À espera de Nvidia e dados dos EUA, bolsas da Europa caem forte

O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas da Europa listadas em bolsas, fechou em forte queda de 1,76%, aos 561 pontos

Nov 18, 2025 - 15:30
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À espera de Nvidia e dados dos EUA, bolsas da Europa caem forte

Os principais índices das bolsas de valores da Europa fecharam em baixa nesta terça-feira (18/11), ampliando as perdas da véspera, em meio aos temores acerca dos preços elevados das ações de tecnologia e à alavancagem de empresas de inteligência artificial (IA).

Alavancagem é o uso de recursos de terceiros para multiplicar o resultado de um investimento ou negócio. Em linhas gerais, ela permite que se opere com um volume financeiro maior do que o capital próprio disponível, aumentando o potencial de lucro, mas também o risco de perdas. Setores do mercado já começam a temer uma possível “bolha” da IA.

O que aconteceu

  • O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, fechou em forte queda de 1,76%, aos 561 pontos.
  • Em Paris, o CAC 40 registrou perdas de 1,86%, aos 7,9 mil pontos.
  • Na Bolsa de Frankfurt, na Alemanha, o índice DAX terminou o dia recuando 1,77%, aos 23,1 mil pontos.
  • Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou o pregão em baixa de 1,27%, aos 9,5 mil pontos.
  • O Ibex 35, de Madri, também fechou em forte queda: 2,14%, aos 15,8 mil pontos.
  • Entre os setores com as maiores perdas do pregão, estiveram bancos (-3,13%) e mineradoras (-3,27%). Também caíram forte os segmentos de luxo (-2,72%) e tecnologia (-1,94%).
Leia também

À espera de resultados da Nvidia

O mercado segue em compasso de espera pela divulgação dos resultados financeiros trimestrais da Nvidia, gigante norte-americana na fabricação de chips para computadores e dispositivos móveis e a empresa mais valiosa do mundo.

O balanço da companhia será divulgado na quarta-feira (19/11). No fim de outubro, a Nvidia foi a primeira empresa de capital aberto da história a alcançar a marca de US$ 5 trilhões em valor de mercado.

A empresa, inclusive, superou esse patamar histórico e bateu US$ 5,1 trilhões (o equivalente a R$ 27,3 trilhões, pela cotação atual). A Nvidia já havia sido a primeira companhia a superar os US$ 4 trilhões em valor de mercado, em julho.

Na véspera do anúncio dos resultados da empresa, as ações da Nvidia registravam queda nesta terça-feira. Por volta das 12h15 (pelo horário de Brasília), os papéis da companhia recuavam 3,21% e eram negociados a US$ 180,62.

Emprego e taxa de juros nos EUA

Ainda nesta terça, é divulgado o relatório do ADP Research Institute, em parceria com o Stanford Digital Economy Lab, sobre as vagas semanais de emprego no setor privado.

Os dados sobre o mercado de trabalho são um dos componentes mais importantes observados pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) para definir a taxa de juros. Analistas temem que a aceleração do mercado de trabalho nos EUA leve a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Por outro lado, dados fracos de emprego alimentariam as projeções mais pessimistas de que a economia dos EUA pudesse entrar em recessão nos próximos meses.

Em sua última reunião, no fim de outubro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed decidiu cortar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual pela segunda vez consecutiva, para o intervalo entre 3,75% e 4% ao ano.

A votação não foi unânime. Stephen Miran, novo integrante do Fed, indicado por Donald Trump, votou por um corte maior, de 0,5 ponto percentual, enquanto Jeffrey R. Schmid votou pela manutenção da taxa de juros.

A próxima reunião do Fed para definir a taxa de juros, a última do ano, está marcada para os dias 9 e 10 de dezembro.

De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, a probabilidade de manutenção dos juros por parte do Fed no próximo mês está em 55,6%. Hoje, 44,4% dos investidores apostam em uma nova redução de 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,5% e 3,75% ao ano.

Nesta terça-feira, o mercado também repercute declarações de dirigentes do Fed, que podem indicar o caminho dos juros da economia dos EUA. O primeiro a falar é o vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr. Em seguida, Thomas Barkin, integrante do Fomc, também fará discurso.

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