Castro atribui aumento de facções criminosas a ação que tramita no STF
Governador do RIo de Janeiro exaltou a megaoperação realizada contra o Comando Vermelho, que deixou cerca de 124 mortos
O governador do Rio de Janeiro (RJ), Cláudio Castro, criticou nesta terça-feira (25/11) a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo ele, limita as operações em comunidades e fomenta a expansão de facções.
“Segundo o relatório do CNJ, de 2019 a 2023 a instituição criminosa que mais cresceu foi o Comando Vermelho, exatamente em virtude da ADPF… Não sou eu que estou falando isso, é o relatório do CNJ”, declarou durante audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (25) na Casa Baixa.
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Castro exaltou a megaoperação da polícia realizada contra o Comando Vermelho (CV) há quase um mês, que deixou 124 mortos. Ele citou o fato de que alguns dos neutralizados eram de outros Estados que não o Rio de Janeiro.
“Da última operação, 40% ou dos neutralizados ou dos presos eram de outros estados. Então mostra que, se não resolvermos o Rio, dificilmente conseguiremos resolver o Brasil”, disse.
Castro criticou também dispositivos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que tramita na Câmara dos Deputados. Para o bolsonarista, cada polícia tem que ter sua competência, em vez de unificar, como defende a proposta.
“Se quer se ter os ciclos, eles sejam dentro das suas competências, e cada polícia seja autônoma dentro de seu ciclo. Não dá para investigar e o outro operar. Isso é desserviço para a segurança pública”, disse.
O relator da PEC da Segurança Pública, deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), pretende apresentar um parecer na segunda quinzena de novembro que agrade tanto o governo quanto a oposição. O desafio, porém, é grande: parlamentares da ala direita defendem maior autonomia dos Estados, enquanto a esquerda busca um enfoque mais federalizado para o tema.
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