'Bullying de Trump contra Brasil está saindo pela culatra', diz jornal dos EUA

Lula, Donald Trump, Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes são os principais atores políticos da notícias de julho. Evaristo Sa/AFP//Antonio Augusto/STF//Adriano Machado/Reuters//Patrick Semansky/AP "O bullying de Trump contra Brasil está saindo pela culatra": assim resume Ishaan Tharoor, colunista de assuntos internacionais do jornal americano "The Washington Post", o embate comercial e diplomático que o Brasil e os Estados Unidos vivem atualmente. Em um artigo sobre a imposição das tarifas de 50% a produtos brasileiros importados pelos EUA, o jornal ressalta que "as ameaças tarifárias de Trump levaram outros países da região a se curvarem em direção a Washington", mas que "a economia brasileira é maior e mais diversificada do que a de seus vizinhos". O Post também esclarece que, apesar das falas de Trump sobre um suposto desequilíbrio nas relações comerciais entre os dois países, os EUA "têm um superávit comercial significativo" com o Brasil e que a "Casa Branca não escondeu sua verdadeira agenda: a suspensão dos processos judiciais contra Bolsonaro, bem como medidas punitivas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que supervisiona a acusação e também aplicou a lei brasileira para reprimir a desinformação online". Na sexta-feira (18), inclusive, o governo americano anunciou a suspensão dos vistos americanos do ministro do Supremo, além de colegas do tribunal e do procurador-geral brasileiro, Paulo Gonet. "É difícil conceber uma ação que o governo Trump possa tomar na relação EUA-Brasil que seja mais prejudicial à credibilidade dos EUA na promoção da democracia do que sancionar um juiz da Suprema Corte de um país estrangeiro por não gostarmos de suas opiniões judiciais", disse um funcionário do Departamento de Estado aos meus colegas , falando sob condição de anonimato para discutir as deliberações. O artigo também destaca que a aituação acabou sendo boa para o presidente brasileiro já que pesquisas mostram um apoio renovado ao seu governo diante da intimidação americana provocada por Bolsonaro. E que Lula percebeu uma oportunidade na crise. As tarifas também prejudicam os interesses das elites empresariais, que costumam ser os maiores impulsionadores da oposição conservadora a Lula", esclarece o artigo. "O Papai Noel chegou cedo para o presidente Lula, e o presente foi enviado por Trump por meio desse ataque desajeitado à soberania do Brasil, a fim de proteger um aspirante a ditador e um claro perdedor. (...) Agora não apenas parte de seus eleitores, mas especialmente seu outrora forte eleitorado nas comunidades financeira e empresarial, está se voltando contra eles", declarou um alto diplomata brasileiro, falando sob condição de anonimato porque não estava autorizado a comentar publicamente sobre o assunto.

Jul 21, 2025 - 08:40
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'Bullying de Trump contra Brasil está saindo pela culatra', diz jornal dos EUA

Lula, Donald Trump, Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes são os principais atores políticos da notícias de julho. Evaristo Sa/AFP//Antonio Augusto/STF//Adriano Machado/Reuters//Patrick Semansky/AP "O bullying de Trump contra Brasil está saindo pela culatra": assim resume Ishaan Tharoor, colunista de assuntos internacionais do jornal americano "The Washington Post", o embate comercial e diplomático que o Brasil e os Estados Unidos vivem atualmente. Em um artigo sobre a imposição das tarifas de 50% a produtos brasileiros importados pelos EUA, o jornal ressalta que "as ameaças tarifárias de Trump levaram outros países da região a se curvarem em direção a Washington", mas que "a economia brasileira é maior e mais diversificada do que a de seus vizinhos". O Post também esclarece que, apesar das falas de Trump sobre um suposto desequilíbrio nas relações comerciais entre os dois países, os EUA "têm um superávit comercial significativo" com o Brasil e que a "Casa Branca não escondeu sua verdadeira agenda: a suspensão dos processos judiciais contra Bolsonaro, bem como medidas punitivas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que supervisiona a acusação e também aplicou a lei brasileira para reprimir a desinformação online". Na sexta-feira (18), inclusive, o governo americano anunciou a suspensão dos vistos americanos do ministro do Supremo, além de colegas do tribunal e do procurador-geral brasileiro, Paulo Gonet. "É difícil conceber uma ação que o governo Trump possa tomar na relação EUA-Brasil que seja mais prejudicial à credibilidade dos EUA na promoção da democracia do que sancionar um juiz da Suprema Corte de um país estrangeiro por não gostarmos de suas opiniões judiciais", disse um funcionário do Departamento de Estado aos meus colegas , falando sob condição de anonimato para discutir as deliberações. O artigo também destaca que a aituação acabou sendo boa para o presidente brasileiro já que pesquisas mostram um apoio renovado ao seu governo diante da intimidação americana provocada por Bolsonaro. E que Lula percebeu uma oportunidade na crise. As tarifas também prejudicam os interesses das elites empresariais, que costumam ser os maiores impulsionadores da oposição conservadora a Lula", esclarece o artigo. "O Papai Noel chegou cedo para o presidente Lula, e o presente foi enviado por Trump por meio desse ataque desajeitado à soberania do Brasil, a fim de proteger um aspirante a ditador e um claro perdedor. (...) Agora não apenas parte de seus eleitores, mas especialmente seu outrora forte eleitorado nas comunidades financeira e empresarial, está se voltando contra eles", declarou um alto diplomata brasileiro, falando sob condição de anonimato porque não estava autorizado a comentar publicamente sobre o assunto.

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