Bolsonaro pode chegar a 44 nomes no Senado em 2027; veja o mapa

Número permitiria a Bolsonaro eleger presidente do Senado, mas não fazer impeachment de ministro do STF. Dados são da Real Time Big Data

Oct 28, 2025 - 05:30
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Bolsonaro pode chegar a 44 nomes no Senado em 2027; veja o mapa

Na próxima legislatura, a bancada da atual oposição no Senado Federal, aliada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), poderá chegar a 44 nomes. É o suficiente para eleger o próximo presidente da Casa, em fevereiro de 2027, mas não o bastante para aprovar o impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), como a oposição sonha em fazer com Alexandre de Moraes.

O mapeamento foi feito pela coluna considerando o posicionamento dos senadores atuais e os líderes da corrida ao Senado em cada Estado, de acordo com as pesquisas da Real Time Big Data. Para remover um ministro do STF, são necessários 54 votos. map visualization

Nas eleições do ano que vem, o Senado renovará dois terços de seus 81 integrantes. Dependendo dos cenários e dos candidatos, o resultado da oposição varia entre 42 e 44 senadores.

Em sete estados, os cenários pesquisados pela Real Time Big Data projetam aumento da bancada bolsonarista em relação aos representantes atuais: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Roraima e Tocantins podem acabar com um bolsonarista — ou opositor do governo Lula (PT) — a mais.

Em outros quatro estados, a oposição deve perder uma cadeira, de acordo com o cenário atual das pesquisas: Amapá, Ceará, Espírito Santo e Sergipe.

Há ainda dois estados onde a situação é incerta, por falta de definição sobre quem vai concorrer ao Senado: Rio Grande do Sul e São Paulo.

No Rio Grande do Sul, terminam os mandatos de Paulo Paim (PT) e Luis Carlos Heinze (PP). Há dúvida se a ex-deputada Manuela D’Ávila, hoje sem partido, aceitará disputar pelo PSOL — ela recebeu convite da legenda. Também é incerta a candidatura do governador Eduardo Leite (PSD), que pode concorrer à Presidência da República. O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo) aparece em segundo lugar em alguns cenários. Tudo considerado, o resultado pode ser neutro ou representar perda de uma cadeira da oposição.

Em São Paulo, chegam ao fim os mandatos de Giordano (MDB), suplente do falecido Major Olímpio (1961–2021), e de Mara Gabrilli (PSD). Uma das vagas parece destinada ao atual secretário de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite (PP).

A outra pode ficar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ou com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL), caso ele atenda ao pedido da direção do partido e dispute.

Se tanto Haddad quanto Boulos forem candidatos, Derrite ficaria de fora, segundo a Real Time Big Data. Nesse cenário, Boulos teria 18%, Haddad 17% e Derrite 16%.

O levantamento da coluna considerou como “neutros” os estados em que oposição e situação devem manter o mesmo número de cadeiras.

As pesquisas da Real Time Big Data foram realizadas entre agosto (Acre) e os dias 24 e 25 de outubro deste ano (Rio Grande do Norte). O número de entrevistados variou entre 800 (Acre) e 1.500 (Rio, São Paulo e Minas Gerais). Em todos os casos, a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%.

Onde Bolsonaro pode ganhar cadeiras no Senado

Em oito estados, há possibilidade de ampliação da bancada de oposição no Senado, segundo a Real Time Big Data.

Em Alagoas, terminam em 2026 os mandatos de Dra. Eudócia (PL) e do ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB). Mãe do atual prefeito de Maceió, JHC, Eudócia não é bolsonarista convicta, embora seja filiada ao PL e já tenha posado para fotos com Bolsonaro.

Não assinou o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, por exemplo, e foi contra a “PEC da Blindagem”. Além disso, frequenta ministros do governo Lula (PT).

Nos cinco cenários testados, Renan Calheiros lidera a disputa. Mas, em segundo lugar, aparecem nomes da oposição: o ex-deputado estadual Davi Davino Filho (Republicanos) e o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPMI do INSS.

No Acre, o ex-governador Márcio Bittar (PL) deve se reeleger — ele lidera os cenários pesquisados. A segunda vaga, hoje de Sérgio Petecão (PSD), pode ficar com Gladson Cameli (PP).

No Distrito Federal, terminam os mandatos de Leila Barros (PDT) e Izalci Lucas (PL). De acordo com os cenários, devem substituí-los o governador Ibaneis Rocha (MDB) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), nascida e criada na capital. Aliado de Bolsonaro, Ibaneis defende anistia aos presos de 8 de janeiro e já cogitou uma “dobradinha” com Michelle.

Em Mato Grosso do Sul, terminam os mandatos de Soraya Thronicke (Podemos) e Nelson Trad (PSD). Segundo a pesquisa, Trad — que assinou o pedido de impeachment de Moraes — deve se reeleger. A outra vaga parece destinada ao ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), que lidera os dois cenários testados, com 42% e 34%, dependendo dos adversários.

No Paraná, encerram-se os mandatos de Flávio Arns (PSB) e Oriovisto Guimarães (Podemos) — este último já é considerado oposicionista. Segundo as pesquisas, lideram a corrida nomes da direita: o governador Ratinho Júnior (PSD), que pode disputar a Presidência; a jornalista Cristina Graeml (Podemos); e o deputado Filipe Barros (PL).

Fecham a lista os estados de Rondônia e Tocantins. No primeiro, a Real Time Big Data aponta vitória do coronel Marcos Rocha (União) e de Silvia Cristina (PP). Em Tocantins, termina o mandato de Irajá (PSD), filho da ex-ministra Kátia Abreu. Ele pode ser substituído por Janad Valcari (PL) ou pelo ex-governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), afastado do cargo pela Justiça.

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