Trump oferece ajuda na resolução do conflito entre Paquistão e Índia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se ofereceu para ajudar na resolução da escalada de violência entre Índia e Paquistão, após o aumento na tensão entre os dois países. A declaração do líder norte-americano aconteceu nesta quarta-feira (7/5).

“Isso é terrível. Minha posição é que me dou bem com os dois [países]. Conheço os dois muito bem e quero vê-los resolver isso. Quero vê-lo parar e espero que eles consigam para agora. Eles estão revidando, então espero que consigam para agora”, declarou Trump, que, na campanha presidencial, se vendeu como um pacificador. “E se eu puder fazer alguma coisa para ajudar, estarei lá”, acrescentou o presidente norte-americano durante entrevista na Casa Branca.

Anteriormente, o chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, disse estar monitorando a situação entre Índia e Paquistão “de perto”. O secretário de Estado dos EUA ainda prometeu engajar com lideranças dos dois países em busca de uma solução pacífica para o aumento da violência.

Escalada

Na terça-feira (7/5), Índia e Paquistão intensificaram a violência após semanas de ameaças e retóricas agressivas. A tensão histórica entre os dois países, que somam 342 armas nucleares juntos, voltou a ser reacesa após um ataque na Caxemira que deixou 26 mortos. Atualmente, a maior parte da região está nas mãos da administração indiana.

Ao iniciar os bombardeios, o governo indiano justificou a ação como uma forma de destruir instalações onde supostos grupos terroristas atuam no território paquistanês, como a organização The Resistance Front (TRF), que reivindicou o atentado no fim de abril.

Segundo o Exército da Índia, ao menos nove pontos teriam sido atacados, dentro do Paquistão e também em porções da Caxemira controladas por Islamabade.

A resposta do Paquistão veio de forma rápida, com o início de uma operação militar visando posições indianas horas após os bombardeios.

De acordo com autoridades paquistanesas, ao menos cinco aeronaves da Índia foram abatidas na ação. Um quartel-general e um posto militar indiano na linha de controle entre os dois países, próximo à Caxemira, também teriam sido atingidos.

Os ataques mútuos provocaram a morte de 43 pessoas. O Paquistão contabilizou 31 mortes, enquanto a Índia diz que 12 pessoas morreram durante a operação paquistanesa.