Estudo aponta que priorizar frango na dieta pode levar à morte precoce
O nutrólogo Vinícius Aguillera analisou os dados do estudo que associa o consumo de frango à morte precoce

- O estudo foi publicado em 2024 na revista científica Nutrients.
- Durante 18 anos, foram acompanhadas 4.869 pessoas no sul da Itália.
- O consumo de carne foi dividido entre carnes vermelhas e brancas (como frango e aves).
- Pessoas que consumiam mais de 300g de carne branca por semana apresentaram 27% mais risco de mortalidade geral em comparação com aquelas que consumiam menos de 100g.
- O risco de morte por câncer gastrointestinal mais do que dobrou entre os que comiam grandes quantidades de carne branca.
- Os dados foram baseados em dietas autorrelatadas e não incluíram variáveis como método de preparo, tipo de frango (orgânico ou processado) e nível de atividade física.
Especialista analisa
“A carne de aves pode ser prejudicial pela modificação do processo industrial que adiciona sódio, gordura saturada, açúcar e conservantes, além da alimentação dessas aves e também o estímulo hormonal para o crescimento”, afirma o especialista.

Segundo Aguillera, o aumento do consumo de carne branca está relacionado à melhor digestibilidade, menor teor de gordura e custo mais acessível em comparação com a carne vermelha. No entanto, a qualidade da proteína pode variar muito de acordo com sua origem e preparo.
“O estudo não compara quais foram os métodos de processamento industrial, cozimento e armazenamento da carne, fatores que influenciam significativamente no resultado final para cada indivíduo”, ressalta.
Cuidados
- Origem da carne: prefira opções orgânicas ou de procedência confiável, como frangos criados sem hormônios e antibióticos.
- Forma de preparo: evite métodos de cozimento em temperaturas muito altas ou prolongadas, como grelhar até formar crostas escuras. “Essas camadas pretas, conhecidas como acrilamidas, contêm substâncias potencialmente cancerígenas”, explica.
- Quantidade e variedade: evite o consumo excessivo e inclua outras fontes de proteína na rotina, como peixes, ovos e leguminosas.
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