Após recorde, bolsas da Europa recuam com impasse político na França

A exceção do dia nas principais bolsas da Europa foi a Alemanha, que fechou praticamente estável, em leve alta de 0,06%

Oct 9, 2025 - 16:00
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Após recorde, bolsas da Europa recuam com impasse político na França

Os principais índices das bolsas de valores da Europa encerraram o pregão desta quinta-feira (9/10) no vermelho, um dia depois de terem alcançado máximas históricas de fechamento.

Os investidores europeus continuam monitorando a situação política da França, em meio ao impasse envolvendo o governo do presidente Emmanuel Macron.

Nem mesmo o anúncio do acordo pelo fim da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, intermediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi suficiente para animar o mercado.

A exceção do dia foi a Bolsa de Valores da Alemanha, que fechou praticamente estável, em leve alta.

O que aconteceu

  • O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, fechou em queda de 0,43%, aos 571 pontos.
  • Em Paris, o CAC 40 caiu 0,23%, aos 8 mil pontos.
  • O Ibex 35, de Madri, fechou em baixa de 0,6%, aos 15,5 mil pontos.
  • Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou o pregão em baixa de 0,41%, aos 9,5 mil pontos.
  • Na Bolsa de Frankfurt, na Alemanha, o índice DAX terminou o dia estável, com leve oscilação de 0,06%, aos 24,6 mil pontos.
Leia também

Crise na França

O gabinete do presidente francês Emmanuel Macron informou nessa quarta-feira (8/10) que um novo primeiro-ministro será nomeado em até 48 horas. No início da semana, a renúncia de Sébastien Lecornu aprofundou a crise política no país.

O premiê renunciou na última segunda-feira (6/10), depois de menos de um mês no cargo, após ter nomeado um gabinete que causou insatisfação tanto nos partidos de direita quanto nos de esquerda.

Setor bancário em queda

As ações ligadas ao setor bancário tiveram um dia de perdas nos principais mercados europeus. Em Londres, o HSBC recuou 5,38% após o anúncio de planos de fechamento de capital do Hang Seng Bank – no qual o banco detém uma fatia de 63,3%.

Ferrari desaba na Itália

Na Itália, o destaque negativo ficou por conta das ações da Ferrari, que tombaram 15,41%.

A tradicional fabricante italiana de carros esportivos de luxo apresentou a tecnologia que utilizará em seu primeiro carro elétrico. Entretanto, a empresa informou que os veículos a gasolina e os híbridos continuarão sendo o foco da Ferrari pelo menos até 2030.

A companhia anunciou ainda uma revisão de suas metas de eletrificação, o que decepcionou os investidores. Agora, a empresa italiana tem como meta para 2030 uma linha composta por 40% de modelos com motor de combustão interna, 40% de híbridos e apenas 20% de veículos totalmente elétricos.

Superávit acima do esperado na Alemanha

A maior economia da Europa, a Alemanha, registrou um superávit comercial acima do esperado em agosto deste ano, de 17,2 bilhões de euros (ante 14,7 bilhões de euros em julho).

O superávit é registrado quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, há déficit. Os números da balança comercial alemã foram decisivos para o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, terminar no azul.

Acordo pelo fim da guerra em Gaza

Fora da Europa, o maior destaque é o possível fim dos conflitos entre o Exército israelense e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a assinatura da primeira fase do acordo de paz entre Israel e o Hamas. Segundo ele, o pacto prevê a libertação de todos os reféns e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza, em um processo mediado por Catar, Egito e Turquia.

“Tenho muito orgulho em anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira fase do nosso Plano de Paz. Isso significa que todos os reféns serão libertados em breve e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada, como os primeiros passos em direção a uma paz forte e duradoura”, escreveu o republicano nas redes sociais.

“Este é um grande dia para o nundo árabe e muçulmano, para Israel, para todas as nações vizinhas e para os Estados Unidos da América, e agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia, que trabalharam conosco para que este evento histórico e sem precedentes acontecesse!”, completou Trump.

O Hamas, por sua vez, também anunciou que concluiu um acordo com Israel, mediado por Catar, Egito e Turquia, como parte da primeira fase do plano de paz apresentado por Trump. “Após negociações sérias e responsáveis entre o movimento e as facções da resistência palestina sobre a proposta do Presidente Trump em Sharm el-Sheikh, o Hamas anuncia a conclusão de um acordo que estipula o fim da guerra em Gaza, a retirada da ocupação, a entrada de ajuda humanitária e uma troca de prisioneiros”, afirmou o grupo em comunicado.

O movimento também destacou a importância do papel dos mediadores internacionais: “Apreciamos profundamente os esforços dos nossos irmãos mediadores no Catar, Egito e Turquia. Também valorizamos os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, que busca o fim definitivo da guerra e a retirada completa da ocupação da Faixa de Gaza”.

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