Com R$ 61 milhões em royalties, 2º tri é estável na produção de Petróleo e Gás no RN
O segundo trimestre de 2025 apresentou um crescimento de 1,37% na arrecadação de royalties para o Estado com R$ 61,7 milhões. Foram R$ 836,8 mil a mais se comparado ao mesmo período de 2024, demonstrando estabilidade na receita, influenciada por variações no preço do petróleo, no câmbio e na produção local. No acumulado do primeiro […]


O segundo trimestre de 2025 apresentou um crescimento de 1,37% na arrecadação de royalties para o Estado com R$ 61,7 milhões. Foram R$ 836,8 mil a mais se comparado ao mesmo período de 2024, demonstrando estabilidade na receita, influenciada por variações no preço do petróleo, no câmbio e na produção local. No acumulado do primeiro semestre de 2025, a arrecadação somou R$ 128,9 milhões, representando um aumento de R$ 10,5 milhões (+8,86%) em relação ao mesmo período de 2024, mostrando tendência de crescimento consistente na arrecadação. Esses e outros dados estão detalhados no Boletim de Petróleo e Gás – 2º Trimestre de 2025, divulgado nesta quarta-feira (08) pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação do Rio Grande do Norte.
A distribuição de royalties de petróleo e gás para o Estado e os municípios potiguares somou R$ 155 milhões entre abril e junho de 2025, representando um aumento expressivo em relação ao mesmo período de 2024, quando o valor foi de R$ 122,6 milhões. O crescimento foi de 26,44%, o que equivale a aproximadamente R$ 32 milhões a mais em receitas.
Os repasses de royalties aos municípios potiguares totalizaram R$ 93,3 milhões no 2º trimestre. Deste valor, 95% está concentrado em 20 vinte cidades segundo o Boletim, o que equivale a R$ 88,7 milhões. Destaque para os seguintes municípios: Grossos que foi o maior beneficiado, com R$ 18,07 milhões, seguido por Serra do Mel (R$ 14,5 milhões), Felipe Guerra (R$ 7,56 milhões), Alto do Rodrigues (R$ 7,51 milhões), e, Mossoró e Açu ambos com repasses acima de R$ 5 milhões.
Atualmente, o Rio Grande do Norte conta com os seguintes operadores de produção de petróleo em terra: 3R Petroleum (Brava), PetroRecôncavo, Potiguar E&P S.A, Mandacaru Energia, Níon Energia, Phoenix Oléo e Gás, Petrosenergy e Petro-Victory.
No que diz respeito à produção em terra, o RN manteve-se estável, sem grandes oscilações. A produção de petróleo terrestre somou 2,743 milhões de barris, enquanto o gás natural apresentou comportamento semelhante, mas com uma pequena variação positiva, registrando alta de 0,83%, o que corresponde a um acréscimo de 817 mil m³.
Dos 77 campos de produção de petróleo e gás do RN, 67 estiveram em atividade. Os 15 campos com maior produção concentraram aproximadamente 85% de todo o petróleo e 73% do gás natural extraído no estado. No petróleo, os campos de Canto do Amaro, Estreito e Salina Cristal lideraram a produção, com destaque para o Estreito, que também se sobressai por possuir o maior número de poços produtores em operação no Brasil, somando aproximadamente 818 poços. Já na produção de gás natural, Lorena e Livramento foram os que mais contribuíram, reforçando a importância estratégica dessas áreas na matriz produtiva do RN.
Quanto à produção marítima, a 3R Petroleum (Brava) e a Petrobrás são os produtores independentes, e o cenário apresentou uma variação significativa na comparação entre o 2° trimestre de 2024 e o 2° trimestre de 2025. O petróleo registrou uma queda de aproximadamente 29,32%. Em contrapartida, o gás natural avançou 31,2%, equivalente a um acréscimo de 3,1 milhões de m³. Esse movimento revela uma tendência divergente entre as duas fontes, marcada pela retração do petróleo e pelo crescimento do gás natural, cenário que pode estar associado tanto ao declínio natural de campos maduros de petróleo quanto ao maior aproveitamento do potencial de gás na região.
O campo Macau continua sendo o principal produtor de petróleo em mar, produzindo 89% do total. Já o campo Arabaiana apresentou crescimento expressivo, produzindo 3%, contra 0,39% no mesmo período de 2024. Quanto ao gás natural, o campo Pescada se mantém como principal produtor, registrando um aumento de 466 mil m³ em relação a 2024, quando a produção foi de 7.611,35 mil m³.
A Equipe Técnica da SEDEC afirma que: “a produção acumulada de petróleo e gás no estado manteve-se em um patamar de relativa estabilidade no 2° trimestre de 2025. O petróleo somou 2,93 milhões de barris e o gás natural apresentou leve avanço, passando de 108,3 MMm³ para 112,3 MMm³, o que representa um crescimento de 3,7%. Esse comportamento indica que o setor permanece sólido e tende a ganhar novo fôlego nos próximos períodos, especialmente diante do movimento da Petrobras de retomar investimentos no Rio Grande do Norte, o que pode fortalecer ainda mais a produção estadual”, afirmam os pesquisadores.
No Boletim, você ainda encontra os volumes produzidos em terra e no mar, a participação dos produtores independentes, os principais campos em operação e a distribuição dos royalties para o Estado e os municípios. Acesse aqui.
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