Argentina vai zerar imposto de importação sobre celulares: 'custa o dobro que no Brasil e EUA'
Governo argentino também quer baixar preços ao reduzir os impostos internos sobre televisores e aparelhos de ar-condicionado importados. Presidente da Argentina, Javier Milei. Ciro De Luca/ Reuters O governo argentino vai eliminar as tarifas de importação sobre celulares, informou o porta-voz presidencial do país, Manuel Adorni, nesta terça-feira (13). A ideia é que a eliminação das tarifas seja feita em duas etapas. "Na primeira [etapa], vamos baixar as taxas de 16% para 8%, com efeito imediato a partir da publicação do decreto, que deve acontecer ao final desta semana. Na segunda etapa, eliminaremos os impostos por completo, com efeito a partir de 15 de janeiro de 2026", afirmou Adorni durante entrevista a jornalistas na Casa Rosada. "Hoje, um celular com tecnologia 5G na Argentina custa o dobro do que no Brasil e nos Estados Unidos. É tão ridícula a situação que havia gente que pagava um avião e um hotel para comprar algo tão básico como um celular em outro país. E ainda assim saía mais barato do que comprá-lo na Argentina", disse Adorni. O porta-voz da presidência afirmou ainda que um celular de alto padrão na Argentina custa US$ 2.566, comparando-o com os preços vistos em outras regiões do mundo. Entre elas, citou: Madrid (Espanha): US$ 1.260 Santiago (Chile): US$ 1.147 Londres (Inglaterra): US$ 1.143 Nova York (EUA): US$ 1.011 Ainda de acordo com Adorni, o governo também pretende baixar os impostos internos sobre celulares, televisores e aparelhos de ar-condicionado importados, de 19% para 9,5% e zerar as taxas sobre produtos feitos na Terra do Fogo — região no extremo sul da América do Sul, compartilhada pela Argentina e pelo Chile. Por fim, outro anúncio feito pelo porta-voz da presidência argentina é a redução dos impostos de importação sobre consoles de videogame, de 35% para 20%. Com a redução desses impostos, a expectativa do governo argentino é os preços dos produtos eletrônicos importados reduzam pelo menos 30%. "Isso vai equiparar a Argentina com o resto de seus países vizinhos", disse Adorni, destacando que há expectativa de que a medida também diminua o contrabando e o roubo de celulares — a exemplo do que já aconteceu com os números de roubo de automóveis depois da redução de impostos e da desregulação de autopeças. "Como prometeu o presidente Javier Milei no começo de seu governo, à medida que se consolide o superávit fiscal, continuaremos a baixar impostos", afirmou. Questionado sobre se o governo estaria negociando as tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o porta-voz da presidência afirmou apenas que o "único desejo" do governo é a melhor relação bilateral com "todos os países do planeta terra", reiterando que o país tem uma relação direta com os EUA. PIB da Argentina tem queda de 1,7% em 2024, primeiro ano de Javier Milei Redução de impostos Durante o discurso de um ano de governo, o presidente argentino, Javier Milei, chegou a prometer uma reforma tributária com o intuito de reduzir os impostos nacionais do país em 90%, além de uma série de reformas estruturais para a Argentina. "Vamos colocar sobre a mesa uma agenda de reformas profundas. [...] Uma reforma tributária, uma reforma previdenciária, uma verdadeira reforma trabalhista, uma reforma para leis de segurança nacional, uma profunda reforma penal, uma reforma política e outras tantas reformas que o país precisa há décadas", disse à época.


Governo argentino também quer baixar preços ao reduzir os impostos internos sobre televisores e aparelhos de ar-condicionado importados. Presidente da Argentina, Javier Milei. Ciro De Luca/ Reuters O governo argentino vai eliminar as tarifas de importação sobre celulares, informou o porta-voz presidencial do país, Manuel Adorni, nesta terça-feira (13). A ideia é que a eliminação das tarifas seja feita em duas etapas. "Na primeira [etapa], vamos baixar as taxas de 16% para 8%, com efeito imediato a partir da publicação do decreto, que deve acontecer ao final desta semana. Na segunda etapa, eliminaremos os impostos por completo, com efeito a partir de 15 de janeiro de 2026", afirmou Adorni durante entrevista a jornalistas na Casa Rosada. "Hoje, um celular com tecnologia 5G na Argentina custa o dobro do que no Brasil e nos Estados Unidos. É tão ridícula a situação que havia gente que pagava um avião e um hotel para comprar algo tão básico como um celular em outro país. E ainda assim saía mais barato do que comprá-lo na Argentina", disse Adorni. O porta-voz da presidência afirmou ainda que um celular de alto padrão na Argentina custa US$ 2.566, comparando-o com os preços vistos em outras regiões do mundo. Entre elas, citou: Madrid (Espanha): US$ 1.260 Santiago (Chile): US$ 1.147 Londres (Inglaterra): US$ 1.143 Nova York (EUA): US$ 1.011 Ainda de acordo com Adorni, o governo também pretende baixar os impostos internos sobre celulares, televisores e aparelhos de ar-condicionado importados, de 19% para 9,5% e zerar as taxas sobre produtos feitos na Terra do Fogo — região no extremo sul da América do Sul, compartilhada pela Argentina e pelo Chile. Por fim, outro anúncio feito pelo porta-voz da presidência argentina é a redução dos impostos de importação sobre consoles de videogame, de 35% para 20%. Com a redução desses impostos, a expectativa do governo argentino é os preços dos produtos eletrônicos importados reduzam pelo menos 30%. "Isso vai equiparar a Argentina com o resto de seus países vizinhos", disse Adorni, destacando que há expectativa de que a medida também diminua o contrabando e o roubo de celulares — a exemplo do que já aconteceu com os números de roubo de automóveis depois da redução de impostos e da desregulação de autopeças. "Como prometeu o presidente Javier Milei no começo de seu governo, à medida que se consolide o superávit fiscal, continuaremos a baixar impostos", afirmou. Questionado sobre se o governo estaria negociando as tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o porta-voz da presidência afirmou apenas que o "único desejo" do governo é a melhor relação bilateral com "todos os países do planeta terra", reiterando que o país tem uma relação direta com os EUA. PIB da Argentina tem queda de 1,7% em 2024, primeiro ano de Javier Milei Redução de impostos Durante o discurso de um ano de governo, o presidente argentino, Javier Milei, chegou a prometer uma reforma tributária com o intuito de reduzir os impostos nacionais do país em 90%, além de uma série de reformas estruturais para a Argentina. "Vamos colocar sobre a mesa uma agenda de reformas profundas. [...] Uma reforma tributária, uma reforma previdenciária, uma verdadeira reforma trabalhista, uma reforma para leis de segurança nacional, uma profunda reforma penal, uma reforma política e outras tantas reformas que o país precisa há décadas", disse à época.
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