A arma de Alcolumbre para segurar a CPI do INSS
Lideranças do PL admitem que Alcolumbre tem uma "arma" para evitar a criação de uma CPI sobre as fraudes no INSS com deputados e senadores

Lideranças do PL que articulam uma CPI mista sobre as fraudes no INSS admitem que o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), tem em mãos uma “arma” para segurar a comissão.
Para que a CPI seja instalada, são necessárias assinaturas de pelo menos 171 deputados e 27 senadores. Os parlamentares, porém, podem retirar as assinaturas até que o pedido da CPI seja lido em uma sessão do Congresso.
É nessa etapa que estaria a arma de Alcolumbre. Bolsonaristas lembram que quem marca as sessões do Congresso é justamente o senador do Amapá, que, por enquanto, não marcou qualquer sessão deliberativa.
Nesse cenário, o PL pretende manter em sigilo os nomes dos deputados e senadores que já assinaram o pedido de CPI. O objetivo é evitar que o governo repita estratégia do projeto da anistia e pressione pela retirada de assinaturas.
Hoje, Alcolumbre está próximo ao governo. Bolsonaristas lembram, por exemplo, que o atual presidente do Senado viajou para o funeral do papa Francisco com Lula e que está com o petista na viagem para Rússia e China.
Conscientes da dificuldades, bolsonaristas decidiram focar na pressão por uma CPI do INSS apenas com deputados. Na Câmara, porém, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), enfrenta dificuldades na própria bancada da sigla.
Metrópoles revelou escândalo do INSS
O escândalo do INSS, o Instituto Nacional do Seguro Social, foi revelado pelo Metrópoles por meio de em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023.
Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude na filiação de segurados.
As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal. Também provocaram a demissão do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.
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