Empresária brasileira no Irã diz que moradores estão saindo de Teerã e que há limitações de internet e combustível

Por outro lado, segundo Kyara Calheiros, não falta comida, água ou luz na região de Mashhad, no nordeste do país, onde ela está hospedada em um sítio Brasileira no Irã conta que moradores saíram de Teerã e que internet está instável A empresária alagoana Kyara Calheiros está desde abril no Irã, onde foi surpreendida pelos ataques aéreos de Israel no último fim de semana. Um deles foi próximo ao sítio onde ela está hospedada, em um povoado na região de Mashhad, no nordeste do país. "Em Mashhad, no domingo, na hora que aconteceu o bombardeio [a um aeroporto militar], eu não escutei barulho, mas a gente entendeu porque teve uma fumaça maior. Aí começaram as notícias", relatou Kyara. "A gente estava no carro na hora, indo para o supermercado, e realmente o trânsito ficou caótico ali, porque todo mundo começou a entender e queria sair do local, buscar suas casas." Dona de uma agência de turismo em Maceió especializada em trazer turistas do Oriente Médio para o Brasil, sobretudo iranianos, Kyara contou que os moradores de Teerã e de outras cidades grandes têm ido para pequenas vilas no interior para fugir dos bombardeios. Brasileira diz que amigos cogitam sair do Irã por terra, via Turquia ou Azerbaijão "As pessoas estão deixando os grandes centros, buscando cidades menores. A cidade aqui onde nós estamos é um povoado pequeno, tem um centro pequeno, que tem uma mesquita, alguns supermercados, mas a maioria são casas de veraneio, pequenos sítios como o que nós estamos, onde geralmente as pessoas vêm no período de férias", disse Kyara. Segundo ela, a internet está instável — o que atrasou em um dia a entrevista que ela deu ao g1 — e os postos estão limitando a venda de combustível a 30 litros diários por pessoa. Por outro lado, Kayara diz que não falta comida, água ou luz. "A gente comprou uma quantidade maior [de comida] para evitar ficar saindo daqui, mas não tem restrições, os supermercado estão abertos, as lojas também. Se você sair na cidade, você vê um fluxo normal de vida. Claro que todo mundo fala a respeito do que está acontecendo, todo mundo tem suas precauções", disse. "Na televisão noticia quando se sabe que vai ter alguma intensificação maior dos bombardeios de Israel. O governo pede que as pessoas evitem essas áreas, ou se podem sair, saiam, busquem lugares que sejam mais seguros, principalmente lá em Teerã. Às pessoas que moram perto de áreas militares foi pedido que saíssem de suas casas, para evitar realmente de eles serem atingidos." Kyara tem uma passagem de retorno ao Brasil no próximo dia 26, mas disse que não poderá usá-la porque o aeroporto de Teerã está fechado e sem previsão de reabrir. Ela tem parte da família em Maceió e parte no Irã — apesar de não ter ascendência persa, a empresária tem um companheiro iraniano. No país, ela conversa diariamente, por WhatsApp, com um grupo de cerca de dez brasileiros que estão cogitando sair do Irã pela fronteira terrestre com a Turquia e o Azerbaijão. Por ora, ela descarta fazer esses trajetos alternativos e afirma que as autoridades do Brasil ainda não informaram sobre eventuais operações de repatriação de brasileiros. "Ontem [segunda-feira], quando conversamos a respeito, eu falei que, no momento, dessa forma eu não iria sair. Eu tenho contato com a Embaixada do Brasil. Até o momento ainda não existe nenhuma movimentação com relação a isso, se o governo vai fazer alguma coisa nesse sentido, como a gente viu que está acontecendo em Israel", disse. Segundo Kyara, seus conhecidos iranianos estão preocupados principalmente com a economia. "No convívio meu, uma preocupação que existe é com o futuro do país em termos financeiros, em termos de tudo. Porque hoje, por exempo, o dólar aqui sobe muito. Já tem a questão das sanções, aí complica mais a situação no país", contou. "Eu trabalho com turismo, então isso me afeta diretamente, porque os grupos que eu teria para levar [ao Brasil], no momento, não tenho. A embaixada está fechada, não tem visto, não tem como fazer nada."

Jun 17, 2025 - 18:30
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Empresária brasileira no Irã diz que moradores estão saindo de Teerã e que há limitações de internet e combustível
Por outro lado, segundo Kyara Calheiros, não falta comida, água ou luz na região de Mashhad, no nordeste do país, onde ela está hospedada em um sítio Brasileira no Irã conta que moradores saíram de Teerã e que internet está instável A empresária alagoana Kyara Calheiros está desde abril no Irã, onde foi surpreendida pelos ataques aéreos de Israel no último fim de semana. Um deles foi próximo ao sítio onde ela está hospedada, em um povoado na região de Mashhad, no nordeste do país. "Em Mashhad, no domingo, na hora que aconteceu o bombardeio [a um aeroporto militar], eu não escutei barulho, mas a gente entendeu porque teve uma fumaça maior. Aí começaram as notícias", relatou Kyara. "A gente estava no carro na hora, indo para o supermercado, e realmente o trânsito ficou caótico ali, porque todo mundo começou a entender e queria sair do local, buscar suas casas." Dona de uma agência de turismo em Maceió especializada em trazer turistas do Oriente Médio para o Brasil, sobretudo iranianos, Kyara contou que os moradores de Teerã e de outras cidades grandes têm ido para pequenas vilas no interior para fugir dos bombardeios. Brasileira diz que amigos cogitam sair do Irã por terra, via Turquia ou Azerbaijão "As pessoas estão deixando os grandes centros, buscando cidades menores. A cidade aqui onde nós estamos é um povoado pequeno, tem um centro pequeno, que tem uma mesquita, alguns supermercados, mas a maioria são casas de veraneio, pequenos sítios como o que nós estamos, onde geralmente as pessoas vêm no período de férias", disse Kyara. Segundo ela, a internet está instável — o que atrasou em um dia a entrevista que ela deu ao g1 — e os postos estão limitando a venda de combustível a 30 litros diários por pessoa. Por outro lado, Kayara diz que não falta comida, água ou luz. "A gente comprou uma quantidade maior [de comida] para evitar ficar saindo daqui, mas não tem restrições, os supermercado estão abertos, as lojas também. Se você sair na cidade, você vê um fluxo normal de vida. Claro que todo mundo fala a respeito do que está acontecendo, todo mundo tem suas precauções", disse. "Na televisão noticia quando se sabe que vai ter alguma intensificação maior dos bombardeios de Israel. O governo pede que as pessoas evitem essas áreas, ou se podem sair, saiam, busquem lugares que sejam mais seguros, principalmente lá em Teerã. Às pessoas que moram perto de áreas militares foi pedido que saíssem de suas casas, para evitar realmente de eles serem atingidos." Kyara tem uma passagem de retorno ao Brasil no próximo dia 26, mas disse que não poderá usá-la porque o aeroporto de Teerã está fechado e sem previsão de reabrir. Ela tem parte da família em Maceió e parte no Irã — apesar de não ter ascendência persa, a empresária tem um companheiro iraniano. No país, ela conversa diariamente, por WhatsApp, com um grupo de cerca de dez brasileiros que estão cogitando sair do Irã pela fronteira terrestre com a Turquia e o Azerbaijão. Por ora, ela descarta fazer esses trajetos alternativos e afirma que as autoridades do Brasil ainda não informaram sobre eventuais operações de repatriação de brasileiros. "Ontem [segunda-feira], quando conversamos a respeito, eu falei que, no momento, dessa forma eu não iria sair. Eu tenho contato com a Embaixada do Brasil. Até o momento ainda não existe nenhuma movimentação com relação a isso, se o governo vai fazer alguma coisa nesse sentido, como a gente viu que está acontecendo em Israel", disse. Segundo Kyara, seus conhecidos iranianos estão preocupados principalmente com a economia. "No convívio meu, uma preocupação que existe é com o futuro do país em termos financeiros, em termos de tudo. Porque hoje, por exempo, o dólar aqui sobe muito. Já tem a questão das sanções, aí complica mais a situação no país", contou. "Eu trabalho com turismo, então isso me afeta diretamente, porque os grupos que eu teria para levar [ao Brasil], no momento, não tenho. A embaixada está fechada, não tem visto, não tem como fazer nada."

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