Entenda o esquema milionário de lavagem de dinheiro alvo da PCDF
Segundo a polícia, há indícios de que os valores tenham origem em superfaturamento, desvio de recursos públicos e corrupção
O esquema de lavagem de milhões de reais, alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta sexta-feira (19/12), tinha como base, segundo as investigações, a confecção de notas fiscais falsas, a criação de empresas de fachada e a realização de inúmeras transferências financeiras entre pessoas físicas e jurídicas, com o objetivo de ocultar e dissimular a origem ilícita do dinheiro.
A Operação Recover foi deflagrada para cumprir seis mandados de busca e apreensão. A ação busca reunir elementos que confirmem a prática dos crimes de lavagem de capitais, falsificação de documentos e crimes contra a administração pública.
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Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo, além do bloqueio de ativos financeiros em valores proporcionais ao capital obtido ilegalmente.
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Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo, além do bloqueio de ativos financeiros em valores proporcionais ao capital obtido ilegalmenteMaterial cedido ao Metrópoles
Segundo a polícia, há indícios de que os valores tenham origem em superfaturamento, desvio de recursos públicos e corrupção Material cedido ao Metrópoles
O esquema
A investigação sobre o esquema milionário teve início em maio de 2024, quando R$ 900 mil em espécie foram apreendidos no momento em que eram entregues por dois investigados a um terceiro.
Com o avanço das apurações, a PCDF constatou que os três suspeitos estariam associados em uma engrenagem criminosa. Há fortes indícios de que os valores sejam oriundos de superfaturamento, desvio de dinheiro público e corrupção envolvendo obras e serviços prestados por pessoas jurídicas à administração pública.
Para lavar o dinheiro, o grupo confeccionava notas fiscais falsas, criava empresas de fachada e realizava diversas transferências financeiras entre pessoas físicas e jurídicas, sempre com a intenção de ocultar e dissimular a origem ilícita dos recursos. Após esse ciclo, os valores retornavam aos responsáveis pelo esquema e aos autores dos crimes antecedentes, sem deixar rastros de sua procedência criminosa.
Segundo a Polícia Civil, algumas das empresas investigadas já foram alvo de apurações anteriores, conduzidas por outras instituições policiais, em razão de práticas semelhantes às identificadas nesta investigação.
A operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia de Repressão à Corrupção, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, com apoio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social, do Ministério Público do Distrito Federal.
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