Bondinho de Lisboa descarrilado: cabo não estava certificado para transportar passageiros, mostra relatório
Imagens mostram acidente no Elevador da Glória, ponto turístico de Lisboa O Elevador da Glória, bondinho de Lisboa, em Portugal, que descarrilou em setembro matando 16 pessoas, estava sendo operador por cabos que não estavam certificados para transportar passageiros, segundo revelaram investigações de um relatório sobre o caso divulgado nesta segunda-feira (20). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O relatório contém os resultados preliminares da investigação realizada pelo Gabinete de Investigação de Acidentes Aéreos e Ferroviários de Portugal (GPIAAF) sobre o acidente no bondinho, um dos principais pontos turísticos da capital portuguesa. Durante as investigações do acidente, o GPIAAF descobriu que o cabo que liga as duas cabines do Elevador da Glória não estava em condições apropriadas para o trasporte de pessoas, segundo o documento. O órgão também aponta que manutenções no Elevador da Glória eram feitas de forma ocasional e, em alguns casos, de maneira antiquada e incompleta. "Embora as ações de manutenção contratualmente previstas e planejadas estivessem a ser registadas como cumpridas em sistema de registo próprio, (...), foram recolhidas evidências de que tal registo não corresponde às tarefas que efetivamente foram executadas', diz o relatório. Os investigadores observaram, ainda, que as inspeções regulares da administradora do bondinho, Companhia Carris de Ferro de Lisboa (CCFL), não tinham capacidade para inspecionar o local onde o cabo se rompeu. "O local onde o cabo sofreu a rotura não é passível de inspeção nas operações de manutenção previstas no plano definido pela CCFL, sendo apenas possível inspecionar através da imobilização das cabinas e desmontagem dos destorcedores, operação que implica a paragem do equipamento durante pelo menos dois dias", diz o relatório. Apesar disso, ainda não é possível determinar, segundo o GPIAAF, se possíveis falhas no cabo que se rompeu poderiam ter sido detectadas em inspeções prévias. Isso estará presente no relatório final das investigações, que apontará as causas do acidente e ainda não tem data para ser concluído — o relatório divulgado nesta segunda apresenta apenas as conclusões preliminares O GPIAAF também recomendou que os demais bondinhos da capital portuguesa permanecessem parados, para garantir que todos tenham sistemas de fixação e travagem dos cabos "capazes de imobilizar as cabines em caso de ruptura do cabo". Isso não ocorreu no acidente do Elevador de Lisboa de 3 de setembro, quando o cabo se rompeu, e o vagão desceu em alta velocidade, colidindo contra um muro. Descarrilhamento de bondinho símbolo de Lisboa mata 15 pessoas Reprodução/TV Globo Bondinho de Lisboa descarrila, tomba e deixa mortos e feridos Patricia de Melo Moreira / AFP Sobe para 16 o número de mortos no descarrilamento de um bondinho em Lisboa


Imagens mostram acidente no Elevador da Glória, ponto turístico de Lisboa O Elevador da Glória, bondinho de Lisboa, em Portugal, que descarrilou em setembro matando 16 pessoas, estava sendo operador por cabos que não estavam certificados para transportar passageiros, segundo revelaram investigações de um relatório sobre o caso divulgado nesta segunda-feira (20). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O relatório contém os resultados preliminares da investigação realizada pelo Gabinete de Investigação de Acidentes Aéreos e Ferroviários de Portugal (GPIAAF) sobre o acidente no bondinho, um dos principais pontos turísticos da capital portuguesa. Durante as investigações do acidente, o GPIAAF descobriu que o cabo que liga as duas cabines do Elevador da Glória não estava em condições apropriadas para o trasporte de pessoas, segundo o documento. O órgão também aponta que manutenções no Elevador da Glória eram feitas de forma ocasional e, em alguns casos, de maneira antiquada e incompleta. "Embora as ações de manutenção contratualmente previstas e planejadas estivessem a ser registadas como cumpridas em sistema de registo próprio, (...), foram recolhidas evidências de que tal registo não corresponde às tarefas que efetivamente foram executadas', diz o relatório. Os investigadores observaram, ainda, que as inspeções regulares da administradora do bondinho, Companhia Carris de Ferro de Lisboa (CCFL), não tinham capacidade para inspecionar o local onde o cabo se rompeu. "O local onde o cabo sofreu a rotura não é passível de inspeção nas operações de manutenção previstas no plano definido pela CCFL, sendo apenas possível inspecionar através da imobilização das cabinas e desmontagem dos destorcedores, operação que implica a paragem do equipamento durante pelo menos dois dias", diz o relatório. Apesar disso, ainda não é possível determinar, segundo o GPIAAF, se possíveis falhas no cabo que se rompeu poderiam ter sido detectadas em inspeções prévias. Isso estará presente no relatório final das investigações, que apontará as causas do acidente e ainda não tem data para ser concluído — o relatório divulgado nesta segunda apresenta apenas as conclusões preliminares O GPIAAF também recomendou que os demais bondinhos da capital portuguesa permanecessem parados, para garantir que todos tenham sistemas de fixação e travagem dos cabos "capazes de imobilizar as cabines em caso de ruptura do cabo". Isso não ocorreu no acidente do Elevador de Lisboa de 3 de setembro, quando o cabo se rompeu, e o vagão desceu em alta velocidade, colidindo contra um muro. Descarrilhamento de bondinho símbolo de Lisboa mata 15 pessoas Reprodução/TV Globo Bondinho de Lisboa descarrila, tomba e deixa mortos e feridos Patricia de Melo Moreira / AFP Sobe para 16 o número de mortos no descarrilamento de um bondinho em Lisboa
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