Bombou no g1: Piloto de Pablo Escobar tinha leão como pet e salário de R$ 332 milhões para levar toneladas de droga
Piloto de Pablo Escobar tinha leão como pet e salário de R$ 332 milhões para levar tonelad O piloto Tirso Dominguez foi um contrabandista contratado por Pablo Escobar nos anos 80. Ele foi preso em 1991, mas só agora, em 2025, contou a história toda. A jornada inclui um leão como "pet", salário de R$ 332 milhões e o transporte de toneladas de cocaína Ao longo de dezembro, o g1 revisita as histórias mais malucas - e reais - publicadas em 2025. Veja o vídeo acima, leia o texto abaixo e explore outras reportagens no mapa ao final desta página. A matéria original foi publicada em junho. GIF Retrospectiva - Bombou no g1: Piloto de Pablo Escobar tinha leão como pet e salário de R$ 332 milhões para levar toneladas de droga Editoria de arte do g1 Dominguez eu sua primeira entrevista depois que foi preso ao podcast Cocaine Air, e o jornal britânico The Guardian teve acesso a trechos da conversa em 11 de junho. Ele diz que começou a se envolver com tráfico de drogas no final da década de 70, quando tinha cerca de 20 anos, e começou a pilotar aviões para ganhar dinheiro contrabandeando maconha das Bahamas e da Colômbia para os EUA. Tudo começou quando seu pai, um incorporador imobiliário do sul da Flórida, morreu inesperadamente de câncer enquanto construía uma usina de açúcar no Haiti. Antes de falecer, o pai havia garantido um empréstimo de US$ 14 milhões com dois banqueiros. Mas, após sua morte, os banqueiros se recusaram a liberar o valor para o filho, que também sofreu um golpe de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 536 mil). Desesperado para levantar capital, Dominguez acabou aprendendo a pilotar aviões para conseguir algum dinheiro. Dominguez contou que, durante o transporte ilegal de drogas, entregou por engano US$ 800 mil (cerca de R$ 4,4 milhões) em maconha para o destinatário errado. Isso fez com que seus fornecedores o sequestrassem e ameaçassem matar sua família, caso não ressarcisse o prejuízo rapidamente. Segundo o Guardian, Dominguez afirmou que o caminho mais rápido para recuperar o montante era viajar com o avião carregado de cocaína. “Eu nunca quis me envolver com cocaína porque os traficantes de cocaína eram os bandidos... responsáveis por todas as mortes”, afirmou. “Eu não tolero drogas. Nunca usei drogas". Mesmo assim, esse primeiro voo rendeu a Dominguez US$ 1 milhão (R$ 5,5 milhões) para pagar seus fornecedores. Ele afirma que isso foi lucrativo o suficiente para decidir começar a transportar cocaína em tempo integral, sem perder uma remessa. O piloto Tirso Dominguez foi um contrabandista contratado por Pablo Escobar Divulgação / Podcast Cocaine Air Dominguez disse que esse controle nas entregas chamou a atenção de Escobar. "Pablo Escobar não significava nada para mim”, diz Dominguez ao Cocaine Air. “Eu estava cheio de mim mesmo. Eu ando sobre as águas, sabe? Ganho US$ 4 milhões (R$ 22,15 milhões) por mês", afirmou Dominguez. Escobar então se ofereceu para pagar a Dominguez quatro voos por mês a US$ 5 milhões (R$ 27,6 milhões) por viagem. Dominguez achou que US$ 20 milhões (R$ 110,7 milhões) mensais – o equivalente a US$ 60 milhões (R$ 332,26 milhões), considerando a inflação – era demais para deixar passar. A quantia, no entanto, passou a ser alta demais, o que fez Escobar pagar Domínguez com cocaína. Ele então passou de contrabandista a traficante, o que significava, além de levar droga de um lugar para o outro, também vender e receber lucro. "De dia, eu operava a maior concessionária de Lamborghinis do mundo. De noite, eu transportava toneladas de cocaína para Pablo Escobar", ele afirmou. "Fiz o que nenhum outro contrabandista havia feito na história do contrabando", destacou Dominguez.

Piloto de Pablo Escobar tinha leão como pet e salário de R$ 332 milhões para levar tonelad O piloto Tirso Dominguez foi um contrabandista contratado por Pablo Escobar nos anos 80. Ele foi preso em 1991, mas só agora, em 2025, contou a história toda. A jornada inclui um leão como "pet", salário de R$ 332 milhões e o transporte de toneladas de cocaína Ao longo de dezembro, o g1 revisita as histórias mais malucas - e reais - publicadas em 2025. Veja o vídeo acima, leia o texto abaixo e explore outras reportagens no mapa ao final desta página. A matéria original foi publicada em junho. GIF Retrospectiva - Bombou no g1: Piloto de Pablo Escobar tinha leão como pet e salário de R$ 332 milhões para levar toneladas de droga Editoria de arte do g1 Dominguez eu sua primeira entrevista depois que foi preso ao podcast Cocaine Air, e o jornal britânico The Guardian teve acesso a trechos da conversa em 11 de junho. Ele diz que começou a se envolver com tráfico de drogas no final da década de 70, quando tinha cerca de 20 anos, e começou a pilotar aviões para ganhar dinheiro contrabandeando maconha das Bahamas e da Colômbia para os EUA. Tudo começou quando seu pai, um incorporador imobiliário do sul da Flórida, morreu inesperadamente de câncer enquanto construía uma usina de açúcar no Haiti. Antes de falecer, o pai havia garantido um empréstimo de US$ 14 milhões com dois banqueiros. Mas, após sua morte, os banqueiros se recusaram a liberar o valor para o filho, que também sofreu um golpe de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 536 mil). Desesperado para levantar capital, Dominguez acabou aprendendo a pilotar aviões para conseguir algum dinheiro. Dominguez contou que, durante o transporte ilegal de drogas, entregou por engano US$ 800 mil (cerca de R$ 4,4 milhões) em maconha para o destinatário errado. Isso fez com que seus fornecedores o sequestrassem e ameaçassem matar sua família, caso não ressarcisse o prejuízo rapidamente. Segundo o Guardian, Dominguez afirmou que o caminho mais rápido para recuperar o montante era viajar com o avião carregado de cocaína. “Eu nunca quis me envolver com cocaína porque os traficantes de cocaína eram os bandidos... responsáveis por todas as mortes”, afirmou. “Eu não tolero drogas. Nunca usei drogas". Mesmo assim, esse primeiro voo rendeu a Dominguez US$ 1 milhão (R$ 5,5 milhões) para pagar seus fornecedores. Ele afirma que isso foi lucrativo o suficiente para decidir começar a transportar cocaína em tempo integral, sem perder uma remessa. O piloto Tirso Dominguez foi um contrabandista contratado por Pablo Escobar Divulgação / Podcast Cocaine Air Dominguez disse que esse controle nas entregas chamou a atenção de Escobar. "Pablo Escobar não significava nada para mim”, diz Dominguez ao Cocaine Air. “Eu estava cheio de mim mesmo. Eu ando sobre as águas, sabe? Ganho US$ 4 milhões (R$ 22,15 milhões) por mês", afirmou Dominguez. Escobar então se ofereceu para pagar a Dominguez quatro voos por mês a US$ 5 milhões (R$ 27,6 milhões) por viagem. Dominguez achou que US$ 20 milhões (R$ 110,7 milhões) mensais – o equivalente a US$ 60 milhões (R$ 332,26 milhões), considerando a inflação – era demais para deixar passar. A quantia, no entanto, passou a ser alta demais, o que fez Escobar pagar Domínguez com cocaína. Ele então passou de contrabandista a traficante, o que significava, além de levar droga de um lugar para o outro, também vender e receber lucro. "De dia, eu operava a maior concessionária de Lamborghinis do mundo. De noite, eu transportava toneladas de cocaína para Pablo Escobar", ele afirmou. "Fiz o que nenhum outro contrabandista havia feito na história do contrabando", destacou Dominguez.
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