Advogado do caso Gugu é alvo de operação da Polícia Federal
Nelson Wilians teve escritório e residência vasculhados em ação que investiga fraudes milionárias no INSS

A Polícia Federal cumpriu, na manhã dessa sexta-feira (12/9), mandados de busca e apreensão na residência e no escritório do advogado Nelson Wilians, em Brasília.
A ação faz parte da Operação Cambota, que investiga fraudes milionárias contra beneficiários do INSS.
Relatórios do Coaf indicam movimentações suspeitas de cerca de R$ 4,3 bilhões entre 2019 e 2024, incluindo transações ligadas a empresários já presos, como Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
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Advogado de Rose Miriam
Wilians, fundador do NWADV (Nelson Wilians Advogados Associados), é reconhecido nacionalmente por representar grandes empresas dos setores bancário, varejista e de telecomunicações, além de clientes ligados a aposentados e pensionistas.
Ele também ganhou projeção midiática nacional por atuar no caso da herança do apresentador Gugu Liberato, representando Rose Miriam di Matteo, mãe de três filhos do artista.
Nas redes sociais, acumula 1,5 milhão de seguidores e compartilha um estilo de vida luxuoso, com viagens, carros importados e obras de arte.
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O advogado Nelson Wilians gostava de exibir nas redes sociais as viagens e passeios. Nas imagens, é frequente usar um dos seus relógios de luxo. A coleção foi apreendida pela PF nesta sexta-feira (12/09)Reprodução/Instagram2 de 6
Divulgação NWADV3 de 6
OAB abriu processo disciplinar contra o advogado Nelson WiliansReprodução4 de 6
Advogado Nelson Wilians responde na OAB por denúncia de assédio moral feita por ex-colegaReprodução5 de 6
O advogado Nelson Wilians gostava de exibir nas redes sociais as viagens e passeios. Nas imagens, é frequente usar um dos seus relógios de luxo. A coleção foi apreendida pela PF nesta sexta-feira (12/09)Reprodução/Instagram6 de 6
OAB abriu processo disciplinar contra o advogado Nelson WiliansReprodução
Entenda
Segundo a Polícia Federal, a Operação Cambota é um desdobramento da investigação Sem Desconto, que apura descontos ilegais em aposentadorias e pensões. Entre os suspeitos, Antônio Carlos Camilo Antunes teria movimentado R$ 53,9 milhões de forma irregular, sendo considerado figura central do esquema.
A ação incluiu dois mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal.
Em nota, a defesa de Wilians afirmou que ele está colaborando com as autoridades e que sua relação com um dos investigados é “estritamente profissional e legal”, ressaltando que os valores questionados referem-se à compra de um terreno vizinho à sua residência, uma transação lícita e de fácil comprovação.
“Ressaltamos que a medida cumprida é de natureza exclusivamente investigativa, não implicando qualquer juízo de culpa ou responsabilidade. O advogado permanece à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários e reafirma seu compromisso com a legalidade e a transparência”, diz a nota.
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