Brasiliense Poli Pieratti une mar e mitos em nova exposição na Bahia
A Invenção da Maré, mostra inédita de Poli Pieratti, desembarca em Salvador e transforma mitologia grega em linguagem artística
A brasiliense Poli Pieratti desembarca pela primeira vez em Salvador com sua mostra individual A Invenção da Maré, instalada na Galeria Galatea até 17 de janeiro. Composta por 11 obras inéditas, a exposição investiga a fusão entre arquitetura, mitologia e movimento oceânico, uma marca presente na trajetória da artista plástica.
4 imagens

Fechar modal.

A Invenção da Maré - Poli Pierat Divulgação
A Invenção da Maré - Poli Pierat Divulgação
A Invenção da Maré - Poli Pierat Divulgação
A Invenção da Maré - Poli Pierat Divulgação
Depois da mostra A Terra do Mar (2022), Pieratti aprofunda a relação com o elemento marítimo e encontra na capital baiana um novo sentido para o trabalho artístico. A conexão antiga com a cidade também ganha lugar na criação das telas.
Leia também
-
Claudia Meireles
Exposição de coleção de bancos indígenas celebra ancestralidade no DF
-
Vida & Estilo
Exposição inédita de Sergio Camargo em Brasília exalta legado do gênio da escultura
-
Vida & Estilo
Metrópoles traz exposição de Sergio Camargo ao Teatro Nacional
-
Conteúdo especial
Geap lança exposição em homenagem aos seus 80 anos, celebrados em 2025
“Expor aqui [em Salvador] amplia o sentido da temática, dando novas camadas ao que eu pintei. Tenho uma relação antiga com a Bahia, pois desde criança tenho família que mora aqui. Então, é também uma forma de agradecer a essa terra pelo tanto de afeto que vivencio nela”, reflete.
Entre o figurativo e o abstrato, A Invenção da Maré se integra ao próprio espaço arquitetônico da galeria ao evocar rochedos, falésias, corais, ondas e a própria figura da ninfa marinha Galetea, uma das inspirações da artista para a mostra. Na mitologia grega, Galateia era uma das cinquenta Nereidas e deusa dos mares calmos.
A Invenção da Maré – Poli Pierat
Segundo o mito, a ninfa, que também dá nome à galeria, rejeitou o ciclope Polifemo e apaixonou-se pelo jovem Ácis, que acabou morto pelo ciúmes do gigante. Inconsolável, ela transformou o amado em um rio. Pieratti enxerga na mitologia um escape lúdico à realidade.
“Quando falamos de mitos, falamos sobre histórias que fundamentam nossos imaginários. De alguma forma lidar com símbolos é um jeito de tratar a existência a partir da construção de uma linguagem mais lúdica”, diz. “Sempre gostei de pensar que as pessoas são seres mitológicos e que essas narrativas conectam inconscientes de várias épocas.”
What's Your Reaction?