Autor expõe bastidores e frustração com novela resgatada pela Globo
Mico Preto, exibida pela Globo em 1990 no horário das 19h e fora do ar há 35 anos, será reprisada. Autor abre o jogo sobre as gravações
A novela Mico Preto, exibida pela Globo em 1990 no horário das 19h e fora do ar há 35 anos, será reprisada a partir da próxima segunda-feira (22/12). O resgate da trama acontece em meio a relatos do autor Marcílio Moraes sobre conflitos internos e frustrações durante a produção.
Em entrevista ao NaTelinha, Marcílio Moraes, que escreveu a novela em parceria com Euclydes Marinho e Leonor Bassères (1926–2004), afirmou que a obra “tinha uma boa história, era engraçada e ousada”, mas acabou enfrentando forte rejeição nos bastidores da emissora.
Leia também
-
Televisão
Rodrigo Faro revela por que recusou convite para novela na Globo
-
Fábia Oliveira
Cena de Jade Picon em nova novela da Globo vira piada; veja
-
Lucas Pasin
Viviane Araújo tem motivo a mais para aceitar novela com Belo na Globo
-
Televisão
1ª novela vertical da Globo gera polêmica após estreia com Jade Picon
Segundo o autor, apesar de ter alcançado audiência considerada razoável, Mico Preto foi duramente criticada à época: “A novela foi muito criticada, os atores falavam mal, reclamavam dos papéis, botando a culpa em mim, claro, que era o titular”.
Marcílio afirma que as críticas do elenco ignoravam o que acontecia fora de cena. “Eles não tinham conhecimento do que se passava nos bastidores”, declarou. Para ele, o desgaste interno afetou diretamente o andamento da produção.
O autor também atribui parte dos problemas a disputas internas na alta cúpula da Globo. “O problema foi a luta de poder nas altas esferas. Havia disputa pela direção de dramaturgia da emissora”, afirmou.
Segundo ele, a situação evoluiu para um boicote direto: “Uma das partes começou a me boicotar, não falava comigo”.
Marcílio reconhece que a falta de experiência pesou na condução do conflito. “Eu não soube lidar com esse impasse”, disse.
What's Your Reaction?