EUA dizem estar 'muito perto' de acordo em Gaza; Trump e Netanyahu se reúnem nesta segunda

Delegações esvaziam assembleia da ONU antes de discurso de Netanyahu O governo de Donald Trump disse nesta segunda-feira (29) estar "bem próximo de um acordo" pelo fim dos conflitos na Faixa de Gaza. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A afirmação ocorre horas antes de Trump se reunir na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para discutir as negociações pela paz na região. Os dois anunciaram uma entrevista conjunta à imprensa após o encontro. Nesta manhã, a porta-voz do governo dos EUA, Karoline Leavitt, afirmou que os dois discutirão um plano de paz no Oriente Médio com 21 pontos (leia mais abaixo). Leavitt disse que o plano pode deixar ambos os lados — Israel e o grupo terrorista Hamas — "um pouco insatisfeitos", mas disse que, ainda assim, "estamos muito perto de um acordo". No domingo (28), Trump disse à agência de notícias Reuters que "todos querem fazer um acordo" sobre a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza e que esperava finalizá-lo nesta segunda. "Estamos trabalhando nisso", disse Netanyahu ao programa "The Sunday Briefing", da Fox News Sunday. "Ainda não foi finalizado, mas estamos trabalhando com a equipe do presidente Trump, neste exato momento, e espero que possamos fazer acontecer." Também no domingo, Trump fez uma publicação em seu perfil da rede Truth Social citando o Oriente Médio, mas sem dar detalhes. "Temos uma chance real de Grandeza no Oriente Médio. Todos estão a bordo para algo especial, pela primeira vez. Nós vamos conseguir", disse Plano de Trump tem 21 pontos Benjamin Netanyahu posta foto de mãos dadas com Donald Trump X / Reprodução Segundo a agência de notícias norte-americana The Associated Press (AP), o plano de cessar-fogo apresentado por Trump prevê a libertação de todos os reféns em até 48 horas e a retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza. Três autoridades árabes, que acompanham as negociações e pediram anonimato, afirmaram à agência que a proposta ainda não é definitiva e pode sofrer alterações significativas. Um membro do Hamas afirmou à AP que o grupo foi informado sobre o plano, mas ainda não recebeu uma proposta oficial dos mediadores do Egito e do Catar. O grupo terrorista declarou estar disposto a analisar “de forma positiva e responsável” qualquer iniciativa, reiterando que já havia sinalizado a intenção de libertar todos os reféns em troca do fim da guerra e da retirada completa das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Trump discutiu a proposta com líderes árabes em Nova York, antes da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), na semana passada. Netanyahu boicotado na ONU Na última sexta-feira (26), Netanyahu afirmou durante seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que seu país seguirá atacando a Faixa de Gaza até que "termine o trabalho" no território palestino. Em uma fala desafiadora, Netanyahu criticou a pressão crescente da comunidade internacional sobre Israel, rejeitou um Estado Palestino, negou que seu Exército esteja matando civis ou causando fome em Gaza e afirmou que está "lutando uma batalha" pelo Ocidente. Netanyahu entrou no plenário da ONU sob vaias, e a maioria das comitivas se retirou antes mesmo de ele começar a falar, como gesto de repúdio (veja vídeo). A comitiva do Brasil também deixou o local, como ocorreu no ano passado. A crise humanitária na Faixa de Gaza esteve no centro da discussão da Assembleia Geral da ONU. Antes mesmo dos discursos dos chefes de Estado, vários países anunciaram que passaram a reconhecer o Estado da Palestina. Grande parte da comunidade internacional apoiou o direito de Israel de se defender contra o grupo terrorista Hamas devido aos atentados de 7 de outubro de 2023. Naquele dia, mais de 1.200 pessoas morreram e dezenas foram sequestradas O agravamento da crise humanitária em Gaza gerou críticas da ONU e de países da Europa, aumentando a pressão contra Israel. Uma comissão contratada pelas Nações Unidas apontou neste mês que há genocídio no território palestino.

Sep 29, 2025 - 12:00
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EUA dizem estar 'muito perto' de acordo em Gaza; Trump e Netanyahu se reúnem nesta segunda

Delegações esvaziam assembleia da ONU antes de discurso de Netanyahu O governo de Donald Trump disse nesta segunda-feira (29) estar "bem próximo de um acordo" pelo fim dos conflitos na Faixa de Gaza. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A afirmação ocorre horas antes de Trump se reunir na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para discutir as negociações pela paz na região. Os dois anunciaram uma entrevista conjunta à imprensa após o encontro. Nesta manhã, a porta-voz do governo dos EUA, Karoline Leavitt, afirmou que os dois discutirão um plano de paz no Oriente Médio com 21 pontos (leia mais abaixo). Leavitt disse que o plano pode deixar ambos os lados — Israel e o grupo terrorista Hamas — "um pouco insatisfeitos", mas disse que, ainda assim, "estamos muito perto de um acordo". No domingo (28), Trump disse à agência de notícias Reuters que "todos querem fazer um acordo" sobre a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza e que esperava finalizá-lo nesta segunda. "Estamos trabalhando nisso", disse Netanyahu ao programa "The Sunday Briefing", da Fox News Sunday. "Ainda não foi finalizado, mas estamos trabalhando com a equipe do presidente Trump, neste exato momento, e espero que possamos fazer acontecer." Também no domingo, Trump fez uma publicação em seu perfil da rede Truth Social citando o Oriente Médio, mas sem dar detalhes. "Temos uma chance real de Grandeza no Oriente Médio. Todos estão a bordo para algo especial, pela primeira vez. Nós vamos conseguir", disse Plano de Trump tem 21 pontos Benjamin Netanyahu posta foto de mãos dadas com Donald Trump X / Reprodução Segundo a agência de notícias norte-americana The Associated Press (AP), o plano de cessar-fogo apresentado por Trump prevê a libertação de todos os reféns em até 48 horas e a retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza. Três autoridades árabes, que acompanham as negociações e pediram anonimato, afirmaram à agência que a proposta ainda não é definitiva e pode sofrer alterações significativas. Um membro do Hamas afirmou à AP que o grupo foi informado sobre o plano, mas ainda não recebeu uma proposta oficial dos mediadores do Egito e do Catar. O grupo terrorista declarou estar disposto a analisar “de forma positiva e responsável” qualquer iniciativa, reiterando que já havia sinalizado a intenção de libertar todos os reféns em troca do fim da guerra e da retirada completa das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Trump discutiu a proposta com líderes árabes em Nova York, antes da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), na semana passada. Netanyahu boicotado na ONU Na última sexta-feira (26), Netanyahu afirmou durante seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que seu país seguirá atacando a Faixa de Gaza até que "termine o trabalho" no território palestino. Em uma fala desafiadora, Netanyahu criticou a pressão crescente da comunidade internacional sobre Israel, rejeitou um Estado Palestino, negou que seu Exército esteja matando civis ou causando fome em Gaza e afirmou que está "lutando uma batalha" pelo Ocidente. Netanyahu entrou no plenário da ONU sob vaias, e a maioria das comitivas se retirou antes mesmo de ele começar a falar, como gesto de repúdio (veja vídeo). A comitiva do Brasil também deixou o local, como ocorreu no ano passado. A crise humanitária na Faixa de Gaza esteve no centro da discussão da Assembleia Geral da ONU. Antes mesmo dos discursos dos chefes de Estado, vários países anunciaram que passaram a reconhecer o Estado da Palestina. Grande parte da comunidade internacional apoiou o direito de Israel de se defender contra o grupo terrorista Hamas devido aos atentados de 7 de outubro de 2023. Naquele dia, mais de 1.200 pessoas morreram e dezenas foram sequestradas O agravamento da crise humanitária em Gaza gerou críticas da ONU e de países da Europa, aumentando a pressão contra Israel. Uma comissão contratada pelas Nações Unidas apontou neste mês que há genocídio no território palestino.

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