trocada, seguindo as orientações do fabricante.

A durabilidade também depende da forma de uso. Escovar com muita força, morder o cabo ou deixar a escova cair no chão reduz o tempo de vida útil do produto. Crianças, por exemplo, costumam desgastar as cerdas mais rápido e podem precisar de substituições em menos tempo.

Principais riscos de não trocar a escova de dentes

  • Acúmulo de placa bacteriana.
  • Desenvolvimento de cáries.
  • Inflamações na gengiva.
  • Mau hálito persistente.
  • Contaminação por fungos e bactérias.

Cuidados com a escova de dente e banheiro

Bruna Conde, cirurgiã-dentista e membro da Associação Brasileira de Halitose, explica que a umidade e a falta de ventilação no banheiro favorecem o crescimento de fungos e bactérias nas cerdas, por isso, o banheiro é um local propício à contaminação.

As partículas liberadas durante a descarga também podem se depositar sobre as escovas, principalmente quando se dá a descarga com a tampa aberta. Nesse contexto, para manter a escova limpa, é importante enxaguar bem depois do uso, remover o excesso de água e deixar sempre na posição vertical.

“A umidade e os aerossóis do banheiro criam condições ideais para a proliferação de bactérias. A tampa do vaso sanitário deve ser mantida fechada antes da descarga, e a escova precisa secar ao ar livre”, aconselha Bruna.

O ideal é evitar capas protetoras, porque elas mantêm a umidade e aumentam o risco de contaminação. Em banheiros compartilhados, as escovas devem ser guardadas separadas, sem contato entre as cerdas.

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