Após destróieres, governo Trump envia 'esquadrão anfíbio' com 3 navios de guerra para costa da Venezuela, diz agência

EUA enviam navios de guerra para a costa da Venezuela Os Estados Unidos enviaram um esquadrão anfíbio com três navios de guerra para o sul do Caribe para se somar aos destróieres já despachados à região, disseram à agência de notícias Reuters dois oficiais americanos informados sobre a operação na noite de quarta-feira (20). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo o governo Trump, o envio desses navios de guerra tem como objetivo enfrentar ameaças de cartéis de drogas latino-americanos. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, repudiou a mobilização e disse na quarta-feira que "os EUA se acham donos do mundo". Segundo os oficiais ouvidos pela Reuters, que falaram sob condição de anonimato, o USS San Antonio, o USS Iowa Jima e o USS Fort Lauderdale podem chegar à costa da Venezuela já no domingo (24). Os navios transportam 4.500 militares, incluindo 2.200 fuzileiros navais, disseram as fontes. As fontes se recusaram a detalhar a missão específica do esquadrão. Mas disseram que os recentes deslocamentos têm como objetivo enfrentar ameaças à segurança nacional dos EUA vindas de “organizações narco-terroristas” especialmente designadas na região. Trump fez do combate aos cartéis de drogas uma meta central de sua administração, como parte de um esforço mais amplo para limitar a migração e reforçar a segurança na fronteira sul dos EUA. Em fevereiro, o governo Trump classificou o Cartel de Sinaloa, do México, e outros grupos de narcotráfico, assim como a organização criminosa venezuelana Tren de Aragua, como organizações terroristas globais, no momento em que Trump intensificava a repressão à imigração contra supostos membros de gangues. Escalada de tensões EUA x Venezuela Donald Trump, presidente dos EUA, e Nicolás Maduro, líder do chavismo na Venezuela Kevin Lamarque e Manaure Quintero/Reuters Estados Unidos e Venezuela enfrentam nas últimas semanas uma escalada de tensões que envolve combate ao narcotráfico, navios de guerra com promessa de 'força total', e mobilização de milhões de milicianos. Maduro anunciou na segunda-feira a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que chamou de "ameaças" dos Estados Unidos. A Milícia Bolivariana é composta por aproximadamente 5 milhões de reservistas, segundo dados oficiais. Ela foi criada pelo ex-presidente Hugo Chávez e tornou-se posteriormente um dos cinco componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). O grupo atua como um apoio ao Exército na "defesa da nação". "Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas" perante "a renovação das ameaças" disse Maduro. "A paz, a tranquilidade e a soberania serão protegidas. (...) Nenhum império tocará a terra sagrada da Venezuela, nenhum império no mundo pode tocar a terra sagrada da América do Sul", acrescentou. O anúncio ocorreu horas após os EUA terem enviado três navios de guerra para a costa da Venezuela para combater o narcotráfico na região, segundo agências de notícias internacionais. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que os EUA utilizarão "toda a força" contra o regime Maduro. A ação também serve para aplicar mais pressão sobre Maduro, que teve a recompensa por sua captura dobrada para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) pelo governo Trump. A presença dos navios, no entanto, tem efeito dissuasório visando o tráfego marítimo ligado ao narcotráfico na região, e um ataque direto em solo venezuelano seria improvável, porque seria algo mais grave e complexo em termos políticos, segundo o professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard Vitelio Brustolin. "O que os EUA estão fazendo é emitir um sinal de força e um meio de coerção com capacidade para ataques pontuais, se autorizados, e não uma arquitetura completa de mudança de regime. As ações dos últimos dias ampliam a capacidade de interdição e de ataques de precisão e são ferramentas de pressão, mas não equivalem a uma ordem pública para derrubar o governo da Venezuela", afirmou Brustolin ao g1. Brustolin disse ainda que Maduro usa a investida dos EUA para unir a população em torno de uma causa, e que a convocação dos milicianos serve para elevar custos políticos de qualquer ação americana e reforçar prontidão interna na Venezuela. Segundo Maduro, seu plano envolve a mobilização de milícias camponesas e operárias "em todas as fábricas e locais de trabalho do país" e o fornecimento de "mísseis e rifles para a classe trabalhadora, a fim de defender nossa pátria". Vídeos em alta g1

Agosto 21, 2025 - 08:30
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Após destróieres, governo Trump envia 'esquadrão anfíbio' com 3 navios de guerra para costa da Venezuela, diz agência

EUA enviam navios de guerra para a costa da Venezuela Os Estados Unidos enviaram um esquadrão anfíbio com três navios de guerra para o sul do Caribe para se somar aos destróieres já despachados à região, disseram à agência de notícias Reuters dois oficiais americanos informados sobre a operação na noite de quarta-feira (20). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo o governo Trump, o envio desses navios de guerra tem como objetivo enfrentar ameaças de cartéis de drogas latino-americanos. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, repudiou a mobilização e disse na quarta-feira que "os EUA se acham donos do mundo". Segundo os oficiais ouvidos pela Reuters, que falaram sob condição de anonimato, o USS San Antonio, o USS Iowa Jima e o USS Fort Lauderdale podem chegar à costa da Venezuela já no domingo (24). Os navios transportam 4.500 militares, incluindo 2.200 fuzileiros navais, disseram as fontes. As fontes se recusaram a detalhar a missão específica do esquadrão. Mas disseram que os recentes deslocamentos têm como objetivo enfrentar ameaças à segurança nacional dos EUA vindas de “organizações narco-terroristas” especialmente designadas na região. Trump fez do combate aos cartéis de drogas uma meta central de sua administração, como parte de um esforço mais amplo para limitar a migração e reforçar a segurança na fronteira sul dos EUA. Em fevereiro, o governo Trump classificou o Cartel de Sinaloa, do México, e outros grupos de narcotráfico, assim como a organização criminosa venezuelana Tren de Aragua, como organizações terroristas globais, no momento em que Trump intensificava a repressão à imigração contra supostos membros de gangues. Escalada de tensões EUA x Venezuela Donald Trump, presidente dos EUA, e Nicolás Maduro, líder do chavismo na Venezuela Kevin Lamarque e Manaure Quintero/Reuters Estados Unidos e Venezuela enfrentam nas últimas semanas uma escalada de tensões que envolve combate ao narcotráfico, navios de guerra com promessa de 'força total', e mobilização de milhões de milicianos. Maduro anunciou na segunda-feira a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que chamou de "ameaças" dos Estados Unidos. A Milícia Bolivariana é composta por aproximadamente 5 milhões de reservistas, segundo dados oficiais. Ela foi criada pelo ex-presidente Hugo Chávez e tornou-se posteriormente um dos cinco componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). O grupo atua como um apoio ao Exército na "defesa da nação". "Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas" perante "a renovação das ameaças" disse Maduro. "A paz, a tranquilidade e a soberania serão protegidas. (...) Nenhum império tocará a terra sagrada da Venezuela, nenhum império no mundo pode tocar a terra sagrada da América do Sul", acrescentou. O anúncio ocorreu horas após os EUA terem enviado três navios de guerra para a costa da Venezuela para combater o narcotráfico na região, segundo agências de notícias internacionais. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que os EUA utilizarão "toda a força" contra o regime Maduro. A ação também serve para aplicar mais pressão sobre Maduro, que teve a recompensa por sua captura dobrada para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) pelo governo Trump. A presença dos navios, no entanto, tem efeito dissuasório visando o tráfego marítimo ligado ao narcotráfico na região, e um ataque direto em solo venezuelano seria improvável, porque seria algo mais grave e complexo em termos políticos, segundo o professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard Vitelio Brustolin. "O que os EUA estão fazendo é emitir um sinal de força e um meio de coerção com capacidade para ataques pontuais, se autorizados, e não uma arquitetura completa de mudança de regime. As ações dos últimos dias ampliam a capacidade de interdição e de ataques de precisão e são ferramentas de pressão, mas não equivalem a uma ordem pública para derrubar o governo da Venezuela", afirmou Brustolin ao g1. Brustolin disse ainda que Maduro usa a investida dos EUA para unir a população em torno de uma causa, e que a convocação dos milicianos serve para elevar custos políticos de qualquer ação americana e reforçar prontidão interna na Venezuela. Segundo Maduro, seu plano envolve a mobilização de milícias camponesas e operárias "em todas as fábricas e locais de trabalho do país" e o fornecimento de "mísseis e rifles para a classe trabalhadora, a fim de defender nossa pátria". Vídeos em alta g1

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