Ex-bailarina do Faustão perde ação após suposto laudo falso e desabafa

Após três anos de disputas judiciais e 23 processos acumulados, a briga entre a ex-bailarina do Faustão Bruna Canuto e a médica Luciana Ramos Oliva ganhou novos desdobramentos. A influenciadora foi condenada a indenizar a médica em decisão do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia em novembro de 2024. A profissional acusou a bailarina de difamação. Na época, o juiz do caso fixou um valor de R$ 7 mil a ser pago.

Após tentativas variadas de recurso, a sentença começou a ser executada no dia 07 deste mês. Agora, Luciana pede a intimação de Bruna para, de forma voluntária, cumprir a decisão da Justiça e pagar a indenização por ela fixada. Caso o pagamento não seja feito, uma multa será acrescida ao valor da condenação. É possível, ainda, que outras medidas sejam adotadas para obrigar Canuto a respeitar a decisão judicial.

Em entrevista à coluna Fábia Oliveira, Bruna Canuto afirmou nunca ter sido ouvida pelos juízes responsáveis por seu caso. “Nunca entrei em uma sala de audiência. Nunca me escutaram. A Justiça me calou, me humilhou e humilha muitas mães. Somos reféns desse sistema corrupto e patriarcal”, declarou. 5 imagensFechar modal.1 de 5

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Bruna Canuto Reprodução/Instagram

Perda de contato com o filho

Bruna Canuto afirmou ter perdido a guarda do filho após uma internação psiquiátrica forçada, baseada em um laudo falso feito por Luciana Ramos Oliva, onde a médica alegou que ela tentou se suicidar por meio de Rivotril e Alprazolam. A internação, segundo a ex-bailarina do Faustão, aconteceu com uma invasão em sua casa, onde ela foi pega, amarrada, arrastada e levada sem saber para onde. Depois, se deu conta que estava em uma espécie de hospício, sem exames e com alegações de risco suicida, o que ela nega.

“A médica entregou o laudo um dia antes, em uma visita armada e durante a noite. Eu confiei e acabou sendo assim”, relatou ela.

Bruna Canuto também disse que foi impedida de acompanhar o filho, que chegou a ser levado para outro estado sem sua autorização e sem ir para as aulas na escola de Salvador, onde o pequeno estudava. De acordo com ela, diziam que a criança estava na aula, mas ele já estava em São Paulo.

“Tentei vê-lo, mas ele simplesmente sumia. Passei dias na delegacia tentando entender onde ele estava”, pontuou à coluna.

Mudança do Brasil

Cansada do desgaste emocional e físico, Bruna deixou o Brasil há sete meses em busca de estabilidade mental. Ela abandonou a carreira de influenciadora digital e disse que não pode se manifestar sobre o caso em suas redes sociais. “Nesse momento de vulnerabilidade passei por muitos assédios”, ressaltou ela.

Apesar disso, Bruna Canuto disse ter contado com o apoio de outras mães que se identificaram com sua luta. “Minha história virou um Netflix da vida real. Outras mães que também foram caladas vieram até mim, inclusive com problema com o mesmo juiz. Nos colocam como loucas, tiram nossos filhos e ainda temos que pagar por isso”, desabafou.

Mesmo diante das adversidades, a ex-bailarina do Faustão reafirmou que tudo o que fez foi por amor ao filho. “Lutei como uma leoa. Adoeci de verdade, sem ter ele ao meu lado, por puro capricho de quem quis me destruir. Não tive um dia de paz, mas não me arrependi. Fiz tudo pelo meu filho”, concluiu.

Relembre o caso

• Luciana acionou Bruna na Justiça afirmando que ela praticou crimes como calúnia, difamação e injúria. Os eventos justificaram o início de uma ação cível, em paralelo a outra de caráter penal.
• O caso surgiu após a influenciadora acusar a médica de elaborar um atestado falso sobre sua condição mental.
• Luciana afirmou que Bruna foi responsável por desencadear uma onda de ódio gratuito e despertar mensagens de haters em suas redes sociais.
• A ex-dançarina é acusada no processo de afetar a carreira de médica, abalando seu prestígio profissional e até mesmo sua saúde mental.
• À Justiça, Luciana pediu uma liminar para retirada das publicações feitas por Bruna a seu respeito e pediu uma indenização por danos morais de R$ 30 mil.