A conexão entre os escândalos do INSS e da Vai de Bet no Corinthians
Polícia Civil de São Paulo cita em relatório uma empresa que fez transações com o Careca do INSS e uma firma com ligação com desvios no time

A Polícia Civil de São Paulo cita em relatório sobre desvios em contratos no Corinthians uma empresa que recebeu valores de Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, com uma firma investigada por lavagem do Primeiro Comando da Capital (PCC).
O Careca do INSS é apontado como um dos principais operadores do esquema de descontos irregulares de aposentados revelado pelo Metrópoles.
Na operação Sem Desconto, que apura os desvios de aposentados, empresa do Careca do INSS aparecem repassando R$ 49 milhões para a Arpar Administração, Participação e Empreendimento.
A Arpar, por sua vez, aparece no relatório final da investigação da Polícia Civil sobre o contrato do Corinthians com a Vai de Bet em transações apontadas como suspeitas com a empresa Wave Intermediações.
A Arpar, diz a Polícia Civil, repassou R$ 1 milhão para a Wave.
A Wave é investigada tanto por sua relação com o PCC como por desvios no contrato do Corinthians.
Após citar as transações com a Wave, a Polícia Civil aponta para a relação da Arpar com empresas do Careca do INSS, entre elas a Acca Consultoria.
Antonio Carlos Antunes, o Careca do INSS
Ao fim, a Polícia Civil afirma que, “inequivocamente, estamos diante de um arquitetado concerto delitivo, onde o dinheiro deixou variados rastros e, por conta disso, as pessoas envolvidas acabaram, em dado momento, se entrecruzando e, consequentemente, figurando de alguma maneira nesta grande teia criminosa.”
“Em outras palavras, a ARPAR parece operar recursos de distintas fontes ilícitas (assim como a (WAVE e a VICTORY), para em ato contínuo, transferi-los a outras contas de passagem ou, quiçá, aos destinatários finais”, diz a Polícia.
A Wave apareceu na investigação sobre os desvios no contrato da Vai de Bet com o Corinthians após a Polícia Civil mapear que valores desviados do clube foram parar em suas contas.
Além disso, a Polícia Civil aponta que a Wave possui ligações com o crime organizado e atua na lavagem de dinheiro do PCC.
“É extremamente questionável a presença da WAVE nessas operações financeiras relatadas, principalmente pelo fato de que, como apontado anteriormente, tudo indica que ela ocupa posição central na lavagem de dinheiro do crime organizado”, diz a Civil.
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