Em derrota para o governo, Câmara aprova derrubada de decretos que elevam IOF
Em derrota para o governo, Câmara aprova derrubada de decretos que elevam IOF Proposta suspende os efeitos de normas editadas pelo Planalto em maio e junho; governo diz que há risco de paralisia da máquina pública. Texto vai ao Senado. Por Kevin Lima, Paloma Rodrigues, Nathalia Sarmento, g1 e TV Globo — Brasília […]


Em derrota para o governo, Câmara aprova derrubada de decretos que elevam IOF
Proposta suspende os efeitos de normas editadas pelo Planalto em maio e junho; governo diz que há risco de paralisia da máquina pública. Texto vai ao Senado.
Por Kevin Lima, Paloma Rodrigues, Nathalia Sarmento, g1 e TV Globo — Brasília
25/06/2025 19h28 Atualizado há 2 minutos
Câmara derruba decreto que aumenta IOF; projeto vai ao Senado
Câmara derruba decreto que aumenta IOF; projeto vai ao Senado
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (25) uma proposta que derruba três decretos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Em derrota para o governo, o decreto foi derrubado pelo voto de 383 deputados. 98 votaram a favor do governo, ou seja, para manter o decreto.
O texto agora seguirá para votação no Senado. Se aprovado pelos senadores, a derrubada dos decretos vai enterrar uma série de dispositivos que elevam tarifas do IOF em operações de créditos, compra de moeda estrangeira, entre outras situações.
Incluída na pauta da Câmara no fim da noite de terça (24), a proposta foi aprovada em meio a um crescente descontentamento de alas do Congresso com decisões da equipe econômica de Fernando Haddad e com a demora na execução de emendas parlamentares.
Deputados e lideranças governistas acusaram o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de não ter comunicado a mudança na agenda de votações e a escolha de um representante da oposição para a relatoria, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO).
O anúncio, classificado nos bastidores como uma “surpresa”, levou a uma série de reações públicas de ministros do governo Lula em defesa dos decretos.
Publicamente, Motta tem repetido que a análise dos decretos do IOF pela Câmara representa uma insatisfação do Congresso com reiterados aumentos de impostos.
O discurso do deputado foi ganhando corpo ao longo das últimas semanas, com pressões de alas da Casa e de setores afetados por mudanças anunciadas pelo Ministério da Fazenda
Ele, que, ao se reunir com Haddad para tratar sobre o IOF, classificou o encontro como “histórico”, passou a criticar publicamente o pacote de medidas sugerido pela Fazenda como alternativa à alta do IOF.
As falas foram repetidas a esmo em encontros com empresários, entrevistas e em publicações nas redes sociais. Em uma das oportunidades, o presidente da Câmara chegou a dizer que havia comunicado ao Planalto que as medidas teriam uma “reação muito ruim”.
Para parlamentares, além das pressões internas e do mercado, a mudança de tom de Motta e de deputados foi influenciada também por reveses relacionados a emendas parlamentares, como o atraso na liberação dos recursos e novas investidas do Supremo Tribunal Federal (STF).
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