Trump e Putin encerram negociações no Alasca

Putin chega ao Alasca para reunião com Trump O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerraram seu encontro no Alasca após cerca de três horas de negociação. A informação foi confirmada pelo Kremlin. A reunião começou às 16h30 do horário de Brasília após os dois protagonizarem um cumprimento efusivo após chegarem ao Alasca. Com sorrisos no rosto, os dois se cumprimentaram e tiraram fotos para a imprensa antes de se encaminharem para a base militar Elmendorf-Richardson, em Anchorage, palco da reunião. Trump bateu palmas para Putin enquanto o aguardava chegar a seu lado após descer do avião presidencial russo e recebeu sinais de 'joinha' em retribuição. Ao chegarem na base militar, os dois posaram novamente para fotos, ao lado de assessores e secretários, mas não deram declarações. Bombardeado de perguntas por jornalistas, Putin protagonizou um momento engraçado: atordoado, fez caras e bocas e acabou virando meme. Putin e Trump rindo após se encontrarem ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP Essa foi a primeira cúpula entre os dois países desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e o primeiro encontro a sós entre os dois líderes desde 2018. A avaliação da imprensa norte-americana antes do encontro era de que, desta vez, um Trump mais autoritário e experiente poderia bater de frente com o russo, que é ex-chefe da KGB, a antiga agência de inteligência russa, e está no poder há 25 anos no total. Trump e Putin travam o primeiro cara a cara desde o início da guerra da Ucrânia Embora tenham trocado críticas e ameaças nos últimos meses, tanto Trump como Putin sinalizaram, na véspera da reunião, estar esperançosos de que será um bom encontro. O líder russo elogiou os "esforços sinceros" de Washington para solucionar a guerra na Ucrânia e disse achar que o cara a cara com Trump pode selar a "paz mundial". Mas ponderou que isso só ocorrerá caso haja um acordo para restringir o uso de armas estratégicas, incluindo as nucleares, já sugerindo uma tentativa de barganhar algo em troca de um cessar-fogo na Ucrânia. Trump também enviou mensagens dúbias nos últimos dias: se mostrou esperançoso e disse que "acho que ele (Putin) fará um acordo", mas admitiu que "nada está garantido. Será como uma partida de xadrez". E, mesmo munido de autoconfiança como negociador, o líder norte-americano e seu governo foram baixando as expectativas ao longo dos últimos dias. Ele afirmou ter calculado em 25% as chances de o encontro "terminar mal" e já fala na necessidade de uma segunda reunião com o mandatário russo antes mesmo da a primeira acontecer. Seu secretário de Estado, Marco Rubio, também afirmou que, embora esperançoso, "em última instância, caberá à Ucrânia e à Rússia concordar pela paz". LEIA MAIS: SANDRA COHEN: Putin chega vitorioso a encontro com Trump, que expõe desvantagem de Zelensky ALASCA: Por que Trump e Putin vão se encontrar no estado dos EUA e outras 4 perguntas MAPA DA GUERRA: veja quais os territórios da Ucrânia que Putin exige para o cessar-fogo GUERRA FRIA 'FEELINGS': chanceler russo usa moletom com acrônimo URSS ao chegar para encontro de Trump e Putin no Alasca Uma certeza que ambos os lados apontam é que o debate pelas regiões ucranianas atualmente ocupadas por tropas russas será o ponto central das negociações. Segundo o Instituto para o Estado da Guerra (ISW, na sigla em inglês), Moscou controla militarmente cerca de 20% de todo o território ucraniano. E nenhum dos lados sinalizou querer abrir mão dessas regiões. Entenda a ocupação russa na Ucrânia Arte/g1

Agosto 15, 2025 - 19:30
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Trump e Putin encerram negociações no Alasca

Putin chega ao Alasca para reunião com Trump O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerraram seu encontro no Alasca após cerca de três horas de negociação. A informação foi confirmada pelo Kremlin. A reunião começou às 16h30 do horário de Brasília após os dois protagonizarem um cumprimento efusivo após chegarem ao Alasca. Com sorrisos no rosto, os dois se cumprimentaram e tiraram fotos para a imprensa antes de se encaminharem para a base militar Elmendorf-Richardson, em Anchorage, palco da reunião. Trump bateu palmas para Putin enquanto o aguardava chegar a seu lado após descer do avião presidencial russo e recebeu sinais de 'joinha' em retribuição. Ao chegarem na base militar, os dois posaram novamente para fotos, ao lado de assessores e secretários, mas não deram declarações. Bombardeado de perguntas por jornalistas, Putin protagonizou um momento engraçado: atordoado, fez caras e bocas e acabou virando meme. Putin e Trump rindo após se encontrarem ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP Essa foi a primeira cúpula entre os dois países desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e o primeiro encontro a sós entre os dois líderes desde 2018. A avaliação da imprensa norte-americana antes do encontro era de que, desta vez, um Trump mais autoritário e experiente poderia bater de frente com o russo, que é ex-chefe da KGB, a antiga agência de inteligência russa, e está no poder há 25 anos no total. Trump e Putin travam o primeiro cara a cara desde o início da guerra da Ucrânia Embora tenham trocado críticas e ameaças nos últimos meses, tanto Trump como Putin sinalizaram, na véspera da reunião, estar esperançosos de que será um bom encontro. O líder russo elogiou os "esforços sinceros" de Washington para solucionar a guerra na Ucrânia e disse achar que o cara a cara com Trump pode selar a "paz mundial". Mas ponderou que isso só ocorrerá caso haja um acordo para restringir o uso de armas estratégicas, incluindo as nucleares, já sugerindo uma tentativa de barganhar algo em troca de um cessar-fogo na Ucrânia. Trump também enviou mensagens dúbias nos últimos dias: se mostrou esperançoso e disse que "acho que ele (Putin) fará um acordo", mas admitiu que "nada está garantido. Será como uma partida de xadrez". E, mesmo munido de autoconfiança como negociador, o líder norte-americano e seu governo foram baixando as expectativas ao longo dos últimos dias. Ele afirmou ter calculado em 25% as chances de o encontro "terminar mal" e já fala na necessidade de uma segunda reunião com o mandatário russo antes mesmo da a primeira acontecer. Seu secretário de Estado, Marco Rubio, também afirmou que, embora esperançoso, "em última instância, caberá à Ucrânia e à Rússia concordar pela paz". LEIA MAIS: SANDRA COHEN: Putin chega vitorioso a encontro com Trump, que expõe desvantagem de Zelensky ALASCA: Por que Trump e Putin vão se encontrar no estado dos EUA e outras 4 perguntas MAPA DA GUERRA: veja quais os territórios da Ucrânia que Putin exige para o cessar-fogo GUERRA FRIA 'FEELINGS': chanceler russo usa moletom com acrônimo URSS ao chegar para encontro de Trump e Putin no Alasca Uma certeza que ambos os lados apontam é que o debate pelas regiões ucranianas atualmente ocupadas por tropas russas será o ponto central das negociações. Segundo o Instituto para o Estado da Guerra (ISW, na sigla em inglês), Moscou controla militarmente cerca de 20% de todo o território ucraniano. E nenhum dos lados sinalizou querer abrir mão dessas regiões. Entenda a ocupação russa na Ucrânia Arte/g1

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