'Ele não sabia de nada', diz Trump sobre príncipe saudita acusado pelos EUA de mandar matar jornalista

'Ele não sabia', diz Trump sobre príncipe saudita acusado de assassinato de jornalista O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu em defesa nesta terça-feira (18) do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. Ele afirmou que o príncipe “não sabia de nada” sobre o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, morto dentro do consulado saudita na Turquia em 2018. Relembre o caso mais abaixo. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Esta é a primeira visita de bin Salman aos EUA desde o assassinato de Khashoggi, opositor do regime saudita e colunista do jornal "The Washington Post". O caso abalou as relações diplomáticas entre os dois países. Um relatório da CIA, a agência de inteligência dos EUA, apontou bin Salman como o mandante do crime. O arquivo foi divulgado em 2021. “Ele não sabia nada sobre isso”, disse Trump durante encontro com o príncipe na Casa Branca. O presidente respondeu a uma pergunta feita por uma repórter da rede americana ABC sobre o caso Khashoggi. Trump interrompeu a jornalista e não deixou que bin Salman respondesse. "Você não deveria constranger nosso convidado com uma pergunta dessas", afirmou o norte-americano. A repórter foi impedida de fazer novas perguntas. “A licença da ABC deveria ser cassada”, completou Trump. Trump com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita Reuters Na coletiva concedida no Salão Oval, Trump anunciou que a Arábia Saudita pretende investir US$ 600 bilhões nos Estados Unidos. O presidente também confirmou um acordo para a venda de jatos de combate F-35, os mais modernos do mundo. O anúncio provocou apreensão dentro do próprio governo americano, por temores de que o reforço do poderio militar saudita possa desestabilizar Israel, principal aliado dos EUA no Oriente Médio. Antes da guerra na Faixa de Gaza, Arábia Saudita e Israel vinham ensaiando uma aproximação mediada pelos EUA. As conversas foram interrompidas com o início do conflito. O governo saudita afirma que só voltará a discutir a normalização das relações após a criação de um Estado Palestino — proposta à qual Trump se opõe. Mesmo assim, o presidente deve tentar nesta terça-feira novos avanços nesse sentido. Ainda nesta terça-feira, a primeira-dama Melania Trump oferecerá um jantar em homenagem ao príncipe. Isolado do Ocidente desde o assassinato de Khashoggi, bin Salman tenta se reposicionar como líder global e modernizador do reino, apostando na diversificação da economia com investimentos em mineração, tecnologia e turismo, além do petróleo. LEIA TAMBÉM 'É surreal': brasileiros se trancam em casa para escapar de caça a imigrantes nos EUA Processo formal é aberto para investigar caso de menino brasileiro mutilado em escola de Portugal Brasileiros 'invadem' perfil de chanceler alemão após declaração sobre o Brasil Donald Trump recebe o príncipe herdeiro e primeiro-ministro saudita, Mohammed bin Salman, na Casa Branca REUTERS/Kevin Lamarque Salman acusado de mandar assassinar jornalista Jamal Khashoggi, crítico do regime saudita e colunista do Washington Post, foi morto em 2018 dentro do consulado saudita em Ancara, na Turquia. Ele havia ido ao local para buscar uma certidão necessária para se casar com sua noiva turca. Embora câmeras tenham registrado a entrada do jornalista, ele nunca saiu do consulado. Depois, investigações descobriram que Khashoggi foi esquartejado e estrangulado até a morte lá dentro. A CIA concluiu que o príncipe Mohammed bin Salman foi o mandante do assassinato, mas nem ele nem seus assessores foram responsabilizados. Após negar envolvimento, o governo saudita admitiu que agentes “descontrolados” agiram por conta própria. Ao fim de um processo opaco, cinco pessoas foram condenadas à morte e outras três, a penas de prisão. Jamal Khashoggi, jornalista crítico ao governo da Arábia Saudita, desapareceu após entrar no consulado do seu país em Istambul Mohammed al-Shaikh/AFP VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1

Nov 18, 2025 - 16:30
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'Ele não sabia de nada', diz Trump sobre príncipe saudita acusado pelos EUA de mandar matar jornalista
'Ele não sabia', diz Trump sobre príncipe saudita acusado de assassinato de jornalista O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu em defesa nesta terça-feira (18) do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. Ele afirmou que o príncipe “não sabia de nada” sobre o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, morto dentro do consulado saudita na Turquia em 2018. Relembre o caso mais abaixo. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Esta é a primeira visita de bin Salman aos EUA desde o assassinato de Khashoggi, opositor do regime saudita e colunista do jornal "The Washington Post". O caso abalou as relações diplomáticas entre os dois países. Um relatório da CIA, a agência de inteligência dos EUA, apontou bin Salman como o mandante do crime. O arquivo foi divulgado em 2021. “Ele não sabia nada sobre isso”, disse Trump durante encontro com o príncipe na Casa Branca. O presidente respondeu a uma pergunta feita por uma repórter da rede americana ABC sobre o caso Khashoggi. Trump interrompeu a jornalista e não deixou que bin Salman respondesse. "Você não deveria constranger nosso convidado com uma pergunta dessas", afirmou o norte-americano. A repórter foi impedida de fazer novas perguntas. “A licença da ABC deveria ser cassada”, completou Trump. Trump com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita Reuters Na coletiva concedida no Salão Oval, Trump anunciou que a Arábia Saudita pretende investir US$ 600 bilhões nos Estados Unidos. O presidente também confirmou um acordo para a venda de jatos de combate F-35, os mais modernos do mundo. O anúncio provocou apreensão dentro do próprio governo americano, por temores de que o reforço do poderio militar saudita possa desestabilizar Israel, principal aliado dos EUA no Oriente Médio. Antes da guerra na Faixa de Gaza, Arábia Saudita e Israel vinham ensaiando uma aproximação mediada pelos EUA. As conversas foram interrompidas com o início do conflito. O governo saudita afirma que só voltará a discutir a normalização das relações após a criação de um Estado Palestino — proposta à qual Trump se opõe. Mesmo assim, o presidente deve tentar nesta terça-feira novos avanços nesse sentido. Ainda nesta terça-feira, a primeira-dama Melania Trump oferecerá um jantar em homenagem ao príncipe. Isolado do Ocidente desde o assassinato de Khashoggi, bin Salman tenta se reposicionar como líder global e modernizador do reino, apostando na diversificação da economia com investimentos em mineração, tecnologia e turismo, além do petróleo. LEIA TAMBÉM 'É surreal': brasileiros se trancam em casa para escapar de caça a imigrantes nos EUA Processo formal é aberto para investigar caso de menino brasileiro mutilado em escola de Portugal Brasileiros 'invadem' perfil de chanceler alemão após declaração sobre o Brasil Donald Trump recebe o príncipe herdeiro e primeiro-ministro saudita, Mohammed bin Salman, na Casa Branca REUTERS/Kevin Lamarque Salman acusado de mandar assassinar jornalista Jamal Khashoggi, crítico do regime saudita e colunista do Washington Post, foi morto em 2018 dentro do consulado saudita em Ancara, na Turquia. Ele havia ido ao local para buscar uma certidão necessária para se casar com sua noiva turca. Embora câmeras tenham registrado a entrada do jornalista, ele nunca saiu do consulado. Depois, investigações descobriram que Khashoggi foi esquartejado e estrangulado até a morte lá dentro. A CIA concluiu que o príncipe Mohammed bin Salman foi o mandante do assassinato, mas nem ele nem seus assessores foram responsabilizados. Após negar envolvimento, o governo saudita admitiu que agentes “descontrolados” agiram por conta própria. Ao fim de um processo opaco, cinco pessoas foram condenadas à morte e outras três, a penas de prisão. Jamal Khashoggi, jornalista crítico ao governo da Arábia Saudita, desapareceu após entrar no consulado do seu país em Istambul Mohammed al-Shaikh/AFP VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1

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