EUA e China sinalizam avanços para reduzir tarifas após dois dias de negociações na Suíça

Detalhes do acordo serão divulgados nesta segunda-feira. Secretário do Tesouro dos EUA e vice-primeiro-ministro chinês falam em 'progressos substanciais' e 'consenso importante'. Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China, em foto de 29 de junho de 2019 Reuters/Kevin Lamarque Os Estados Unidos e a China indicaram, neste domingo (11), um avanço nas negociações comerciais para reduzir tarifas comerciais entre os dois países. O assunto foi tema de reuniões entre autoridades americanas e chinesas durante dois dias em Genebra, na Suíça. "Estou feliz em informar que fizemos progressos substanciais entre os Estados Unidos e a China nas importantíssimas negociações comerciais", informou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Segundo ele, detalhes sobre as conversas entre Washington e Pequim serão divulgados em uma declaração conjunta nesta segunda-feira (12). O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, confirmou o progresso nas conversas, que ele chamou de "francas, aprofundadas e construtivas". Sem dar mais informações, Lifeng afirmou que ambos os lados chegaram a um "consenso importante". As negociações sobre as tarifas de importação entre os dois países começaram neste sábado (10), em Genebra. Além de Scott Bessent e He Lifeng, o representante comercial americano Jamieson Greer participou das reuniões. Neste domingo, Greer afirmou a repórteres que as diferenças entre as duas potências econômicas em questões comerciais "não são tão grandes quanto se pensava". "Foram dois dias muito construtivos. É importante entender a rapidez com que conseguimos chegar a um acordo." Escalada de tarifas Atualmente, os EUA cobram uma tarifa de 145% sobre todas as importações chinesas, medida que se iniciou no chamado "Dia da Libertação", quando Trump distribuiu tarifas a mais de 180 países. A China, por sua vez, aplicou uma taxa de 125% contra os produtos americanos. (relembre a cronologia abaixo) Em sua primeira declaração sobre o encontro em Genebra, Trump afirmou na quinta (8) que acreditava em uma reunião "amigável" e em negociações "substanciais". Na sexta (9), acrescentou que tarifas de 80% sobre as importações de produtos chineses "pareciam corretas". No início do mês, o Ministério do Comércio da China declarou que estava avaliando uma proposta dos EUA para iniciar conversas sobre a guerra comercial, mas que os EUA precisavam "demonstrar sinceridade" e disposição para "corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais". Trump diz que vai negociar novas tarifas com a China Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas recíprocas prometidas por Trump, no início de abril. No chamado "Dia da Libertação", o presidente dos EUA apresentou uma tabela das tarifas, de 10% a 50% para importados de 180 países. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar a resposta, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa de Trump, a Casa Branca confirmou a elevação em mais 50% das tarifas sobre os produtos chineses. Trump disse, porém, que acreditava que a China chegaria a um acordo com os EUA para evitar mais tarifas. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre os EUA de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, reduzindo de todas as tarifas para 10% por um prazo de 90 dias. Tarifas específicas já em vigor, como as de 25% sobre aço e alumínio, não são afetadas pela medida e continuam valendo. A exceção, porém, foi a China. Trump anunciou mais uma vez a elevação de tarifas sobre os produtos chineses, para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa tarifa total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.

May 11, 2025 - 17:00
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EUA e China sinalizam avanços para reduzir tarifas após dois dias de negociações na Suíça

Detalhes do acordo serão divulgados nesta segunda-feira. Secretário do Tesouro dos EUA e vice-primeiro-ministro chinês falam em 'progressos substanciais' e 'consenso importante'. Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China, em foto de 29 de junho de 2019 Reuters/Kevin Lamarque Os Estados Unidos e a China indicaram, neste domingo (11), um avanço nas negociações comerciais para reduzir tarifas comerciais entre os dois países. O assunto foi tema de reuniões entre autoridades americanas e chinesas durante dois dias em Genebra, na Suíça. "Estou feliz em informar que fizemos progressos substanciais entre os Estados Unidos e a China nas importantíssimas negociações comerciais", informou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Segundo ele, detalhes sobre as conversas entre Washington e Pequim serão divulgados em uma declaração conjunta nesta segunda-feira (12). O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, confirmou o progresso nas conversas, que ele chamou de "francas, aprofundadas e construtivas". Sem dar mais informações, Lifeng afirmou que ambos os lados chegaram a um "consenso importante". As negociações sobre as tarifas de importação entre os dois países começaram neste sábado (10), em Genebra. Além de Scott Bessent e He Lifeng, o representante comercial americano Jamieson Greer participou das reuniões. Neste domingo, Greer afirmou a repórteres que as diferenças entre as duas potências econômicas em questões comerciais "não são tão grandes quanto se pensava". "Foram dois dias muito construtivos. É importante entender a rapidez com que conseguimos chegar a um acordo." Escalada de tarifas Atualmente, os EUA cobram uma tarifa de 145% sobre todas as importações chinesas, medida que se iniciou no chamado "Dia da Libertação", quando Trump distribuiu tarifas a mais de 180 países. A China, por sua vez, aplicou uma taxa de 125% contra os produtos americanos. (relembre a cronologia abaixo) Em sua primeira declaração sobre o encontro em Genebra, Trump afirmou na quinta (8) que acreditava em uma reunião "amigável" e em negociações "substanciais". Na sexta (9), acrescentou que tarifas de 80% sobre as importações de produtos chineses "pareciam corretas". No início do mês, o Ministério do Comércio da China declarou que estava avaliando uma proposta dos EUA para iniciar conversas sobre a guerra comercial, mas que os EUA precisavam "demonstrar sinceridade" e disposição para "corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais". Trump diz que vai negociar novas tarifas com a China Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas recíprocas prometidas por Trump, no início de abril. No chamado "Dia da Libertação", o presidente dos EUA apresentou uma tabela das tarifas, de 10% a 50% para importados de 180 países. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar a resposta, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa de Trump, a Casa Branca confirmou a elevação em mais 50% das tarifas sobre os produtos chineses. Trump disse, porém, que acreditava que a China chegaria a um acordo com os EUA para evitar mais tarifas. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre os EUA de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, reduzindo de todas as tarifas para 10% por um prazo de 90 dias. Tarifas específicas já em vigor, como as de 25% sobre aço e alumínio, não são afetadas pela medida e continuam valendo. A exceção, porém, foi a China. Trump anunciou mais uma vez a elevação de tarifas sobre os produtos chineses, para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa tarifa total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.

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