Trump contra Estado da Palestina e Gaza no centro das atenções: o que esperar do 1º dia de discursos na Assembleia Geral da ONU
O presidente americano, Donald Trump, em discurso no debate da Assembleia Geral da ONU Seth Wenig/AP O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve criticar os recentes reconhecimentos da Palestina como Estado no discurso que fará nesta terça-feira (23) na Assembleia Geral da ONU. A fala é uma das mais aguardadas do primeiro dia do Debate Geral, quando chefes de Estado apresentam suas visões sobre temas globais. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: acompanhe os discursos da Assembleia Geral da ONU Na edição deste ano, a expectativa é que várias lideranças internacionais citem a crise humanitária na Faixa de Gaza em seus discursos. O futuro do território palestino e o fim do conflito que já dura quase dois anos deve estar no centro das discussões. Na segunda-feira (22), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump reafirmará a insatisfação com a decisão de vários países de reconhecer a Palestina. Segundo ela, ele terá reuniões sobre o tema com líderes de Catar, Arábia Saudita, Indonésia, Turquia, Paquistão, Egito, Emirados Árabes Unidos e Jordânia. "O presidente deixou bem claro que discorda dessa decisão. Ele acredita que é uma recompensa ao Hamas. Para ele, essas decisões são apenas mais conversa e pouca ação de alguns de nossos amigos e aliados. Acho que vocês o ouvirão falar sobre isso amanhã", declarou. Leavitt afirmou ainda que o presidente “abordará como as instituições globalistas deterioraram significativamente a ordem mundial” e defenderá “a renovação da força americana em todo o mundo”. Esta será a primeira participação de Trump no evento desde que reassumiu a Presidência dos EUA, em janeiro. O cenário é bem diferente de 2018, quando estreou na reunião e ouviu risadas da plateia ao elogiar a própria administração. Ele discursará logo após o presidente Lula. De acordo com uma autoridade americana ouvida pelo jornal “The Washington Post”, Trump deve repetir a fórmula de 2018 e apresentar sucessos de seus primeiros meses no governo. Por outro lado, ele também deve sugerir ações para conter a migração global, como um novo sistema que limita o asilo. Segundo a imprensa americana, Trump também deve citar a influência dos Estados Unidos na mediação de confrontos. O presidente vem alegando que conseguiu encerrar pelo menos sete guerras desde janeiro — o que o colocaria como candidato ao Nobel da Paz. Trump chega atrasado à assembleia da ONU e seu discurso provoca risadas Duas fontes do governo americano disseram ao site “Politico” que Trump pretende “deixar uma marca” e apresentar sua filosofia para lidar com o mundo. Ainda segundo a reportagem, um alto funcionário europeu, sob anonimato, avaliou que “os Estados Unidos se tornaram mais indispensáveis para seus aliados tradicionais do que em qualquer outro momento do passado recente”. “Ninguém acha mais engraçado e nenhum líder acredita que pode controlar Trump. Eles ainda tentam, mas ele demonstra uma imprevisibilidade desta vez que nenhum elogio ou presente vai mudar”, disse o europeu. Além de Estados Unidos e Brasil, outros 30 países devem discursar nesta terça-feira. Dentre eles está França e Portugal, que reconheceram a Palestina nesta semana. O que será tratado na Assembleia Geral da ONU Governo Trump restringe vistos para ONU, Brasil protesta O reconhecimento do Estado da Palestina, um cessar-fogo em Gaza e o fim da guerra da Ucrânia serão alguns dos principais temas dos discursos dos líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU. A reunião acontece em um momento em que Trump se mostra opositor do multilateralismo.


O presidente americano, Donald Trump, em discurso no debate da Assembleia Geral da ONU Seth Wenig/AP O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve criticar os recentes reconhecimentos da Palestina como Estado no discurso que fará nesta terça-feira (23) na Assembleia Geral da ONU. A fala é uma das mais aguardadas do primeiro dia do Debate Geral, quando chefes de Estado apresentam suas visões sobre temas globais. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: acompanhe os discursos da Assembleia Geral da ONU Na edição deste ano, a expectativa é que várias lideranças internacionais citem a crise humanitária na Faixa de Gaza em seus discursos. O futuro do território palestino e o fim do conflito que já dura quase dois anos deve estar no centro das discussões. Na segunda-feira (22), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump reafirmará a insatisfação com a decisão de vários países de reconhecer a Palestina. Segundo ela, ele terá reuniões sobre o tema com líderes de Catar, Arábia Saudita, Indonésia, Turquia, Paquistão, Egito, Emirados Árabes Unidos e Jordânia. "O presidente deixou bem claro que discorda dessa decisão. Ele acredita que é uma recompensa ao Hamas. Para ele, essas decisões são apenas mais conversa e pouca ação de alguns de nossos amigos e aliados. Acho que vocês o ouvirão falar sobre isso amanhã", declarou. Leavitt afirmou ainda que o presidente “abordará como as instituições globalistas deterioraram significativamente a ordem mundial” e defenderá “a renovação da força americana em todo o mundo”. Esta será a primeira participação de Trump no evento desde que reassumiu a Presidência dos EUA, em janeiro. O cenário é bem diferente de 2018, quando estreou na reunião e ouviu risadas da plateia ao elogiar a própria administração. Ele discursará logo após o presidente Lula. De acordo com uma autoridade americana ouvida pelo jornal “The Washington Post”, Trump deve repetir a fórmula de 2018 e apresentar sucessos de seus primeiros meses no governo. Por outro lado, ele também deve sugerir ações para conter a migração global, como um novo sistema que limita o asilo. Segundo a imprensa americana, Trump também deve citar a influência dos Estados Unidos na mediação de confrontos. O presidente vem alegando que conseguiu encerrar pelo menos sete guerras desde janeiro — o que o colocaria como candidato ao Nobel da Paz. Trump chega atrasado à assembleia da ONU e seu discurso provoca risadas Duas fontes do governo americano disseram ao site “Politico” que Trump pretende “deixar uma marca” e apresentar sua filosofia para lidar com o mundo. Ainda segundo a reportagem, um alto funcionário europeu, sob anonimato, avaliou que “os Estados Unidos se tornaram mais indispensáveis para seus aliados tradicionais do que em qualquer outro momento do passado recente”. “Ninguém acha mais engraçado e nenhum líder acredita que pode controlar Trump. Eles ainda tentam, mas ele demonstra uma imprevisibilidade desta vez que nenhum elogio ou presente vai mudar”, disse o europeu. Além de Estados Unidos e Brasil, outros 30 países devem discursar nesta terça-feira. Dentre eles está França e Portugal, que reconheceram a Palestina nesta semana. O que será tratado na Assembleia Geral da ONU Governo Trump restringe vistos para ONU, Brasil protesta O reconhecimento do Estado da Palestina, um cessar-fogo em Gaza e o fim da guerra da Ucrânia serão alguns dos principais temas dos discursos dos líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU. A reunião acontece em um momento em que Trump se mostra opositor do multilateralismo.
What's Your Reaction?






