Educadoras são indiciadas em caso de bullying contra aluna com câncer

Diretora e coordenadora de escola estadual em Luziânia (GO) foram indiciadas por omissão diante de violência sofrida por aluna com câncer

Jun 23, 2025 - 19:00
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Educadoras são indiciadas em caso de bullying contra aluna com câncer

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Luziânia (GO), no Entorno do Distrito Federal, concluiu as investigações sobre o caso da adolescente de 14 anos que sofreu bullying no Colégio Estadual Osfaya. A vítima, que está em tratamento contra um câncer na perna, sofreu intimidações sistemáticas por parte de outros estudantes e em contexto escolar.

Os policiais descobriram que a adolescente foi “reiteradamente exposta a comportamentos abusivos e hostis por parte de colegas, sem que a gestão da escola adotasse qualquer providência efetiva, mesmo diante de notificações formais feitas pela família da aluna”.

A estudante do 9º ano lida com a doença desde 2023 e relatou que as agressões começaram há cerca de três meses. As ofensas partiram de duas colegas de classe, ambas de 15 anos.

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Devido ao tratamento contra um osteossarcoma – tipo de tumor ósseo –, a vítima usa uma prótese na perna. Em entrevista ao Metrópoles a mãe dela relatou que as adolescentes mais velhas ofendiam a colega devido à condição de saúde da menina.

“Chamam ela de manca, pneu careca e ainda gritam ‘Lá vem a desgraça’ quando ela chega. Além disso, fazem piadas do jeito que ela anda e do cabelo dela, que ainda está crescendo por causa da quimioterapia”, contou a mãe.

A investigação policial também revelou que as servidoras responsáveis pela gestão escolar – diretora e coordenadora administrativa – agiram intencionalmente de forma omissa, o que favoreceu a continuidade da violência sofrida pela estudante.

Para a Polícia Civil de Goiás (PCGO), essa omissão gerou responsabilização penal; por isso, as servidoras foram indiciadas pelo crime de intimidação sistemática, na forma omissiva e em descumprimento aos princípios da proteção integral previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As estudantes que praticaram o bullying foram identificadas, e a PCGO reuniu indícios concretos de autoria e de materialidade das condutas atribuídas a elas. Concluído, o inquérito foi encaminhado às autoridades competentes, para adoção das medidas cabíveis.

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