Bolsa bate novo recorde e supera barreira de 147 mil pontos. Dólar cai
Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta de 0,31%, aos 147.434,44 pontos, em nova máxima. A moeda americana caiu 0,19%, a R$ 5,35
O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), rompeu pela primeira vez nesta terça-feira (28/10) o patamar de 147 mil pontos. Ao final do pregão, ele fechou em alta de 0,31%, aos 147.428,90 pontos. Já o dólar registrou queda de 0,19% frente ao real, cotado a R$ 5,35.
Na véspera, o Ibovespa já havia alcançado uma marca histórica, ao avançar 0,55%, aos 146.969,10 pontos. As principais bolsas americanas também vêm anotando picos de valorização. Nesta terça-feira, todas estavam em alta às 16h40. O avanço era de 0,30% no S&P 500; 0,41% no Dow Jones; e 0,89% no Nasdaq, que concentra ações de empresas de tecnologia.
Leia também
-
Negócios
Dólar recua e Bolsa sobe, à espera de juro nos EUA e reunião Trump-Xi
-
Negócios
Dólar cai e Bolsa bate recorde com reuniões de Trump com Lula e Xi
-
Negócios
Dólar cai e Bolsa bate recorde após Lula-Trump e vitória de Milei
-
Negócios
Dólar fica estável e Bolsa sobe com inflação benigna nos EUA e Brasil
O bom desempenho dos mercados de capitais é consequência do alívio de entraves em torno de diversos temas econômicos. Esse relaxamento da tensão faz com que o apetite por ativos de risco, como as ações negociadas em bolsas, aumente entre investidores.
O mercado, por exemplo, está otimista com o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, previsto para ocorrer na quinta-feira (30/10), na Coreia do Sul. O tarifaço de 100% fixado pelos americanos contra produtos chineses estará em pauta. A expectativa é de que as negociações ao menos atenuem a guerra comercial que envolve as duas potências globais.
Nesta segunda-feira (27/10), Trump disse, em entrevista concedida no avião presidencial Força Aérea Um, a caminho do Japão, que as perspectivas de negociação entre as duas potências são boas. “Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo”, disse o republicano.
Juros nos EUA
Além disso, na quarta-feira (29/10), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), reúne-se para definir a nova taxa de juros do país, hoje fixada no intervalo entre 4% e 4,5%. A estimativa de corte de 0,25 ponto percentual é unânime no mercado, atingindo 99,9% de chances, segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group.
Uma nova queda dos juros americanos — eles já foram cortados em 0,25 ponto percentual em 17 de setembro —, é especialmente aguardada pelo mercado. A redução tende a aumentar o interesse dos investidores por ativos de risco, como as ações negociadas nas bolsas, e a reduzir a pressão altista sobre o dólar.
Diferencial de juros
Na avaliação de Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, a previsão de um novo corte de juros por parte do Federal Reserve leva a um aumento do diferencial da taxa entre o Brasil (a Selic está em 15% ao ano) e EUA, algo que incentiva o fluxo para ativos de maior retorno, beneficiando moedas emergentes.
“Além disso, a expectativa de um possível entendimento entre Donald Trump e Xi Jinping reforça o apetite por risco, impulsionando a Bolsa brasileira e favorecendo o câmbio”, afirma Shahini. “O movimento de hoje reflete um ambiente de menor aversão global e reforça apostas na continuidade do ciclo de desvalorização do dólar.”
What's Your Reaction?