Esta bebida é “proibida” para quem sofre de refluxo; veja qual

Para muitos brasileiros, o dia só começa depois de uma boa xícara de café. No entanto, para quem sofre de refluxo gastroesofágico — condição que afeta milhões de pessoas — a bebida pode ser uma das vilãs silenciosas.

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O refluxo ocorre quando o conteúdo do estômago, incluindo o ácido gástrico, retorna para o esôfago, causando sintomas como queimação, azia, tosse e desconforto na garganta. E o café, embora natural e rico em antioxidantes, pode contribuir para esse processo.

Por que o café piora o refluxo?

O principal motivo está na cafeína, substância presente no café que tem efeito estimulante, inclusive sobre o sistema digestivo. A cafeína pode relaxar o esfíncter esofágico inferior — válvula que funciona como uma espécie de barreira entre o estômago e o esôfago. Quando essa válvula está relaxada, o ácido gástrico consegue retornar mais facilmente, provocando os sintomas do refluxo.

O café ainda estimula a produção de ácido no estômago. Em pessoas com sensibilidade ou com o quadro já instalado, isso pode piorar a inflamação e aumentar a frequência das crises. 8 imagensFechar modal.1 de 8

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Nem todo mundo precisa evitar completamente

O impacto do café varia de pessoa para pessoa. Enquanto alguns pacientes relatam piora significativa dos sintomas, outros toleram pequenas quantidades sem problemas. O tipo de café, a quantidade e o horário em que é consumido também influenciam. Tomá-lo em jejum, por exemplo, tende a agravar o desconforto.

Possíveis substituições

Para quem sente dificuldade em abrir mão da bebida, vale testar versões descafeinadas ou consumir chás mais suaves, como camomila e erva-doce. Outra dica é evitar o consumo do café logo ao acordar ou perto das refeições principais.

Como diminuir sintomas de refluxo

Em casos de refluxo persistente, o ideal é buscar orientação médica e nutricional. A alimentação, somada a hábitos como comer devagar, evitar deitar logo após as refeições e reduzir alimentos irritantes, pode fazer grande diferença no controle dos sintomas. (*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida