CPMI do INSS pede prisão preventiva de Nelson Wilians

O pedido, no entanto, não tem efeito imediato e ainda precisa ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal

Sep 25, 2025 - 11:30
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CPMI do INSS pede prisão preventiva de Nelson Wilians

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou nesta quinta-feira (25/9) um requerimento de prisão preventiva do advogado Nelson Willians Fratoni Rodrigues, cujo escritório fez pagamentos milionários ao empresário Maurício Camisotti, investigado no escândalo dos descontos indevidos contra os aposentados e pensionistas.

Isto não significa, no entanto, que o requerimento tem efeito imediato. Ainda precisa ser analisado pela Polícia Federal (PF), que já se manifestou a favor, embora o pedido tenha sido negado monocraticamente pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No pedido, feito pelo deputado Rogério Correira (PT-MG), ele afirma que há “veementes indícios de materialidade e autoria em face de Nelson Wilians”.

“A manutenção da liberdade de Nelson Wilians compromete a ordem pública, ameaça a instrução criminal, uma vez que há indícios de intimidação de testemunhas e ocultação de bens, e coloca em risco a aplicação da lei penal, considerando o poder econômico e político que detém”, diz trecho do requerimento.

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Quem é Nelson Wilians

Nelson Wilians é dono de um grande escritório de advocacia e conhecido por mostrar uma rotina de luxo nas redes sociais, exibindo mansão, avião, carros de luxo e viagens. Apesar de ser advogado de Camisotti, de empresas e de uma associação ligada ao empresário, foi Wilians quem fez os repasses ao cliente, como pessoa física ou por meio de sua banca de advocacia.

Além das transações milionárias apontadas pelo Coaf, outro negócio envolvendo mansões em uma das regiões com o metro quadrado mais caro de São Paulo une Camisotti e Wilians. Em novembro de 2020, o empresário adquiriu, por R$ 22 milhões, uma mansão no Jardim Europa, bairro nobre paulistano, que depois se tornaria jardim da mansão de Nelson Wilians.

O advogado depôs ao colegiado na última quinta-feira (18/9). Logo no início, ele se negou a assinar o termo de compromisso para falar a verdade na CPMI e foi confrontado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).

De acordo com Wilians, a escolha de não assinar o termo se deu pelo fato da possibilidade de cometer equívocos. Além disso, Wilians estava desobrigado a falar a verdade por decisão da Suprema Corte.

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