Ex-primeira-ministra de Bangladesh é condenada por crimes contra a humanidade

A ex-primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina Reuters/Andrew Gombert/Pool Um tribunal de Bangladesh condenou, nesta segunda-feira (17), a ex-primeira-ministra Sheikh Hasina por crimes contra a humanidade. Em um julgamento que se arrastou por meses, Hasina foi considerada culpada por ordenar uma violenta repressão a manifestações de estudantes no ano passado. A pena máxima prevista é a morte. A decisão ocorre meses antes das eleições parlamentares, previstas para fevereiro. O partido de Hasina, a Liga Awami, foi impedido de concorrer, e teme-se que o veredicto desta segunda possa alimentar novos distúrbios antes da votação. O Tribunal de Crimes Internacionais, o tribunal interno de crimes de guerra de Bangladesh localizado na capital Dacca, anunciou o veredicto sob forte esquema de segurança e na ausência de Hasina, que fugiu para a Índia em agosto de 2024. Ela pode recorrer à Suprema Corte do país. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Antes da decisão, o filho e assessor de Hasina, Sajeeb Wazed, disse à agência de notícias Reuters que eles não recorreriam a menos que um governo democraticamente eleito assumisse o poder com a participação da Liga Awami. Maior violência desde a independência Durante o julgamento, os promotores informaram ao tribunal que haviam encontrado evidências da ordem direta de Hasina para usar força letal na repressão a uma série de protestos de estudantesentre julho e agosto de 2024. Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), até 1.400 pessoas podem ter sido mortas durante os protestos entre 15 de julho e 5 de agosto de 2024 — a maioria por disparos das forças de segurança. Milhares ficaram feridos. Trata-se da maior violência em Bangladesh desde a guerra de independência, em 1971. Hasina foi representada por um defensor público nomeado pelo Estado, que afirmou ao tribunal que as acusações eram infundadas e pediu sua absolvição. Antes do veredicto, Hasina rejeitou as acusações e a imparcialidade do tribunal, afirmando que uma condenação era "uma conclusão inevitável".

Nov 17, 2025 - 06:00
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Ex-primeira-ministra de Bangladesh é condenada por crimes contra a humanidade
A ex-primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina Reuters/Andrew Gombert/Pool Um tribunal de Bangladesh condenou, nesta segunda-feira (17), a ex-primeira-ministra Sheikh Hasina por crimes contra a humanidade. Em um julgamento que se arrastou por meses, Hasina foi considerada culpada por ordenar uma violenta repressão a manifestações de estudantes no ano passado. A pena máxima prevista é a morte. A decisão ocorre meses antes das eleições parlamentares, previstas para fevereiro. O partido de Hasina, a Liga Awami, foi impedido de concorrer, e teme-se que o veredicto desta segunda possa alimentar novos distúrbios antes da votação. O Tribunal de Crimes Internacionais, o tribunal interno de crimes de guerra de Bangladesh localizado na capital Dacca, anunciou o veredicto sob forte esquema de segurança e na ausência de Hasina, que fugiu para a Índia em agosto de 2024. Ela pode recorrer à Suprema Corte do país. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Antes da decisão, o filho e assessor de Hasina, Sajeeb Wazed, disse à agência de notícias Reuters que eles não recorreriam a menos que um governo democraticamente eleito assumisse o poder com a participação da Liga Awami. Maior violência desde a independência Durante o julgamento, os promotores informaram ao tribunal que haviam encontrado evidências da ordem direta de Hasina para usar força letal na repressão a uma série de protestos de estudantesentre julho e agosto de 2024. Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), até 1.400 pessoas podem ter sido mortas durante os protestos entre 15 de julho e 5 de agosto de 2024 — a maioria por disparos das forças de segurança. Milhares ficaram feridos. Trata-se da maior violência em Bangladesh desde a guerra de independência, em 1971. Hasina foi representada por um defensor público nomeado pelo Estado, que afirmou ao tribunal que as acusações eram infundadas e pediu sua absolvição. Antes do veredicto, Hasina rejeitou as acusações e a imparcialidade do tribunal, afirmando que uma condenação era "uma conclusão inevitável".

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