China faz apelo e Rússia protesta após Trump ordenar retomada de testes com armas nucleares
Trump ordena que Departamento de Defesa inicie testes com armas nucleares A China fez nesta quinta-feira (30) um apelo para que os Estados Unidos não realizem testes nucleares, após o presidente Donald Trump ter emitido ordens para seu Departamento de Guerra retomar testes desse tipo. Já a Rússia protestou e disse que não foi avisada com antecedência da decisão de Trump, além de ter ameaçado abandonar proibições globais contra testes nucleares. O governo russo também negou que dois exercícios realizados nos últimos dias com armamentos nucleares tenham sido testes nucleares. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp “A China espera que os Estados Unidos cumpram de forma responsável as obrigações do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e seu compromisso com a proibição dos testes, adotem ações concretas para proteger o sistema global de desarmamento e não proliferação nuclear e mantenham o equilíbrio e a estabilidade estratégica global”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun. As reações chinesa e russa ocorreram horas após Trump ter dito em sua rede social que ordenou testes das armas nucleares americanas e culpou sua decisão por testes realizados por outros países. A decisão foi histórica, porque o último teste nuclear realizado pelos EUA foi há mais de 30 anos, em 1992 (leia mais abaixo). O presidente americano não citou nominalmente outros países em seu comunicado, porém a Rússia e a Coreia do Norte têm realizado testes rotineiros com armamentos capazes de carregar ogivas nucleares. Perguntado em coletiva nesta quinta sobre a decisão de Trump, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que não tem conhecimento de nenhum teste de arma nuclear e disse que "o Burevestnik e o Poseidon não foram testes nucleares russos". "Putin afirmou que, se qualquer potência abandonar a moratória, a Rússia também o fará", afirmou Peskov. Na quarta-feira, Putin afirmou que seu Exército testou com sucesso um super torpedo nuclear submarino com capacidade nuclear e que teria o potencial de tornar cidades costeiras inabitáveis. Dias antes, no domingo, a Rússia já havia testado seu novo míssil nuclear Burevestnik, uma arma considerada "invencível" pelo presidente russo. O Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), citado pelo governo chinês, é um tratado global que proíbe os testes de armas nucleares e foi assinado em 1996 por 186 países, incluindo todas as potências nucleares à época: EUA, Rússia, Reino Unido, França e China. A Coreia do Norte não é signatária. Os Estados Unidos e a Rússia são as duas maiores potências nucleares do mundo e têm mais de cinco mil ogivas nucleares cada, segundo dados divulgados pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri) em janeiro deste ano. A China está expandindo rapidamente seu arsenal e dobrou seu arsenal nuclear, de 300 ogivas para 600, nos últimos cinco anos, segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), um think tank americano especializado em guerra. A expectativa é que o país ultrapasse as mil armas nucleares até 2030. Trump disse acreditar que o programa nuclear chinês estará parelho com o americano dentro de 5 anos. Trump retoma testes nucleares Trump dá entrevista a bordo do Air Force One antes de chegar à Malásia, neste sábado (25). Evelyn Hockstein/Reuters "Os Estados Unidos têm mais armas nucleares do que qualquer outro país. Isso foi alcançado, incluindo uma atualização e renovação completa das armas existentes, durante o meu primeiro mandato. Devido ao imenso poder destrutivo, ODIEI fazer isso, mas não tive escolha! A Rússia está em segundo lugar, e a China vem bem atrás, mas estará em pé de igualdade dentro de cinco anos", afirmou em uma rede social. "Devido aos programas de testes de outros países, instruí o Departamento da Guerra a começar a testar as nossas armas nucleares em igualdade de condições. Esse processo terá início imediatamente", concluiu. Trump já havia criticado o exercício com o míssil Burevestnik, que ameaçou a Rússia dizendo que os EUA têm um submarino nuclear posicionado na costa da Rússia. Segundo os EUA, a China mais do que dobrou o tamanho de seu arsenal nos últimos anos. Um desfile do Dia da Vitória em setembro exibiu cinco capacidades nucleares capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos. Segundo a agência de notícias Reuters, testes como esses fornecem evidências sobre o que qualquer nova arma nuclear é capaz de fazer — e se as armas mais antigas ainda funcionam. Além de oferecer dados técnicos, o experimento seria visto na Rússia e na China como uma afirmação deliberada do poder estratégico dos Estados Unidos. Veja os vídeos que estão em alta no g1

Trump ordena que Departamento de Defesa inicie testes com armas nucleares A China fez nesta quinta-feira (30) um apelo para que os Estados Unidos não realizem testes nucleares, após o presidente Donald Trump ter emitido ordens para seu Departamento de Guerra retomar testes desse tipo. Já a Rússia protestou e disse que não foi avisada com antecedência da decisão de Trump, além de ter ameaçado abandonar proibições globais contra testes nucleares. O governo russo também negou que dois exercícios realizados nos últimos dias com armamentos nucleares tenham sido testes nucleares. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp “A China espera que os Estados Unidos cumpram de forma responsável as obrigações do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e seu compromisso com a proibição dos testes, adotem ações concretas para proteger o sistema global de desarmamento e não proliferação nuclear e mantenham o equilíbrio e a estabilidade estratégica global”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun. As reações chinesa e russa ocorreram horas após Trump ter dito em sua rede social que ordenou testes das armas nucleares americanas e culpou sua decisão por testes realizados por outros países. A decisão foi histórica, porque o último teste nuclear realizado pelos EUA foi há mais de 30 anos, em 1992 (leia mais abaixo). O presidente americano não citou nominalmente outros países em seu comunicado, porém a Rússia e a Coreia do Norte têm realizado testes rotineiros com armamentos capazes de carregar ogivas nucleares. Perguntado em coletiva nesta quinta sobre a decisão de Trump, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que não tem conhecimento de nenhum teste de arma nuclear e disse que "o Burevestnik e o Poseidon não foram testes nucleares russos". "Putin afirmou que, se qualquer potência abandonar a moratória, a Rússia também o fará", afirmou Peskov. Na quarta-feira, Putin afirmou que seu Exército testou com sucesso um super torpedo nuclear submarino com capacidade nuclear e que teria o potencial de tornar cidades costeiras inabitáveis. Dias antes, no domingo, a Rússia já havia testado seu novo míssil nuclear Burevestnik, uma arma considerada "invencível" pelo presidente russo. O Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), citado pelo governo chinês, é um tratado global que proíbe os testes de armas nucleares e foi assinado em 1996 por 186 países, incluindo todas as potências nucleares à época: EUA, Rússia, Reino Unido, França e China. A Coreia do Norte não é signatária. Os Estados Unidos e a Rússia são as duas maiores potências nucleares do mundo e têm mais de cinco mil ogivas nucleares cada, segundo dados divulgados pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri) em janeiro deste ano. A China está expandindo rapidamente seu arsenal e dobrou seu arsenal nuclear, de 300 ogivas para 600, nos últimos cinco anos, segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), um think tank americano especializado em guerra. A expectativa é que o país ultrapasse as mil armas nucleares até 2030. Trump disse acreditar que o programa nuclear chinês estará parelho com o americano dentro de 5 anos. Trump retoma testes nucleares Trump dá entrevista a bordo do Air Force One antes de chegar à Malásia, neste sábado (25). Evelyn Hockstein/Reuters "Os Estados Unidos têm mais armas nucleares do que qualquer outro país. Isso foi alcançado, incluindo uma atualização e renovação completa das armas existentes, durante o meu primeiro mandato. Devido ao imenso poder destrutivo, ODIEI fazer isso, mas não tive escolha! A Rússia está em segundo lugar, e a China vem bem atrás, mas estará em pé de igualdade dentro de cinco anos", afirmou em uma rede social. "Devido aos programas de testes de outros países, instruí o Departamento da Guerra a começar a testar as nossas armas nucleares em igualdade de condições. Esse processo terá início imediatamente", concluiu. Trump já havia criticado o exercício com o míssil Burevestnik, que ameaçou a Rússia dizendo que os EUA têm um submarino nuclear posicionado na costa da Rússia. Segundo os EUA, a China mais do que dobrou o tamanho de seu arsenal nos últimos anos. Um desfile do Dia da Vitória em setembro exibiu cinco capacidades nucleares capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos. Segundo a agência de notícias Reuters, testes como esses fornecem evidências sobre o que qualquer nova arma nuclear é capaz de fazer — e se as armas mais antigas ainda funcionam. Além de oferecer dados técnicos, o experimento seria visto na Rússia e na China como uma afirmação deliberada do poder estratégico dos Estados Unidos. Veja os vídeos que estão em alta no g1
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