Após Netanyahu prometer 'ir até o fim', Israel inicia ampla operação terrestre no sul e norte de Gaza

Premiê israelense havia dito na semana passada que seu Exército entraria no território palestino 'com toda a força'. Investida ocorre em meio a negociações por cessar-fogo com grupo terrorista Hamas. Veículos militares israelenses se movimentam na fronteira com a Faixa de Gaza O Exército de Israel anunciou neste domingo (18) que iniciou ampla operação terrestre no sul e no norte da Faixa de Gaza. A operação ocorre após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ter prometido na semana passada que seu Exército entraria no território palestino "com toda a força". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O Exército israelense afirmou em comunicado que a operação terrestre começa após uma onda preliminar de ataques da Força Aérea contra alvos do grupo terrorista Hamas para diminuir as capacidades de resposta contra a investida. A pasta israelense disse também que mais de 670 alvos terroristas do grupo foram atingidos em toda a Faixa de Gaza na última semana. Ao mesmo tempo, os bombardeios israelenses em Gaza mataram mais de 500 pessoas desde o último domingo (11), entre eles mulheres e crianças, e forçaram o fechamento do maior hospital do norte do território, segundo o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas. Ainda segundo os israelenses, até o momento suas tropas eliminaram dezenas de terroristas do Hamas, desmantelaram infraestruturas do grupo tanto na superfície quanto subterrâneas, e que estão posicionadas em pontos estratégicos dentro de Gaza. A investida israelense ocorre em meio a uma nova rodada de negociações por um cessar-fogo na guerra e libertação de reféns. O conflito iniciou em 2023 após o ataque terrorista de 7 de outubro no território israelense, que deixou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns. Netanyahu afirmou no início do mês que a nova ofensiva contra o Hamas em Gaza "será intensa" e que, como consequência, a população palestina será deslocada novamente dentro do território. O premiê israelense sinalizou ainda uma mudança na abordagem da guerra, em que agora as tropas israelenses ocuparão os territórios tomados, em vez de se retirar ao final de operações contra terroristas do Hamas. A nova ofensiva terrestre de "ocupação total", aprovada pelo congresso israelense, terrestre pode colocar em prática a nova estratégia. Tanque israelense se movimenta em área próxima à fronteira do sul de Israel com a Faixa de Gaza se preparando para ofensiva terrestre em 18 de maio de 2025. AP Photo/Ariel Schalit O plano será implementado de forma gradual e envolve a ocupação permanente do território, segundo disseram à agência de notícias Associated Press duas fontes do gabinete de ministros de Israel. Atualmente, Israel já controla aproximadamente 50% do total do território de Gaza, e de forma temporária. Fontes do Exército israelense afirmaram à agência de notícias Reuters que os palestinos serão deslocados para o sul do território. Deslocamentos forçados e em massa de pessoas, como já ocorreram diversas vezes durante a guerra, são criticados por órgãos humanitários e bilaterais, como a Cruz Vermelha e a ONU. A nova ofensiva terrestre israelense em Gaza iniciou no mesmo dia em que o papa Leão XIV fez apelos novos por paz no mundo e mencionou o conflito em Gaza durante sua missa inaugural do papado. ''Na alegria da fé e da comunhão, não podemos esquecer nossos irmãos e irmãs que sofrem com as guerras. Em Gaza, crianças, famílias, idosos sobreviventes estão passando fome", afirmou o pontífice, em referência à ausência de ajuda humanitária entrando no território. Desde o início do conflito, a operação militar israelense devastou Gaza, forçando quase todos os moradores a múltiplos deslocamentos forçados e causando uma crise humanitária. Segundo autoridades de saúde de Gaza, mais de 53 mil palestinos foram mortos pelo conflito, a maioria mulheres e crianças. Levantamento independente feito pela ONU também afirma que civis estão entre a maior parte dos mortos. Um tanque israelense patrulha a fronteira entre Israel e Gaza, antes de um acordo de cessar-fogo entrar em vigor, em 19 de janeiro de 2025 REUTERS/Amir Cohen

May 18, 2025 - 12:30
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Após Netanyahu prometer 'ir até o fim', Israel inicia ampla operação terrestre no sul e norte de Gaza

Premiê israelense havia dito na semana passada que seu Exército entraria no território palestino 'com toda a força'. Investida ocorre em meio a negociações por cessar-fogo com grupo terrorista Hamas. Veículos militares israelenses se movimentam na fronteira com a Faixa de Gaza O Exército de Israel anunciou neste domingo (18) que iniciou ampla operação terrestre no sul e no norte da Faixa de Gaza. A operação ocorre após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ter prometido na semana passada que seu Exército entraria no território palestino "com toda a força". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O Exército israelense afirmou em comunicado que a operação terrestre começa após uma onda preliminar de ataques da Força Aérea contra alvos do grupo terrorista Hamas para diminuir as capacidades de resposta contra a investida. A pasta israelense disse também que mais de 670 alvos terroristas do grupo foram atingidos em toda a Faixa de Gaza na última semana. Ao mesmo tempo, os bombardeios israelenses em Gaza mataram mais de 500 pessoas desde o último domingo (11), entre eles mulheres e crianças, e forçaram o fechamento do maior hospital do norte do território, segundo o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas. Ainda segundo os israelenses, até o momento suas tropas eliminaram dezenas de terroristas do Hamas, desmantelaram infraestruturas do grupo tanto na superfície quanto subterrâneas, e que estão posicionadas em pontos estratégicos dentro de Gaza. A investida israelense ocorre em meio a uma nova rodada de negociações por um cessar-fogo na guerra e libertação de reféns. O conflito iniciou em 2023 após o ataque terrorista de 7 de outubro no território israelense, que deixou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns. Netanyahu afirmou no início do mês que a nova ofensiva contra o Hamas em Gaza "será intensa" e que, como consequência, a população palestina será deslocada novamente dentro do território. O premiê israelense sinalizou ainda uma mudança na abordagem da guerra, em que agora as tropas israelenses ocuparão os territórios tomados, em vez de se retirar ao final de operações contra terroristas do Hamas. A nova ofensiva terrestre de "ocupação total", aprovada pelo congresso israelense, terrestre pode colocar em prática a nova estratégia. Tanque israelense se movimenta em área próxima à fronteira do sul de Israel com a Faixa de Gaza se preparando para ofensiva terrestre em 18 de maio de 2025. AP Photo/Ariel Schalit O plano será implementado de forma gradual e envolve a ocupação permanente do território, segundo disseram à agência de notícias Associated Press duas fontes do gabinete de ministros de Israel. Atualmente, Israel já controla aproximadamente 50% do total do território de Gaza, e de forma temporária. Fontes do Exército israelense afirmaram à agência de notícias Reuters que os palestinos serão deslocados para o sul do território. Deslocamentos forçados e em massa de pessoas, como já ocorreram diversas vezes durante a guerra, são criticados por órgãos humanitários e bilaterais, como a Cruz Vermelha e a ONU. A nova ofensiva terrestre israelense em Gaza iniciou no mesmo dia em que o papa Leão XIV fez apelos novos por paz no mundo e mencionou o conflito em Gaza durante sua missa inaugural do papado. ''Na alegria da fé e da comunhão, não podemos esquecer nossos irmãos e irmãs que sofrem com as guerras. Em Gaza, crianças, famílias, idosos sobreviventes estão passando fome", afirmou o pontífice, em referência à ausência de ajuda humanitária entrando no território. Desde o início do conflito, a operação militar israelense devastou Gaza, forçando quase todos os moradores a múltiplos deslocamentos forçados e causando uma crise humanitária. Segundo autoridades de saúde de Gaza, mais de 53 mil palestinos foram mortos pelo conflito, a maioria mulheres e crianças. Levantamento independente feito pela ONU também afirma que civis estão entre a maior parte dos mortos. Um tanque israelense patrulha a fronteira entre Israel e Gaza, antes de um acordo de cessar-fogo entrar em vigor, em 19 de janeiro de 2025 REUTERS/Amir Cohen

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