Vereador que atacou Moraes defende castração química e censura
Outra proposta polêmica do vereador é um projeto de lei que prevê multa de até R$ 1 milhão para quem “vilipendiar a fé cristã”

Seis meses após se tornar vereador do Recife, Gilson Machado Filho (PL) já coleciona muitas polêmicas no currículo. Herdeiro político do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, o parlamentar protagonizou um episódio polêmico durante a sessão da última segunda-feira (16/6), na Câmara Municipal do Recife.
Ao fazer um discurso inflamado contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o vereador jogou um exemplar da Constituição Brasileira no chão e o chamou de “ditador”.
A revolta se deu porque o pai dele foi preso, na sexta-feira (13), por suspeita de tentar intermediar um passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
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Polêmicas Contudo, esse não foi o primeiro gesto polêmico do vereador. No final de abril, Gilson Filho e o colega de partido Thiago Medina viraram alvo de processo por quebra de decoro parlamentar.
Em vídeo gravado dentro da Câmara e divulgado nas redes sociais, os dois aparecem fazendo piadas e gestos obscenos relacionados a uma amputação sofrida por Luiz Inácio Lula da Silva, ainda jovem, em um acidente de trabalho.
Na gravação, Gilson debocha da ausência de um dedo do presidente, insinua fraude previdenciária e faz sinal obsceno com as mãos. O caso ainda tramita na Comissão de Ética, sem previsão de desfecho.
O discurso punitivista também faz parte do repertório do político. Em abril deste ano, ele apresentou um projeto de lei que estabelece multa de até R$ 1,5 mil a quem for pego com drogas na cidade, valor que pode dobrar em locais como escolas, praças ou hospitais. A proposta ignora decisões do Supremo e da ONU sobre o tratamento de usuários como questão de saúde pública.
Na mesma linha, o parlamentar manifestou apoio a um projeto que prevê castração química para estupradores. A medida, já aprovada na Câmara dos Deputados, é criticada por especialistas por ser ineficaz, violar direitos humanos e contrariar a Constituição.
Outra proposta polêmica do vereador é um projeto de lei que prevê multa de até R$ 1 milhão para quem “vilipendiar a fé cristã”, uma sanção que, segundo críticos, ignora o princípio da laicidade do Estado e privilegia uma religião em detrimento de outras.
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