Alvo da PF usou fantasma para explicar compra de “helicóptero do PCC”

Roberval Andrade, empresário e piloto de Fórmula Truck, foi preso nessa quarta-feira em operação da Polícia Federal

Jun 26, 2025 - 02:30
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Alvo da PF usou fantasma para explicar compra de “helicóptero do PCC”

O empresário e piloto de Fórmula Truck Roberval Andrade, preso em Operação da Polícia Federal (PF), nessa quarta-feira (25/6), usou dados de uma pessoa fictícia para tentar justificar a compra de um helicóptero que viria a ser utilizado para o transporte de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), de acordo com as investigações.

A aeronave, avaliada em R$ 10 milhões, foi adquirida da empresa Mendonça Prestadora de Serviços, representada por Igor Mendonça Castellamari. No termo de compra e venda, Roberval se comprometeu a pagar R$ 1 milhão pelo veículo, sendo R$ 50 mil de entrada e R$ 950 mil mediante a entrega de um carro da marca Audi RS Avant, ano 2021, que estava no nome de uma de suas empresas: a GCA Soluções e Logística.

Conforme detalhado pela PF, Igor Castellamari é uma pessoa inexistente. Seu registro de nascimento não foi encontrado pela equipe de investigação, e o número de RG atribuído a ele é de outro homem, nascido no Pará. 9 imagensRoberval Andrade, lenda da Fórmula TruckRoberval Andrade, lenda da Fórmula TruckRoberval Andrade, lenda da Fórmula TruckRoberval Andrade, lenda da Fórmula TruckRoberval Andrade, lenda da Fórmula TruckFechar modal.1 de 9

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O helicóptero adquirido por Roberval acabou apreendido pela PF em abril de 2022 pela 6ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro (DIFAC-LD), da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (DIPATRI), sob a suspeita de ser utilizado para o transporte de drogas, dinheiro e membros do crime organizado.

A aeronave foi liberada meses depois, em agosto, após propina paga pelo empresário aos policiais civis Marcelo Marques de Souza, o “Bombom”, e Sergio Ricardo Ribeiro, o Serginho do Denarc, também alvos da Operação Augusta nessa quarta-feira (25/6). Bombom cobrou R$ 1 milhão, segundo a PF. O acordo teria sido fechado em R$ 700 mil.

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Meses após recuperar o helicóptero, Roberval transferiu novamente o veículo Audi RS Avant para sua empresa GCA Soluções e Logística, como se a compra da aeronave nunca tivesse acontecido. “A entrega do Audi à Mendonça Prestadora de Serviços nunca se concretizou e a alegada doação em pagamento para quitação da dívida foi simulada”, diz a PF.

Caso Gritzbach

Marcelo Marques de Souza, o Bombom, detido após inquérito da Polícia Federal ligá-lo ao crime organizado, foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público, no dia 10 de fevereiro, por organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O acusado está preso desde dezembro de 2024, suspeito de extorquir Vinícius Gritzbach, que delatou policiais civis e membros da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O empresário foi assassinado com 10 tiros de fuzil em 8 de novembro, no Aeroporto de Guarulhos.

A denúncia contra Marcelo Marques é a primeira no âmbito da Operação Tacitus, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Federal, em 17 de dezembro de 2024.

De acordo com o MPSP, Marcelo Marques tem um apartamento incompatível com a renda de policial. No local, deixou evidências concretas dos crimes.

No dia da operação, que teve apoio da Corregedoria da Polícia Civil, os agentes apreenderam na residência do acusado uma planilha impressa, de várias páginas. Na lista, havia nomes, apelidos, endereços e valores relativos ao recebimento de propinas por meio de estabelecimentos comerciais e empresários.

Os endereços que aparecem no documento correspondem a locais nos quais se explora jogos de azar, prostituição e desmanche, além de postos de gasolina.

Na casa de Bombom, também foi apreendido dinheiro em espécie, em real, dólar e euro, equivalente a R$ 724.874,68.

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