Eduardo Bolsonaro diz que EUA devem impor novas tarifas ao Brasil e que família de Moraes pode sofrer sanção, diz agência
Reunião entre Haddad e Bessent foi cancelada horas após entrevista de Eduardo Bolsonaro O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse à agência Reuters que espera novas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros e sanções adicionais a autoridades do país, incluindo Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em entrevista no escritório da Reuters em Washington, após reuniões com autoridades norte-americanas, Eduardo afirmou que não vê como o Brasil negociar a redução da tarifa de 50% imposta pelo governo Donald Trump a diversos produtos sem que haja “concessões” do Supremo. Eduardo se licenciou do mandato de deputado para se mudar para os Estados Unidos. Lá, de acordo com ele próprio e com a família, ele está buscando o governo Donald Trump para pedir sanções ao Brasil. Na argumentação do grupo de Eduardo, eles querem as sanções para "punir" o Brasil pelo julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Ao impor um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros — que, na prática, inviabilizam essas exportações — Trump disse que era resposta ao julgamento de Bolsonaro, que ele chamou de "caça às bruxas". Eduardo Bolsonaro é investigado no STF por tentar atrapalhar os processos. Ele continua em sua ofensiva contra ao Brasil junto ao governo norte-americano. “Os ministros do Supremo têm que entender que perderam poder. Não há cenário em que o Supremo saia vitorioso desse imbróglio. Eles estão em conflito com a maior potência econômica do mundo”, disse. O filho do ex-presidente chamou as tarifas sobre carne bovina, café, peixe, calçados e outros itens de “remédio amargo” para conter o que classificou como uma ofensiva judicial “fora de controle” contra Jair Bolsonaro, que é réu no STF sob acusação de articular um golpe para reverter o resultado das eleições de 2022. “Já disse para todo mundo que tenta tratar isso apenas como comércio: não vai funcionar. Primeiro, tem que sinalizar aos EUA que estamos resolvendo nossa crise institucional”, afirmou. Segundo Eduardo, além da tarifa, ele tem defendido em Washington sanções direcionadas a Moraes e sua família. O deputado afirmou ainda que pode haver novas restrições de visto a autoridades brasileiras por causa do programa Mais Médicos, e citou como possíveis alvos o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a ex-presidente Dilma Rousseff. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já classificou as exigências de Trump como um “afronta à soberania nacional” e chamou Eduardo e Jair Bolsonaro de “traidores” por buscar apoio do ex-presidente norte-americano.
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